ALMA DE CAMPO
Lauro Antônio Correia Simões
Como fazem os olhares nas distâncias longas!
Como fazem as almas guitarreiras, junto as brasas.
Depois que as porteiras tombam e as milongas
vão se esparramando, igualitas as tropas
em pouso de estrada, distante das casas!
Então...
Sou fogo: - Um aqui, que ataca
ao virar cabeças p'ra o sem fim do rumo
e, acolá - alumiando na restinga quieta -
namorando a aguada, sou fogão ponteiro
a clarear sovéus e tisnar estacas!
E, quantos...
São tantos e tantos, ainda piazitos, ao redor do fogo.
Repassando cuias e a lotar cambonas!
Oiga-lê Rio Grande!
Quando desencilha - para fazer muda - tem fletes de sobra.
Porque traz tropilhas de almas gavionas!