RETRATO DA SEMANA

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

REPÓRTER FARROUPILHA GIOVANI GRIZOTTI

 

A respeito do que postamos ontem sobre a real função do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (segunda postagem abaixo), matéria que rendeu debates acalorados, principalmente no facebook, o renomado repórter investigativo Giovani Grizotti, pessoa conhecedora e preocupada com a cultura gaúcha, também opinou e buscou o contraponto junto a Fundação IGTF. A resposta está na postagem em seu excelente blog G1 – Repórter Farroupilha, reproduzida abaixo.

IGTF promove carnaval de rua e gera polêmica


qua, 27/02/13 por Giovani Grizotti | categoria Tradição

O companheiro Léo Ribeiro levantou a discussão em seu blog: para que serve a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore? Acredito que, como o próprio nome já diz, o instituto deveria fomentar e resgatar a cultura e o folclore no estado, certo?

E quais as prioridades? Qual tradição e qual folclore devem ser priorizados? Curioso é o  súbito interesse do instituto pelo carnaval: através da secretaria da Cultura, o IGTF está promovendo a tal “Folia de Rua”, que tem por finalidade  “incentivar o movimento de ressurgimento dos blocos, cordões e demais agrupamentos populares”.  O argumento é que  “o fomento à diversidade cultural está de acordo com próprio estatuto da fundação”. E o IGTF estimula a folia até mesmo fora de época. No sábado, dia 2, tem carnaval promovido pelo instituto no Largo Zumbi dos Palmares, em Porto Alegre. Dia 17 tem mais.

Que tal, então, o IGTF fomentar também a atividade dos CTGs, muitos dos quais fechados por falta de incentivo? Ou dos festivais nativistas, que a cada ano despertam menos interesse do poder público? Afinal, para que serve a fundação?

Em nota enviada ao blog, o diretor técnico do IGTF, Luiz Claudio Knierim, alega que a fundação promoveu várias iniciativas para incentivar a cultura gauchesca, como espaços na Expointer, espetáculos alusivos à Guerra dos Farrapos, exposição fotográfica sobre os festivais nativistas e cavalgadas. Argumenta ele que o carnaval no Rio Grande do Sul “é o terceiro mais antigo do país, mais antigo que o carnaval de Salvador por exemplo, justificando, assim, o apoio da fundação a essa manifestação histórica, tradicional e folclórica do povo gaúcho e brasileiro”.