UMA "CRIANÇA" ENSINANDO AOS "TIOS"

Infelizmente, por problemas particulares, não pude me fazer presente na Tertúlia da Poesia de Santa Maria, em sua primeira edição, um evento que nasce grandioso, bem organizado e que pôs em prática algo que sempre defendi mas que, mesmo tendo oportunidade de concretizar sendo coordenador da Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, nunca o fiz.

Me refiro a premiação separada do MELHOR POEMA  e do VENCEDOR DO FESTIVAL.

Parece a mesma coisa, mas são muito diferentes e venho discutindo isto, no bom sentido e com muito respeito com o grande poeta, meu amigo e irmão Moisés Silveira de Menezes. Na opinião do Moisés (e de todos os outros festivais poéticos realizados no RS) o Melhor Poema, automaticamente, já é o vencedor do festival, pouco importando se o declamador erre ou esqueça a letra. 

Na minha ótica, que acabei desistindo de defender, Melhor Poema é uma coisa, Vencedor do Festival envolve o conjunto da obra (poema, declamação, amadrinhamento). Caso contrário o vencedor do festival já poderia vir escolhido de casa e só se realizaria o evento para decidir o Melhor Amadrinhador e Melhor Declamador. Como sempre fui voto vencido, inclusive pela Sesmaria, o top de linha dos eventos poéticos, tirei meu time de campo.

E na prática se sabe que um bom declamador leva um poema razoável nas costas e o torna campeão e o contrário também é verdadeiro, quando um declamador, por nervoso ou mal preparado, acaba estragando um belo verso. Só que isto já vem acontecendo nos festivais desde que eles foram criados sem que os regulamentos se preocupassem com tal acontecimento. 

Graças a Deus apareceu a Tertúlia da Poesia de Santa Maria para fazer esta separação. 

MELHOR AMADRINHADOR

MELHOR DECLAMADOR

MELHOR POEMA

PREMIAÇÃO GERAL (Conjunto da Obra)

Parabéns aos organizadores deste festival que já veio ao mundo ensinando aos mais vividos (inclusive a nós).