Tem certos acontecimentos nesta labuta cultural que valem mais do que qualquer troféu, qualquer honraria, qualquer condecoração. Um destes (acontecimentos) ocorreu-me na semana passada quando recebi uma mensagem através do facebook enviada pelo Rogério Bastos, pessoa a quem considero como um dos maiores estudiosos do tradicionalismo no Rio Grande do Sul.
Em seu "bilhete" Rogério Bastos me comunicava que o seu filho Jean Bastos preparava um trabalho escolar de português sobre poetas brasileiros e que a sua escolha recaía sobre cinco nomes da poesia regional de nosso Estado. Dentre os ilustres nomes escolhidos pelo Jean, um jovem criado dentro do Movimento, músico, declamador, sapateador, enfim (filho de tigre sai pintado), estava o deste simples "trançador" de rimas que ora vos escreve. Por isto o título da postagem. Tem certas coisas, sinceras, retas, transparentes, que deixam a gente orgulhosa pelo trabalho desenvolvido e que valem muito mais do que qualquer troféu.
Reconheço meu lugar. Não me considero nem sequer um poeta. Quanto mais, estar paleteando lado a lado com nomes desta estirpe. Contudo, não posso deixar de me sentir envaidecido pela lembrança
Pois não é que um trabalho escolar do Jean Bastos Gdm
despertou uma ideia de uma matéria pro Eco... estou escutando Jayme
Caetano Braun em entrevista para Glênio Reis, na Gaúcha, postado por
Cesar Cattani. O trabalho consiste em 5 poetas brasileiros e nós, escolhemos os de nosso Estado:
Jayme Caetano Braun
Aureliano de Figueiredo Pinto
Guilherme Schultz Filho
Aparicio Silva Rillo e
Léo Ribeiro de Souza
Jean Carlo Martins Bastos
Trabalho do poeta e declamador Jean Carlo Martins Bastos
Turma: 81
Escola Estadual Cândido Portinari
Lingua Portuguesa
A poesia no Brasil e no Rio Grande do Sul
A poesia crioula do Rio Grande 03
Apparicio Silva Rillo 04
Poesia: Romance do Voluntário 05
Aureliano de Figueiredo Pinto 06
Poesia: Querência 07
Guilherme Schultz Filho 08
Poesia: Rio Grande de São Pedro 09
Jayme Caetano Braun 10
Poesia: Cemitério de Campanha 11
Léo Francisco Ribeiro de Souza 12
Poesia: Os Gaúchos do Amanhã 13
A poesia em nossas vidas
A poesia versa o sentimento do homem. A poesia rio-grandense é um pouco épica, um pouco romântica, um pouco de cada coisa. Mas de certa forma, a nossa poética regionalista, canta nossas belezas locais. O verso, de autoria de Léo Ribeiro de Souza, feito exclusivametne para este trabalho, é uma mensagem para nossa geração. Além disso o autor deu-se ao trabalho de repassar todos os poetas que escolhi: Aureliano de Figueiredo Pinto (que foi médico e lutou na revolução de 1930), Aparicio Silva Rillo (o qual declamo seus versos), Jayme Caetano Braun (o mestre dos mestres), o próprio Léo Ribeiro de Souza (autor de musicas como Brasil de Bombachas, eternizada pelos Monarcas) e Guilherme Schultz Filho (que foi presidente até do MTG), veja o verso:
“Ao cabo de alguns anos
alguém manterá o vício
de declamar Apparício
e os versos do Aureliano?
E as pajadas de Caetano,
as Espinelas rimadas,
“inda” serão retrechadas
no aconchego de um galpão?
De Schultz Filho se lembrarão
na vida globalizada?”
