Num dia 14 de novembro, do ano de 1844, ocorreu o emblemático e controverso cerco aos lanceiros negros onde, desarmados, por ordem do general farrapo David Canabarro, foram presas fáceis para os soldados imperiais.
Em novembro de 1844 estavam todos em pleno armistício. Suspensão de armas, condição fundamental para que os governos pudessem negociar a paz. Por isso o relaxamento da guarda no acampamento da curva do arroio Porongos. Recolheram os cartuchos de munições para colocá-los ao sol para secar. Canabarro e seus oficiais imediatos foram a uma estância próxima visitar a mulher viúva de um ex-guerreiro farrapo. O coronel Teixeira Nunes e seu corpo de Lanceiros negros descansavam. Foi então que apareceu Moringue, de surpresa, quebrando o decreto de suspensão de armas. Mesmo assim o corpo de Lanceiros Negros, cerca de 100 homens de mãos livres, pelearam, resistiram e bravamente lutaram até a aniquilação, em uma posição de difícil defesa. Além disso foram presos mais de 300 republicanos entre brancos e negros, inclusive 35 oficiais.
Em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, vamos fazer um estudo mais aprofundado sobre este tema para tentar entender o que realmente ocorreu.
