RETRATO DA SEMANA

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Identidade Visual dos Festejos Farroupilha 2024 / Cintia Matte Ruschel

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ONDE VAI PARAR A VELHA HOSPITALIDADE?



"...amargo doce que eu sorvo / num beijo em lábios de prata / tens o perfume da mata / molhada pelo sereno / e a cuia, seio moreno / que passa de mão em mão / traduz no meu chimarrão / na sua simplicidade / a velha hospitalidade /  da gente do meu rincão..."

Ao que parece, este poema do saudoso Glaucus Saraiva que traduz com perfeição o símbolo da hospitalidade do gaúcho, está comprometido pelo preço exorbitante do quilo da erva, um verdadeiro absurdo.

Todos sabem que este brazão do Rio Grande, o chimarrão, é a forma de dizermos seja bem-vindo. Não hay rancho, nos fundões desta querência, por mais humilde que seja, que não tenha um mate espumante para oferecer as visitas. Pode faltar carne, vinho importado, dinheiro para emprestar, mas cara alegre e erva buena, não. Quer dizer, não faltava. Agora a "cosa" está osca (cinzenta).

Nos conta o amigo Hilton Araldi que, até o fim do ano, o quilo da verdinha estará em riba de R$ 16,00 lá por Passo Fundo. Do jeito que vai, o mate vai virar relíquia e veremos aí pelas ruas aquelas pessoas com placa substituindo os escritos de Compro Ouro para: Compro Erva...