RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Pinheiro Machado, ao centro, sentado, e seu estado maior - Revolução Federalista -

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

UM DIA DEPOIS DO OUTRO...


É... Nada como um dia depois do outro...

Quando alguns rio-grandenses falavam em separatismo, por trazerem na alma resquícios farrapos, ou por serem alijados na política do café-com-leite que beneficiava escancaradamente os habitantes de Minas e São Paulo, ou mesmo por sentirem-se desprestigiados ante as benécies da côrte outrora postada no Rio de Janeiro e posteriormente transferida para Brasília, estes gaúchos foram taxados de tudo por parte dos brasileiros. Adjetivos como antipatriotas, argentinos enrustidos, povo chorão... foram poucos.

E como fica agora, quando movimentos do centro do pais, principalmente em São Paulo, onde grupos organizados, deputados e policiais vem com a mesma proposta, sob o pretexto de que o nordestino é o câncer da pátria? 

Eu vou é ficar quieto para não dizer bobagens...


Vejam o que diz apenas uma das dezenas de manifestações que envolvem até políticos, defendendo a separação de São Paulo do Resto do Pais.



Você ai, já parou para se perguntar qual a identidade do brasileiro? Se um estrangeiro te perguntasse pra definir em 3 características básicas o povo brasileiro, como você definiria?


Samba, futebol e bunda? Amazônia, praia e carnaval? Desenvolvimento e cidades-vanguarda ou pobreza extrema e miséria? Agora, se o mesmo estrangeiro te pedisse uma definição do povo Paulista, você saberia descrever, certo? E do povo Baiano? E dos gaúchos, dos Amazonenses?


O povo Brasileiro NÃO tem identidade. Na verdade, o Brasil é um país que nunca existiu na prática. Nasceu por interesses políticos e econômicos na época do colonialismo europeu, e até hoje é assim: União apenas por interesse político e econômico. Por esse, e outros motivos, eu defendo o direito ao separatismo e ao resgate da cultura local de cada povo. Defendo o direito ao separatismo dos Baianos, dos Paulistas, dos Mineiros, dos Gaúchos, dos Amazonenses e dos Pantaneiros. Defendo o direito de todos reconhecerem e valorizarem sua própria cultura, fortalecer sua identidade e seus costumes, e não a identidade genérica que o Governo Federal quer nos vender, mas a identidade da Nação de cada um. Não existe uma identidade da nação Brasileira, nunca existiu, e provavelmente nunca vai existir.