No apagar das luzes do ano de 2011, quando um resto de lua de dezembro se mescla ao sol de janeiro, um show de arrepiar o pêlo.
Integrando o projeto Música aos Pares apresentaram-se, ontem a noite, no Theatro São Pedro, o músico gaúcho Luiz Carlos Borges e a cantora argentina Liliana Herrero. Que espetáculo!
Tendo a sensibilidade de integrar o repertório ao ambiente (Theatro São Pedro) os artistas, num intercâmbio cultural excelente, presentearam o público que lotou as dependências com um show, show não, showzaço (acho que nem existe esta palavra) com melodias que andejaram por chacareras, polcas, milongas, zambas, chamamés e até forró, interpretados com um sentimento poucas vezes visto por estas paragens.
Liliana Herrera,considerada a maior intérprete do folclore argentino depois de Mercedes Sosa, canta muito. A cada gole de vinho em uma taça postada ao seu lado, sua voz e sua presença de palco levava ao delírio o grande público que interagiu com os artistas ao ajudar a cantora a interpretar, no improviso, a canção Asa Branca, de Luiz Gonzaga, que ela gosta muito mas que não sabia a letra completa. Liliana Herrera parecia estar relatando verdadeiras tragédias em seu modo portenho de cantar. Borges, ao fim de uma música não se conteve e falou em português: - parece que é a última vez que ela está cantando... A risada foi geral.
Luiz Carlos Borges, por sua vez, mostrou que é o artista mais completo do Rio Grande do Sul. Sua versatilidade é impressionante. Compõe, toca violão e acordeom com a mesma maestria e canta em português e espanhol em tons altos e baixos, graves e agudos, que mais parece um remanso de rio. Ao final de uma habilidosa performance instrumental de Borges, Liliana Herrero fez menção de ir embora, pois nada mais tinha a fazer ali.
Integrando o projeto Música aos Pares apresentaram-se, ontem a noite, no Theatro São Pedro, o músico gaúcho Luiz Carlos Borges e a cantora argentina Liliana Herrero. Que espetáculo!
Tendo a sensibilidade de integrar o repertório ao ambiente (Theatro São Pedro) os artistas, num intercâmbio cultural excelente, presentearam o público que lotou as dependências com um show, show não, showzaço (acho que nem existe esta palavra) com melodias que andejaram por chacareras, polcas, milongas, zambas, chamamés e até forró, interpretados com um sentimento poucas vezes visto por estas paragens.
Liliana Herrera,considerada a maior intérprete do folclore argentino depois de Mercedes Sosa, canta muito. A cada gole de vinho em uma taça postada ao seu lado, sua voz e sua presença de palco levava ao delírio o grande público que interagiu com os artistas ao ajudar a cantora a interpretar, no improviso, a canção Asa Branca, de Luiz Gonzaga, que ela gosta muito mas que não sabia a letra completa. Liliana Herrera parecia estar relatando verdadeiras tragédias em seu modo portenho de cantar. Borges, ao fim de uma música não se conteve e falou em português: - parece que é a última vez que ela está cantando... A risada foi geral.
Luiz Carlos Borges, por sua vez, mostrou que é o artista mais completo do Rio Grande do Sul. Sua versatilidade é impressionante. Compõe, toca violão e acordeom com a mesma maestria e canta em português e espanhol em tons altos e baixos, graves e agudos, que mais parece um remanso de rio. Ao final de uma habilidosa performance instrumental de Borges, Liliana Herrero fez menção de ir embora, pois nada mais tinha a fazer ali.
Acompanhados por excelentes músicos, Borges e Liliana lavaram minha alma musiqueira para enfrentar o ano que já dá hô de casa. Entusiasmado, na boca da madrugada me fui a churrascaria Garcia’s, solito no más, comer uma costela e tomar umas taças de tinto seco.