Dom Arabi Rodrigues, este blogueiro e Wilson Araújo
Tenho um princípio comigo que arte não se julga, se admira. Ninguém é mais que ninguém para avaliar e qualificar o trabalho de outro. Cada artista, músico, compositor, poeta, declamador, tem características e estilos próprios e os mesmos devem ser respeitados.
Contudo, alguém tem que fazer esta função, caso contrário não existiriam os festivais. Mas confesso, que não é uma atividade muito agradável. Todos que estão ali, concorrendo, são teus amigos e, no mínimo, conhecidos. Aí então é que entra a isenção, a imparcialidade, a convicção. Errar por entender errado é admissível, por intencionalidade, não!
E quando os poemas, declamadores, músicos tem um nível altíssimo, como aconteceu domingo, lá em Vacaria, a missão se torna mais árdua. Tem-se que observar os detalhes, o gesto, a segurança, a palavra mal colocada, o vacilo, o acorde, a entonação, o casamento desta trilogia: poema, interpretação, musicalidade.
Penso que na III Tropeada do Poema Gauchesco, saímos de lombo liso...
Mas lhes conto: - não é fácil. Por isto venho ocupar este espaço para agradecer aos concorrentes que entendem estas dificuldades, aos parceiros de avaliação e aos organizadores destes eventos que confiam na competência dos julgadores. Mil Gracias.