Dentre os orgulhos que vou levar comigo, não para baixo da terra, pois serei cremado como um velho índio, é o de ter presidido a Estância da Poesia Crioula, a Academia Xucra do Rio Grande. Amanhã pela tarde, junto ao 56º Rodeio de Poetas Crioulos, receberei a Medalha Vargas Neto por serviços prestados a esta entidade literária que completa 55 anos de atividades poéticas ininterrúptas. Faço parte de uma galeria (foto abaixo) de vates que conduziram aos píncaros uma confraria de fazedores de versos que, em mais de meio século, lutando contra todas as dificuldades, nunca mendigaram um centavo de dinheiro público. Lutamos com ardor, trabalhamos com amor, e hoje somos uma das poucas entidades literárias sobreviventes e, talvez, a única no Estado com sede própria.
Na galeria abaixo todos os ex-presidentes. Notem que fui o primeiro a por minha foto com pilchas gaúchas, pois era costume a estampa de terno e gravata. Da mesma forma, quebrei paradígmas e consegui fazer de meu sucessor na presidência, uma mulher, Beatriz de Castro.
Da esquerda para a direita os ex-presidentes da Estância da Poesia Crioula. Falta na galeria José Machado Leal e o atual presidente Cândido Brasil.
Nitheroi Ribeiro: 1959 a 1960.
Jayme Caetano Braun: 1960 a 1961.
Guilherme Schultz Filho: 1961 a 1963 – 1970 a 1972.
Ciro Gavião: 1963 a 1964.
Mozart Pereira Soares: 1964 a1966.
Pery de Castro: 1966 a 1970.
Hélio Moro Mariante: 1972 a 1974.
José Paim Brites: 1974 a 1976.
Zeno Cardoso Nunes: 1976 a 1980.
Vasco Mello Leiria: 1980 a 1982.
José Hilário Retamozo: 1982 a 1986 – 1992 a 1994 – 2000 a 2002
Francisco Pereira Rodrigues: 1988 a 1990.
Dias Francisco Fiorenzano: 1990 a 1992.
Caio Flavio Prates da Silveira: 1994 a 2000.
Sergio de Laforet Padilha: 2002 a 2004.
Léo Ribeiro de Souza: 2004 a 2006
Beatriz de Castro: 2006 a 2008.
José Machado Leal: 2008 a 2010
Cândido Brasil: 2010