RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Recuerdos da companheirada e do velho parceiro (Mouro Negro).

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

MEUS 12 DESEJOS PARA 2012

NA SEARA DO TRADICIONALISMO

1 - Que nossas autoridades (principalmente estaduais) reconheçam que, embora tenhamos um mosaico cultural muito grande, o qual respeitamos em todas suas características específicas, a (cultura) que mais identifica-se com nosso Estado é a tradicionalista, não merecendo o menosprezo que recebeu em 2011.

2 – Que a pirataria, motivo de falência das gravadoras, desapareça de nosso meio fazendo reaparecer velhos ídolos musicais e o surgimento de novos talentos.

3 – Que o ECAD repasse aos autores um mínimo dos valores que recebe em sua saga arrecadadora.

4 – Que retornem os festivais nativistas que, ano a ano, vão esvaindo-se dos palcos do Rio Grande.

5 – Que o peão de estância, gaúcho de quatro costados, não precise abandonar o campo para vir dependurar-se nos morros povoeiros a procura de trabalho que, na maioria das vezes, não passa de puxar uma carroça de papelão.

6 – Que nossas grandes empresas de comunicação dêem mais espaço a trabalhos que divulguem os costumes regionais do povo gaúcho.

7 – Que, no acendimento da chama crioula de 2012, os aficionados pela “latinha” (microfone) deixem passar para seu destino os milhares de cavaleiros, não os prendendo, por mais de 4 horas, no lombo dos cavalos, enquanto os discursos se sucedem...

8 – Que a sétima arte (cinema) de ôh de casa aqui pelo Rio Grande. Vivemos do esforço pessoal de alguns diretores e cineastas que vagueiam mendigando algum incentivo para mostrar na tela os nossos costumes e a nossa história (o mesmo vale para o teatro).

9 – Que o Movimento Tradicionalista preocupe-se mais com os verdadeiros princípios do Movimento em vez de largura de bombacha, tamanho de lenço, aba de chapéu... Que siga os ensinamentos de um de seus maiores líderes, o poeta Glaucus Saraiva, que raramente andava pilchado. Num Congresso em Bagé, em uma plenária sobre indumentária, Glaucus fazia parte da mesa diretora vestindo uma roupa “safari”. Questionado por alguém do público sobre suas “pilchas” ele respondeu: - O tradicionalismo não está nas roupas. Está na alma!

10 – Que os Centros de Tradições saiam de suas clausuras (sedes) e que vão ao encontro do povo mostrando nossa cultura nas escolas, nas creches, nos abrigos, nas vilas... A parte social de uma entidade deve ir além de dançar por dançar.

Em Tempo: Muitas entidades já fazem isto

11 – Que reapareçam os Grupos Folclóricos que levavam, além fronteiras, nossas tradições e nossa arte. As invernadas robotizaram-se para concorrer no ENART e brigar, na acepção da palavra, pelo primeiro lugar. A dedicação afetiva de um filiado por seu CTG está desaparecendo à medida que crescem os profissionais do tradicionalismo.

12 – Que eu não me torne um tradicionalista chato e ranzinza!