Leio no Informe Especial, página 03 de Zero Hora de hoje, sexta-feira, escrita pelo jornalista Túlio Milman, o texto abaixo:
Reta Final 1
O idealizador da Cavalgada do Mar, Vilmar Romera, está cansado. E desanimado.
O tradicionalista vem enfrentando uma série de obstáculos para concretizar a 30ª edição do evento, prevista para começar no dia 14 de fevereiro.
"Neste ano haverá muitas desistências", previu.
Tudo por conta dos exames veterinários obrigatórios e dos documentos exigidos dos participantes.
"É pouca gente para trabalhar e muita torcendo para a gente cair do cavalo", desabafou.
Reta Final 2
Entre as novidades da edição de 2014 da Cavalgada do Mar, está uma tropa de 15 mulas, que virá de Minas gerais.
"Talvez seja o último ano do evento", avisa Romera.
Nota de nosso Blog:
Em primeiro lugar, mais uma vez, o jornalista Tulio Milman se mostra desinformado em relação as coisas vinculadas ás nossas tradições.
Vilmar Romera não foi "idealizador da Cavalgada do Mar"!
Vejam um breve histórico de como começou este grandiosos evento:
A criação da Cavalgada do Mar ocorreu, em outubro de 1984,
através da iniciativa de João José de Oliveira Machado (O Machadinho), advogado
da Prefeitura de Palmares do Sul, João Carlos Wender, interventor municipal de
Tramandaí, e Ney Cardoso Azevedo, prefeito de Palmares do Sul.
A 1ª Cavalgada do Mar foi realizada em 14/02/1985 e tinha
aproximadamente 60 participantes. Os idealizadores buscaram apoio dos demais
municípios do Litoral Norte Gaúcho, principalmente com relação à alimentação
dos cavalarianos. Num trajeto de 240 Km de Palmares do Sul até Torres, ficou
combinado que os integrantes da cavalgada passariam por todas as prefeituras,
grandes e pequenas.
Cabe salientar que Machadinho comandou da 1° a 4° edição.
Em resumo Vilmar Romera assumiu da 5ª edição em diante. Assumiu e incorporou, pois sempre centralizou o evento em torno de si (a Fundação Cavalgada do Mar é uma figuração). Tanto é assim que não existe um balanço de receitas e despesas (se existe não é repassado) pois há patrocínios e arrecadações dos participantes e todos deveriam saber onde são aplicados tais recursos. Da mesma forma, os patrões de piquetes pouco, ou quase nada, são chamados para dialogar sobre o evento e o que se vê é uma brilhante cavalgada até o meio. Do meio para o fim a coisa degringola e foge do controle. Isto é falta de organização, de tratativas, de delegação de funções.
Temos que reconhecer que Vilmar Romera tem carisma e dinamizou a cavalgada mas muito em função de si mesmo. Chegou-se ao ponto das pessoas terem que cavalgar sete dias ouvindo a mesma música no carro de som, música esta, é claro, falando das virtudes do próprio Romera...
Digo isto reafirmando que as pessoas passam, mas as instituições permanecem.
Portanto, se Vilmar Romera está cansado, como diz Tulio Milman, a Cavalgada não!
As pessoas tem que entender e aprender a separar as coisas. Que outros venham, tomem as rédeas e sigam em frente.
Seria mais grandioso e elegante o atual comandante passar o bastão a outra pessoa, eleita pelos próprios participantes e que tal comando seja renovado a cada edição.
Seria mais grandioso e elegante o atual comandante passar o bastão a outra pessoa, eleita pelos próprios participantes e que tal comando seja renovado a cada edição.