DesPRENDA-se da tradição (intervenção do Ovulário no bloco H/UCS em alusão ao 20 de setembro moralista, latifundiário e machista).
O escrito acima, bem como a foto alusiva, foi extraído do
facebook e tem como autora Pâmela Cervelin Grassi. Em tal postagem nesta rede
social, até o momento que escrevo, 67 pessoas já “curtiram” e 129 “compartilharam”.
Segundo informações a autora e a maioria dos que participam
da postagem, acreditem, são alunos de história da UCS, Universidade de Caxias
do Sul, o que custo a entender devido ao apego que tem esta cidade serrana á
cultura rio-grandense. Mas é claro que, tanta asneira em um só documento, não pode
ter a aprovação do povo caxiense.
Em princípio não iría-mos contrapor, até para não dar “asas
pra cobra” pois, embora nosso blog seja singelo, haverá repercussão e o que estas pessoas estão querendo é aparecer pelo contraditório.
Talvez, também, eu não seja o vivente mais indicado para
responder a esta criatura que, por certo, é de mal com o mundo, pois minha
paciência é mal-domada e não me custa chamar uma pessoa assim de ignorante (no
caso, ignora nossa história embora esfole o traseiro nos bancos universitários).
Contudo, vamos fazer um esforço para responder a esta imoral
(não sou eu quem diz. É ela mesma: ...em alusão ao 20 de setembro moralista,
latifundiário e machista..., ou seja, ela é contra o 20 de setembro por ser
moralista).
Esta universitária é tão burra, ou melhor, ignorante, que dá
tiro no próprio pé ao estampar o seguinte dizer na frente do vestido: SERÁS A MINHA PRENDA. Mas pelo amor de Deus! Que mulher não gostaria de ouvir isto de
um homem? Prenda, cara universitária revoltada, é a forma de carinho, de mimo,
de afago, de bom tratamento de um gaúcho para com sua esposa, namorada,
paixão... Quem sabe, somente as feministas mais extremadas se ofenderiam com tal forma de tratamento.
Poderia aqui contextualizar e contradizer cada frase posta sobre este vestido mas teria que descer alguns degraus para ficar ao nível de quem fez tão imbecil montagem. Portanto, fico na minha.
A mulher, para o gaúcho, foi e sempre será, motivo de encanto, de admiração, de reverência. Ou cuidaram das casas e dos filhos durante a guerra (e não vejo nenhum demérito nisto) ou pelearam lado a lado como Anita Garibaldi. Hoje, galgam com justiça e competência, os mais altos graus profissionais. E se continuam a gostar da nossa cultura, que é própria, que é genuína, que não imita outros costumes, melhor ainda.
A Patrona dos Festejos Farroupilhas, contextados pelos alunos, é uma mulher! Dona Nilza Lessa.
Ninguém é obrigado a gostar da tradição gaúcha, mas todo o
gaúcho(a) tem o dever de conhecer sua história e de, ao menos, respeitá-la. Paradoxalmente, algumas alunas de
história do nosso velho e lendário Campo dos Bugres, não conhecem e não respeitam. Uma das pessoas que comentaram a postagem pergunta "o que aconteceu no dia 20 de setembro?".
A Revolução Farroupilha, realmente, teve sua origem nas
oligarquias pampeanas e não obteve adesão, principalmente da parte norte do Rio
Grande, local onde começavam a chegar os imigrantes alemães. Contudo, o
respeito ao passado e a quem cultua ás tradições, faz parte da boa educação de
cada povo.
Posso não concordar com a forma de mostrar sua insatisfação, da
autora Pâmela Cervelin Grassi, mas jamais virei aqui chamá-la, ou aos que concordam com ela, de mal-amados, de
despeitados, de infelizes, primeiro porque
não os conheço, segundo porque devo respeitar á todas as pessoas, por mais ralés de pensamento que sejam. Chamo-os, isto sim, de ignorantes, porque, como disse e afirmo, ignoram a história
do Rio Grande.
Três dias depois - Desculpem, caros leitores do blog. Relendo a matéria penso que exagerei na dose. Mas tal descaso com nossa cultura me deixou irritado.
Três dias depois - Desculpem, caros leitores do blog. Relendo a matéria penso que exagerei na dose. Mas tal descaso com nossa cultura me deixou irritado.