Construído em barro, galpão de entidade uruguaia é destaque em Livramento.
Não precisou o Ministério Público agir. Fracassou o boicote do MTG para proibir a participação de CTGs na 32a Campereada Internacional de Santana do Livramento,
na fronteira. As entidades filiadas ao movimento não apenas
compareceram ao rodeio, como também montaram barracas na Chácara da
Prefeitura, onde acontece a festa que deve reunir mais de 40 mil pessoas
até este domingo.
Além disso, a campereada está registrando recorde de competidores. No
laço, o dobro do ano passado. “Podemos afirmar que é a maior campereada
de todos os tempos”, afirma Sérgio Munhoz, presidente da comissão
organizadora. A categoria mais concorrida, a Copa RBS TV de Laço, teve 495 duplas, superando todas as categorias somadas, na 31a edição, em 2013. As duas duplas finalistas serão definidas neste domingo.
Piquetes uruguaios também estão acampados no parque, que tem ainda
gineteadas e concursos artísticos. Além da natural divulgação que o
rodeio teve na RBS TV, como aliás, sempre acontece em com grandes
eventos tradicionalistas, a polêmica lançada pelo MTG chamou a atenção
para a importância do rodeio, que não é organizado pela Federação Gaúcha
de Laço, mas apenas comporta uma etapa do circuito esportivo promovido
pela entidade. Por entender que o laço não é “esporte” e sim “cultura”
(quando, na verdade, é uma mistura de ambos), o movimento proibiu
entidades filiadas de participarem do circuito da federação. E, por
consequência, da campereada. Tiro no pé. A repercussão foi extremamente
negativa e gerou onda de indignação, até mesmo dentro do MTG.