RETRATO DA SEMANA

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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ESTRÉIA HOJE GONZAGA - DE PAI PRA FILHO



Acordeon: um instrumento que une histórias de vida


Estreia hoje, 26 de outubro, o filme “Gonzaga – De Pai para Filho”.   Comemorativo ao aniversário de Luiz Gonzaga – que estaria completando 100 anos, o filme conta a história do Rei do Baião sobre a perspectiva de seu filho, o músico e compositor Gonzaguinha.

Quem interpreta Luiz Gonzaga, dos 27 aos 50 anos, é Nivaldo Expedito de Carvalho, conhecido como Chambinho do Acordeon. O músico aprendeu a tocar sanfona ainda menino, com seu avô Zezinho Barbosa, na pequena cidade de Jaicós, Piauí. Essa primeira escola, tão afetiva, quanto autêntica, lhe deu os macetes dos velhos sanfoneiros, mas também o gosto pelo tradicional forró “pé-de-serra”.

Por ser admirador de Luiz Gonzaga, Chambinho resolveu participar do processo de seleção da Conspiração Filmes para representá-lo no cinema. Após vencer 5 mil candidatos, recebeu a honrosa missão de interpretar o ídolo no longa metragem.

Ao ser contratado, o músico solicitou para as filmagens um modelo Super 9  da Todeschini Acordeões.  Os acordeões Todeschini, que são fabricados há 80 anos, no Rio Grande do Sul, também fizeram parte da trajetória do verdadeiro Luiz Gonzaga. Não são raras as imagens onde o Rei do Baião encanta ao público com as notas de sua sanfona Todeschini. O acordeon utilizado por Chambinho durante as gravações irá a leilão.

O nome varia conforme a região do país: os gaúchos chamam de gaita; no Centro do país é nomeado como acordeon; já os nordestinos conhecem por sanfona. Mas o importante é o resgate desta cultura de um instrumento antigo, trazido pelos imigrantes italianos e que expressa tão bem o regionalismo de alguns estados brasileiros.

A sanfona e a voz inigualável fizeram com Luiz Gonzaga entrasse para a história da música popular brasileira. Tornou-se referência do povo nordestino e de toda uma cultura.

Um instrumento que é capaz de, em algumas notas, identificar uma região, um estilo de vida, uma herança passada de pai para filho, ou de avô para neto como ocorreu com Chambinho, merece destaque não só em filmes mas também na cultura brasileira. O que percebe-se é que a maior motivação de quem toca o acordeon é tradição, manter as raízes. Conforme ressalta Mano Monteiro, músico e proprietário da Todeschini Acordeon: “Todos os dias em nossa fábrica somos procurados por alguém que quer restaurar um acordeon do pai ou do avô e até quem quer comprar um novo com o objetivo de dar sequência a uma tradição familiar.”

O filme não traz só a história do Rei do Baião e seu filho, o que por si só já seria algo maravilhoso, ele resgata também a cultura do sanfoneiro. Dá enfoque a um instrumento que produz músicas alegres, regadas de sentimentos, mas que requer habilidade e prática, afinal é necessário comandar botões, teclas e muito ritmo na sanfona.

 A Todeschini Acordeões foi fundada por Luiz Matheus Todeschini, em Bento Gonçalves. Mano Monteiro é o atual proprietário da empresa que está localizada em Porto Alegre, mas vende os instrumentos para músicos de todo o país. Neste mês a Todeschini completa 80 anos de fundação, sempre lembrada como uma das mais tradicionais fábricas de acordeões da América Latina. Já produziu mais de 170.000 acordeões, sendo que a maioria ainda está em uso.


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