RETRATO DA SEMANA

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MTC Desenhos

sábado, 19 de maio de 2012

SOBRE "TCHÊ", PARA ENCERRAR A PROSA!


Meus amigos. O dia de ontem, aqui pelo blog, foi tenso, pesado, turvo. Tudo em face da postagem sobre o retorno do Tchê Barbaridade aos palcos de CTGs, mais especificamente no pioneiro “35”, a convite da Patroa da entidade. Sinceramente gostaria de ter ido a este baile para ver como tudo transcorreu. Houve tensão?  Constrangimento? Gente maxixando? Espero que nada disto tenha acontecido e que a noitada tenha sido só alegria. O engraçado é que moro a seis quadras do “35” e não senti vontade de me enfiar numas bombachas.

Mas voltando ao blog. Conseguimos abrir um foro para discussão sobre o tema. O nível de acessos beirou a quando noticiamos alguma morte de artista, o flagrante da briga na Cavalgada do Mar, a escolha dos Dez Melhores Gaiteiros do Rio Grande, e por aí vai... No facebook a coisa “bombou” e aconteceram, entre “curtir” e “comentários”, somando os diversos compartilhamentos de outros blogs, mais de cem manifestações. De que me recorde, duas ou três dando força a iniciativa do “35”, as demais, contrárias.

Como não temos autorização para postar estes comentários (quem desejar conhecê-los o facebook é um livro aberto) vamos divulgar apenas alguns dos diversos e-mail que nos chegaram em face de que muitos são impublicáveis e a cordialidade é primordial em nosso períódico eletrônico e gaudério.

Minha posição sobre os conjuntos da antiga (espero) Tchê Miusic é a seguinte, e sei que vou levar bordoada de meus próprios parceiros. Não sou contra sua indumentária pois vivo peleando contra o MTG em relação a este assunto. Eu uso boina, lenço curto, alpalgatas, jaleco, bombacha estreita, etc... Tudo proibido pelo MTG, que resolveu ignorar e se sobrepor a vestimenta gaúcha dos irmãos do Plata e dos serranos riograndenses (tradicionalistas ortodoxos criticam quem usa lenço curto mas adoram o Borghetinho que nunca usa lenço). Também não sou contra o estilo destes grupos. Eu sou melenudo e os gaúchos primitivos eram assim, meio desleixados. Casaco de palitó, bombachinha engomada, também é coisa do... Deixa pra lá. Usam tatuagens? Meu filho também usa e até já pensei em fazer uma com o Brazão do Rio Grande no braço, mas me falta coragem (de ver queimando meu couro). Reconheço, também, que estes grupos levaram e levam uma garotada para o tradicionalismo embora num estilo de jovem diferente daqueles que Luiz Marenco, Joca Martins, César Oliveira e Rogério Melo e outros de igual teor carregam para o gauchismo.

Na realidade, sou contra a música que fazem. Letra pobre (mas isto não é privilégio deles) e um ritmo que não é nosso. Aí é que o bicho pega! O ritmo. Me gusta a autencidade, o telulismo, a coisa com cheiro de terra. Isto, penso que nunca vão ter.

Abaixo alguns e-mail. Não postamos opiniões favoráveis porque não recebemos nenhuma.  

HILTON ARALDI – Passo Fundo

Vou te dizer uma coisa. Sou fã do Martinho da Vila, Alcione, de alguns conjuntos de rock, e até de alguns caipiras autenticos, nem por isso os convidaria para um show se eu fosse patrão de algum CTG.

Isso está parecendo o Itamar Franco só pq gostava de fusca, mandou reeditar sua versão.

Absurdos p/ ficar na história.

A patroa poderia contratá-los para uma  festa particular em sua casa  e pagar o cache com seu dinheiro, não se aproveitar da condição de Patroa para este deleite.

Autorizo a publicação. !

Hilton Araldi

P.S. - Aos amigos que receberem este e-mail sugiro que se manifeste, escrevendo para o Léo "Léo Ribeiro de Souza" , pois se ficarmos calados a coisa vai degringolar. Vai que esta patroa goste tb do Michel Teló.

CARLOS AFONSO - Curitiba

Prezado Léo Ribeiro,

Antes de mais nada gostaria de sua permissão e me apresentar. Me chamo Carlos Afonso e resido na cidade de Curitiba-PR. Mas o importante é que sou profundo admirador de seu trabalho e não deixo de acompanhar diariamente seu blog.

Algumas semanas atrás você postou uma mensagem sobre o novo cd do Zezinho e Grupo Floreio, postagem esta muito bem acertada.

Pois bem, ontem chegou em minha casa, minha encomenda da Vertical, Zezinho e Floreio, Os Tiranos e Waldemar dos Santos.

Prezado Léo, você estava certissimo, que trabalho tchê. Alias os grupos Tchês que estão tentando voltar às origens deveriam apreciar este trabalho do Zezinho para apreenderem como se faz.

Os Tiranos seguem a mesma linhagem do Zezinho e o Waldemar dos Santos só pelo fato de acompanhar o grande Porca Véia dispensa comentários.

Um forte abraço Léo e até a próxima.

Carlos

LEONEL JOÃO VIECILI

Prezados amigos.


acho que este grupo, ao optar por seguir o caminho dos "tches", deveria continuar. Não se deixa de ser e também não se cria um tradicionalista da noite pro dia. Portanto não podemos deixar que isso contamine as demais entidades. Este grupo ficou fora dos CTGs por muito tempo devido ao seu estilo ser direcionado a qualquer outro gênero ou cultura, menos ao tradicionalismo. Agora que gravaram um novo CD, com algumas músicas onde a gaita predomina, abre-se novamente o espaço, que diga-se de passagem, uma baita porta, para a sua divulgação no meio tradicionalista, pois quem sabe o rumo que haviam tomado não foi lá o que esperavam ser. Manter uma linha estável como "Os Monarcas, Serranos, Tiranos" e outros mais, não é simples assim. A debandada ainda vai ser muito grande, destes grupos que se apegaram a 'modinhas" deixando de usar bota, bombacha e lenço no pescoço.

As tal "modinhas" ganham a mídia por alguns dias, talvez semanas, mas o tradicionalismo perdura por anos.

Abraço.
Leonel João VieciliPasso Fundo/RS(54) 8151 10349626 7763
leonel.viecili@bol.com.br

CARLOS ZATTII – CTG Porteira Aberta - PR

Leo,

Nós do CTG Porteira Aberta, repudiamos a atitude da patroa do 35 CTG (o pai dos CTGs). O pai dando mau exemplo ao filhos, como será a futura geração?

Repetimos: Repudiamos veementemente se tal fandango se confirmar nos moldes anunciados.

Que o Patrão-Grande mande o raio necessário.
Saudações Tradicionalistas!

Carlos Zatti
Tapejara da Cultura
CTG Porteira Aberta – 1ª RT – MTG / PR.