Encerrei o mês de agosto da melhor forma possível, ou seja, junto com a minha gente.
Meu pai, Bernardino Souza, assim como seus irmãos, ficou órfão muito cedo e se desgarrou pelo mundo a partir de Júlio de Castilhos. Por muito pouco (questão de dias) em 1945 não foi servir a Pátria brasileira como pracinha da F.E.B., na segunda grande guerra. Voltando do Rio de Janeiro, foi bater em São Francisco de Paula, como motorista de caminhão, profissão que aprendera no quartel e levou para a vida inteira. E por riba da serra se aquerenciou. Seus irmãos e irmãs ficaram pela volta de Ivorá, Val De Serra, Santa Maria e Passou fundo.
Meu velho, talvez pela vida dura que tenha levado, e pelas dificuldades daquele tempo, nunca foi muito de procurar seus parentes. Basta dizer que, depois de 29 anos foi rever um de seus irmãos. Falou com o Tio Pedrinho mas não disse quem era. Pois, acreditem, meu tio não reconheceu seu irmão (meu Pai).
Mas agora, para refazer tanto tempo de afastamento familiar, tenho me enfronhado com meus primos Souzas, gente boa uma barbaridade. Tenho visto que muito de meu temperamento, realmente, vem dos Souzas. Principalmente o lado festeiro.
Neste sábado, dia 31, por exemplo, nos encontramos no aniversário do primo Hélio (na foto, sentado, de bota e bombacha) de seu filho, e de seu neto, no aconchegante sítio Orelhano, ali em Águas Claras. Que dia bueno! Foi de lavar a alma com um bochecho d'água. Valeu por dez sessões de terapia...
Quanto tempo a gente perde nesta vida velha, ao deixar tudo para amanhã... Vamos aproveitar, minha gente. Dar um abraço, dizer uma palavra de conforto, rever um amigo, matar a saudade dos seus... Não hay preço que pague tais coisas.
Muito obrigado, meus primos velhos, por este dia tão lindo!
