MAS TENTAMOS EVITÁ-LAS.
Muitas pessoas me questionam se não tenho medo de cometer
injustiças ao ser avaliador de algum concurso. No que eu respondo: - É o maior
medo que eu tenho!
Contudo, as injustiças acontecem.
Cada concorrente tem para si que sua composição, poesia,
música, etc... é a melhor de todas. Que mereceria tirar o primeiro lugar.
Eu mesmo já senti isto na pele e, por esse motivo, tento
fazer com que não se repita tal ocorrido para com os outros.
No 10º Ronco do Bugio, de São Francisco de Paula, na minha
opinião o segundo mais fraco de todos (o pior foi o 7º), competimos
com uma letra e uma música que os artistas dão o nome de “filé”, isto é, coisa
muito boa. Um balaço.
Defendida com muita competência pelos Tiranos, a composição BRASIL DE
BOMBACHAS, letra minha e música do Ângelo Marques e do Ricardo Marques tinha
tudo, na opinião de todos, para ser a grande vencedora. Já festejávamos
antecipadamente.
Pois tal "marca" que hoje é tida como um clássico da música
regional gaúcha, conhecida em todo o Brasil (Gildinho, dos Monarcas, me contou
que as pessoas choram e cantam junto nos bailes que eles tocam longe do Rio Grande)
pois visa homenagear justamente os gaúchos desbravadores, não recebeu um prêmio
sequer num festival que, repito, foi um dos mais fracos de todos. Para mim, até
hoje, uma verdadeira injustiça.
E aí? Vou fazer o que? Brigar com o Júri?
Neste domingo, dia 28, estaremos realizando a triagem das músicas
do 22º Ronco do Bugio e os concorrentes podem ter uma certeza: independente de
amizades, parcerias, parentescos, vão passar aquelas que, na visão dos
avaliadores, forem as melhores.
Tudo com o intuito de evitar injustiças.