Don Léo, meu patrício...
Ando ausente de me comunicar contigo, mas nunca deixei de ler tuas matérias, já te disse que teu blog é o jujo que me fortifica...
Lembrei ontem, quando fiquei sabendo do falecimento da Zé Cláudio, de uma entrevista que fiz com ele, lá na tua São Francisco de Paula, por ocasião do 9o. Ronco do Bugio, no qual tu tinhas uma música, que o Yamandú defendeu (isso na categoria piá). O Zé tinha uma música linda, que no sábado foi fantasticamente cantada por ele, só que no domingo “uns goles" mais largos fizeram ele esquecer parte da letra e deixar de ganhar aquela edição do festival.
Outra vez, estava transmitindo a 12a. Coxilha Nativista de Cruz Alta, e o Elton Saldanha, junto com o José João Sampaio tinha passado a música Uma Tarde no Corredor ( titulo original) que depois ficou conhecia e é hoje chamada de Entrando no M'Bororé... Quem cantou no festival, cantou não, deu AULAS de interpretação foi o José Cláudio Machado, acompanhado do Saldanha (violão/vocal), Ernesto Fagundes (percussão/vocal), Ricardo Martins ( violão/gaita-ponto, isso mesmo tocou até quase o final da música violão, depois largou e pegou uma 8 baixos) e o outro violão, se não estou enganado era o Fabricio Harden.
Foi mágico aquele momento, lembro das pessoas no ginásio irem levantando e aplaudindo o Zé Cláudio, que sacou do chapéu e começou a rebolear inflamando de emoção, a mesma que contagiou todos que ali estavam. Ficaram com o 2o. lugar, (tiveram um pequeno problema de som durante a apresentação que prejudicou o grupo).
No Reponte da Canção na 7a. edição lá por 1991, ele cantou São as Armas Que Conheço, do Mauro Moraes e do Miguel Bicca. Lembro que quando passava o som na tarde o Zé nos falava que tava pensando em parar de concorrer nos festivais, porque não conseguia dizer "não"aos amigos e muitas vezes precisava decorar uma letra em 2 ou 3 dias, que já não tinha mais disposição, pela tamanha responsabilidade de cantar um tema dos seus amigos.
Em 1986 em Vacaria, ele já estava com OS SERRANOS, também tive o privilégio de ficar numa noitada de tertúlia pelo parque da Ferradura escutando os causos ( que sabia tão bem contar e dar umas risadas) e ouvir aquela turma toda.
Em 2004 no Rodeio da vacaria, ele fez uma apresentação muito emocionante, já sentia a debilitação da saúde, fôlego mais pesado, precisava respirar no meio do verso pra alcançar o som pleno, e foi no meio do show que ele disse: - "Meus amigos, fiquei 30 dias sem beber e sem fumar pra vir aqui no Rodeio da Vacaria cantar para os senhores, para as senhoras, queria estar bem prá poder fazer uma apresentação a altura dos senhores (a humildade e simplicidade dele era allgo...)" .
Aí ele arremata dizendo: - "Porque um homem fumar, tomar uns tragos ir numa zona é a coisa mais normal do mundo, é da natureza do homem"... Aquilo foi um mar de risos e aplausos.
Bueno don Léo, é isso, queria dividir contigo estas lembranças que rasqueteei da memória, lembrando do Zé Cláudio.
Um abraço bem gaúcho, muita Luz e sucesso sempre, meu irmão!!
Edgar Paiva
Ando ausente de me comunicar contigo, mas nunca deixei de ler tuas matérias, já te disse que teu blog é o jujo que me fortifica...
Lembrei ontem, quando fiquei sabendo do falecimento da Zé Cláudio, de uma entrevista que fiz com ele, lá na tua São Francisco de Paula, por ocasião do 9o. Ronco do Bugio, no qual tu tinhas uma música, que o Yamandú defendeu (isso na categoria piá). O Zé tinha uma música linda, que no sábado foi fantasticamente cantada por ele, só que no domingo “uns goles" mais largos fizeram ele esquecer parte da letra e deixar de ganhar aquela edição do festival.
Outra vez, estava transmitindo a 12a. Coxilha Nativista de Cruz Alta, e o Elton Saldanha, junto com o José João Sampaio tinha passado a música Uma Tarde no Corredor ( titulo original) que depois ficou conhecia e é hoje chamada de Entrando no M'Bororé... Quem cantou no festival, cantou não, deu AULAS de interpretação foi o José Cláudio Machado, acompanhado do Saldanha (violão/vocal), Ernesto Fagundes (percussão/vocal), Ricardo Martins ( violão/gaita-ponto, isso mesmo tocou até quase o final da música violão, depois largou e pegou uma 8 baixos) e o outro violão, se não estou enganado era o Fabricio Harden.
Foi mágico aquele momento, lembro das pessoas no ginásio irem levantando e aplaudindo o Zé Cláudio, que sacou do chapéu e começou a rebolear inflamando de emoção, a mesma que contagiou todos que ali estavam. Ficaram com o 2o. lugar, (tiveram um pequeno problema de som durante a apresentação que prejudicou o grupo).
No Reponte da Canção na 7a. edição lá por 1991, ele cantou São as Armas Que Conheço, do Mauro Moraes e do Miguel Bicca. Lembro que quando passava o som na tarde o Zé nos falava que tava pensando em parar de concorrer nos festivais, porque não conseguia dizer "não"aos amigos e muitas vezes precisava decorar uma letra em 2 ou 3 dias, que já não tinha mais disposição, pela tamanha responsabilidade de cantar um tema dos seus amigos.
Em 1986 em Vacaria, ele já estava com OS SERRANOS, também tive o privilégio de ficar numa noitada de tertúlia pelo parque da Ferradura escutando os causos ( que sabia tão bem contar e dar umas risadas) e ouvir aquela turma toda.
Em 2004 no Rodeio da vacaria, ele fez uma apresentação muito emocionante, já sentia a debilitação da saúde, fôlego mais pesado, precisava respirar no meio do verso pra alcançar o som pleno, e foi no meio do show que ele disse: - "Meus amigos, fiquei 30 dias sem beber e sem fumar pra vir aqui no Rodeio da Vacaria cantar para os senhores, para as senhoras, queria estar bem prá poder fazer uma apresentação a altura dos senhores (a humildade e simplicidade dele era allgo...)" .
Aí ele arremata dizendo: - "Porque um homem fumar, tomar uns tragos ir numa zona é a coisa mais normal do mundo, é da natureza do homem"... Aquilo foi um mar de risos e aplausos.
Bueno don Léo, é isso, queria dividir contigo estas lembranças que rasqueteei da memória, lembrando do Zé Cláudio.
Um abraço bem gaúcho, muita Luz e sucesso sempre, meu irmão!!
Edgar Paiva