RETRATO DA SEMANA

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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A PALAVRA EMPREGADA


Uma das coisas mais perigosas que existem é o improviso. Sou contra o improviso e admiro os tribunos, os pajadores, os trovadores que sabem sair de uma situação usando o dom da palavra.

Uma frase, uma palavra mal empregada num contexto, principalmente num momento de emoção, pode jogar tudo para o beleléu, isto é, prejudicar todo um trabalho.

Mas não é só para quem se pronuncia de improviso que ocorre a traição das palavras. Para quem escreve também. Hay que acontecer a reflexão antes de levar nossos escritos ao público, porque, depois, já era...

E isto não acontece só conosco, meros mortais formadores de opiniões. Os consagrados também cometem suas falhas. Como o jornalista Paulo Santana que utilizou uma coluna inteira para pregar a demolição do histórico Mercado Público de Porto Alegre e construir em seu lugar um moderno shopping. Ou então seu colega de empresa (mas desafeto) David Coimbra que relacionou o atraso de nosso Estado a Érico Veríssimo e Paixão Côrtes.     

Falo tudo isto porque fiquei matutando sobre o que disse o Diretor do IGTF Luiz Cláudio Knierim sobre o Acampamento Farroupilha comparando-o a um “Favelão Gaudério”.

Creio que, no fundo, ele não pense assim ou talvez tenha colocado tal expressão para reforçar alguma tese sua, pois vejo-o trabalhando muito em prol do Acampamento. É o chamado momento infeliz. A palavra ou frase mal colocada e, por vezes, retirada (propositadamente) de um contexto.

Por isto, minha gente, vamos pensar bem antes de falar ou escrever alguma coisa!