No mês de fevereiro, estava eu em meu rancho praieiro quando recebi um telefonema vindo lá da Santa Maria da Boca do Monte, a cidade Coração do Rio Grande, que me deixou envaidecido.
Do outro lado da linha, Carlinhos Lima, Diretor Artístico do M T G me convidando para assumir a função de Subdiretor de Manifestações Espontâneas Individuais do Movimento.
De início não atinei muito bem o que isto representava mas, se fosse para colaborar, me colocava a disposição. É muito fácil a gente criticar, criticar e criticar, não tendo o telhado de vidro por ausência de exposição, ou seja, escondendo-se das funções para poder jogar farelo no ventilador.
Na verdade as Manifestações Espontâneas Individuais tratam da porte poética da entidade. Escolha de jurados em rodeios, cursos de avaliadores de declamações, fórmulas de avaliação para dirimir erros e prejuízos aos declamadores, enfim, uma missão bonita mas árdua. Eu seria o responsável por tudo isto.
Ocorre que, depois que inteirei-me da situação, POR ABSOLUTA FALTA DE TEMPO, pedi perdão ao Carlinhos e renunciei ao cargo sem ao menos ter assumido.
Este função (assim como todos as outras do M T G) requerem dedicação, lealdade, atenção, envolvimento, paixão e muito tempo. Todos os outros quesitos me sobram, mas me falta o tempo. Sou servidor federal da C G U (Controladoria Geral da União), tenho horário e obrigações a cumprir e os fins de semana reservo, normalmente, para a família.
Os subdiretores artísticos já se reuniram por duas vezes em Santa Cruz do Sul para tratarem de assuntos pertinentes. Eu não poderia, por agendas e compromissos, ter comparecido em nenhum destes encontros. Então, declinei da briosa missão.
De toda a forma, quero prestar o meu apoio ao brilhante trabalho que o Carlinhos Lima e sua equipe vem desenvolvendo. Não é fácil lidar com notas, com avaliações. Todos que participam tem em mente que o seu trabalho é o melhor e que assim deveria ser reconhecido.
Parabéns a Diretoria Artísticas do M T G e a todos que colaboram com este precioso trabalho. Tenham em mim um soldado para defender as causas desta equipe.
E, quem sabe, daqui a dois anos, quando me aposentar, se ainda precisarem de meus préstimos....
