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terça-feira, 7 de maio de 2013

QUE OS ARTISTAS BUSQUEM SEUS MERCADOS



MAS NOSSA MÚSICA NÃO PRECISA CRUZAR FRONTEIRAS 

"É natural e justificável que nossos artistas busquem novos horizontes pois aqui mesmo, dentro do Estado, são preteridos em favor dos sertanejos. Contudo, nossa música deve permancecer incólume pois sempre haverá um peão campeiro guitarreando uma milonga."


Recebi de um leitor do blog um questionamento sobre as apresentações de artistas gaúchos em programas do centro do país, que não tem nada a ver com nossa cultura, em face de que critiquei bandas de rock no Galpão Crioulo.

Para mim, a teoria é a mesma.

É justificável que nossos artistas busquem o mercado além das fronteiras gáuchas para manutenção de suas carreiras, contudo, penso que a exposição em determinados programas é dispensável. Invernadas artísticas, shows gauchescos, apresentações de grupos musicais em programas como o do Ratinho (foto), Faustão, Gugu, Regina Casé e similares, não casa, não combina, é óleo com água. Da mesma forma que me embaralha às vistas grupos de rock em programas gauchescos, shows de samba em festivais nativistas, o contrário também é verdadeiro. Gosto de quase todo o tipo de música, mas cada qual no seu quadrado senão, vira uma salada de mondongo.

Reconheço que o mercado gauchesco é limitado para o grande número de artistas que temos e uma aparição em qualquer um destes programas abre um leque de contratos bem mais promissores. Por este motivo, respeito, mas que é remendo branco em calça preta, ah, isto é.

Quando no foco do programa existe uma mescla de culturas, como é o caso do belo televisivo Viola Minha Viola, apresentado pela "interminável" Inezita Barroso, tudo bem, mas os programas acima citados, não tem nada a ver...

Entretanto, em relação a nossa música, já penso bem diferente. Esta, só aprecia quem tem sensibilidade. Só escuta quem gosta e só gosta quem entende, quem tem alma sulina, quem vivencia um pouco que seja de nossos costumes.

Não posso (e nem quero) obrigar um baiano, um cearense, um paraibano, a gostar de um Luiz Marenco, de um José Cláudio Machado, pois não sentem na pele o telurismo que aflora destes versejadores, não conhecem um pouco da história do Rio Grande, não vivenciam o orgulho que carregamos por aqui habitarmos. Em função disto tudo, também não aceito que nossa canção se modifique (para não dizer: se prostitua) para agradar este ou aquele.

Quando paranaenses, catarinenses, enfim pessoas de todo o Brasil contratam grupos como Os Monarcas para algum fandango ou espetáculo, eles sabem dos bois que estão lavrando.

Por isto, encerrando, vou repetir:

- Que nossos artistas busquem seus mercados, mas se nossa música crioula tiver que sofrer alterações para cruzar fronteiras, que fique eternamente por aqui...