Grêmio. Um time sem qualidade e sem a raça gaúcha
Que me desculpem os meus amigos gremistas, mas este não é o time que aprendi a torcer, mesmo contra a vontade de meu pai, um colorado de cruz na testa.
Onde anda o brio, o ímpeto, a vergonha?
Sim, porque qualidade todos sabemos que não existe.
E não existe porque temos uma diretoria pífia, sem experiência de vestiário e sem conhecimento de futebol.
Não existe porque mantemos um Conselho egoísta, politiqueiro, onde marginais tem mais vez e voz que velhos gremistas.
Como diz o jargão da moda, este time não me representa.
Falta a raça gaúcha, a coragem de um Alcindo, a garra de um Dinho. Falta a honra de vestir uma camisa como esta.
Eu lhes conto: Se botasse no lugar do Grêmio de agora o meu velho Clube Atlético Serrano (foto), de São Francisco de Paula, duas vezes Campeão Estadual de Amadores, nós estaríamos em uma melhor situação.
Podíamos levar gol, desaforo não!
E ali ninguém ganhava nada a não ser o reconhecimento da comunidade.
Quantas peleias dentro e fora do campo com o Gramadense, com o Serrano de Canela!?
Quantas vezes assisti meu pai, Bernardino Souza, ficar cuidando das crianças dentro do ônibus (ele era um dos motoristas que levava a torcida) enquanto a Dona Capita, uma negra senhora, e o resto de nossa torcida, saia no braço com os ofensores mesmo em plagas adversárias.
Não estou pregando aqui a violência, mas um pouco de orgulho, de sangue nos olhos.
Estou pregando que o Grêmio volte a ser o Grêmio!
Clube Atlético Serrano, de São Francisco de Paula. Década de 70