RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

MAIS UM CAPÍTULO SOBRE OS MONARCAS


Não era idéia do blog dar continuidade a este tema sobre Os Monarcas e sua nova forma de atuação nos palcos. Primeiro porque, com a publicação de uma critica feita ao Grupo em um site regionalista e a Nota de Esclarecimento enviada a nosso blog pela Assessoria de Imprensa do conjunto, pensávamos ter concluído o processo.

Contudo, nos chega um segundo e-mail (o primeiro não publicamos) do tradicionalista Hilton Luiz Araldi, de Passo Fundo, e para que não  fique a imagem de que estamos puxando brasas para o lado do conjunto, pelo qual tenho profundo apreço e, ao lado do Porca Véia, considero o melhor grupo de baile do Estado, resolvemos postar sua opinião.

Nota: o e-mail veio todo em letra maiúscula. Como na linguagem da internet o maiúsculo significa GRITO, tivemos o trabalho de refazer o chasque (com toda a fidedignidade).       

Che Léo Ribeiro

Vou escolher bem as palavras para não me queimar contigo, a quem tenho profundo apreço.

Esta nota não esclareceu nada, pelo menos para mim, por isso não vou repassá-la, como me pediste.

VC pelo vínculo que tem com eles por terem gravado músicas com letras suas, ve com outros olhos, de outro ângulo.

Vou “rebater” as clocações, se me permite. Não estou pedindo que publique, fica a seu critério.

Deixa lhe dizer que quando eu morava em Campinas do Sul, nos idos dos anos 70, meu pai tinha um DKW e ia uma ou duas vezes por semana para Erechim. Me largava no Clube Comercial as 13.00 hrs para que eu pudesse assistir ao programa ao vivo, “Onde Canta o Rio Grande” (se não me engano)  e ía me buscar no final do programa, tamanha a admiração que eu tinha por eles (eu disse – eu tinha).

Então com isso quero dizer que não estou buscando agressão gratuita.

A primeira vez que fiquei me tapando de nojo deles, foi quando fizeram aquela  música cuja letra diz “Não Sou Cachorro Que Late em Troco de Osso (ou de bóia)”, tentando dizer que não tocam por poucos pilas.

Veja bem, um dos conjuntos que mais cobra pra tocar fandango, achei uma afronta.

Agora tentando fazer do palco de um CTG um circo, está demais. Os Tches também tentaram inovar e agora “estão voltando às raizes” como dizem. Com quem tenho falado, ninguém aprovou este novo show. Fazer macaquice pra piazada e dizer que tá agradando ... ora... convenhamos.

Critico e condeno qualquer invencionice!

Tradição:
costumes que vêm do passado: uma tradição familiar
 fato de transmitir e conservar os costumes: respeitar a tradição.

Então não me venham com esta de valorizar a música tradicionalista como foi respondido na nota dos Monarcas.

Hilton Luiz Araldi
Passo Fundo

Nota do Blog: Como fui citado no e-mail (com muita educação e respeito, por sinal), quero fazer algumas colocações.

1. Em princípio não gosto muito de encenações que fujam ao gauchismo autêntico e lembro sempre quando o Edgar, baterista do Honeyde Bertussi, resolvia fazer alguns floreios com as baquetas, o Cancioneiro das Coxilhas (Honeyde) só dava uma olhadinha para trás e o pobre do Edgar tinha que maneirar na "batera". Eram duas gaitas, um violão bem campeiro ponteado pelo Genézio e a bateria só marcando o ritmo. Nem contra-baixo havia. Bons tempos áqueles... Contudo, em relação ao caso exposto (Os Monarcas), não posso opinar porque simplesmente não vi e não vou deitar falação sobre algo contado pelos outros. Pode ser que vendo eu até goste... ou não! ....ah! E não tem nada a ver terem gravado letras minhas. Sou sincero com todos, principalmente com meus amigos.    

2. Sobre se tapar de nojo dos Monarcas por causa de uma frase em uma música, me desculpe amigo Hilton, mas penso ser um exagero. A letra, se não me engano do Dionísio Costa, retrata um fato qualquer. Uma fanfarronada tão comum aos gaúchos. Não é um retrato falado, um documentário sobre os Monarcas. Nenhum compositor, cantor, artista, faz tudo aquilo que escreve!  Eu nunca domei um cavalo e já escrevi diversas letras sobre o tema. Vocês acham que o Jayme Caetano Braun participou do "Bochincho"?

3. Sobre o preço que cobram, que não sei e não me interessa saber quanto é, penso que é a lei da oferta e da procura. Quem pode, paga (e terá garantia de retorno na bilheteria). Não vivemos reclamando do cachê absurdo que os sertanejos cobram para descer até o Sul? Então, vamos nos valorizar. Como eles vão manter sua grande estrutura? Além disto, sei de diversas apresentações 0800 (grátis) dos Monarcas, principalmente quando é para dar uma mão a um parceiro de música.  

Amigo Hilton Araldi. Continue me querendo bem que não te custa nada e saiba que, mesmo que não rengueemos da mesma perna neste assunto (simplesmente porque ainda não vi tal fato), respeito tua opinião.

Fraterno Abraço

Léo Ribeiro  

1.