RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

CHASQUES BUENACHOS DE UNS "QÜERAS"

Vai chegando o fim do ano... É tempo de repensarmos o que fizemos e o que deixamos de fazer na temporada que ora finda. É tempo de retrospectivas e de recomeços.

Sempre disse que um dos maiores inventos da humanidade, na minha opinião, foi o calendário. Imaginem a vida sendo uma coisa contínua!? Que marasmo!

Nesta época recebemos e encaminhamos muitas felicitações. O espírito se fortalece.

Dentro deste quadro fraternal, fomos alvo de palavras de carinho de integrantes dos Qüeras, de Passo Fundo (grupo tradicionalista de preservação de cultura), mais precisamente dos irmãos Glaucio e Glenio Vieira (afora as palavras bonitas do Edgar Paiva).

Aos Qüeras (foto abaixo) o meu muito obrigado, a minha estima e o meu Feliz Natal, indiada!

Bom dia Léo,

tudo bem tchê?

Estamos chegando ao final do ano e é normal muitas reflexões, pois que meu mano Glenio, me enviou uma coluna pro site da Alma Nativa, mas achei de tanto fundamento que resolvi repassar ao amigo, pois o Glenio relata com verdade alguns fatos desse 2011 e envolvem todos nós, inclusive, te citaste com muita propriedade (e faço minhas as palavras dele).

Mas de tudo isso, quero realmente é TE AGRADECER e fazer o devido registro que nós Queras temos pelo amigo, mas muito mais que isso, como disse o Glenio, foi enriquecedor para todos nós ter convivido contigo lá no Ronco do Bugio e pode ter certeza que estaremos lá em 2012, para conviver mais um pouco contigo.

Mil gracias Léo,

O Rio Grande há de reconhecer teu valor, os Queras já fazem isso...
FELIZ NATAL MEU MANO VELHO, MEU PROFESSOR!!
Abraços fraternos a você, a D. Miriam e a seus filhos e familiares.

Glaucio Vieira
Rádio Alma Nativa
Os Queras
Lagoa Vermelha – RS

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Dando boca pro 2012.

Não sou o FANTÁSTICO, mas gosto de retrospectivas. O ano que passou, ou que está em vias de acabar, realmente foi de muito trabalho e dificuldades. Por onde se anda, com quem se fala a história é a mesma: - já vai tarde 2011.

No entanto, é bom lembrar que muitas coisas boas aconteceram no cenário musical nativo, e no meu particular mais ainda. Lembrei que lá no começo do ano, na páscoa, juntamente com meus companheiros Jauro Gehlen e Edgar Paiva, o homem da pena, vencemos a 40ª Barranca, o que pra nós foi um marco, não só pelo prêmio em si, mas pela consagração de uma ideia de nativismo e gauchismo que compactuamos os 3. Ano passado tinha ficado um gostinho ruim com o 2º lugar lá na Barranca, pois julguei a música vencedora um pouco distanciada das coisas da terra. Mas enfim é passado, tava reservado pra 2011.

Também neste ano, por intermédio do Dr. Flori Wegher, grande compositor e meu colega, tive a oportunidade de conviver por vários dias com alguns amigos como o Luiz Marenco e o Joca Martins, na gravação do CD Comparsa Musiqueira que reúne os trabalhos do Dr. Flori, e que estou produzindo juntamente com músicos do mais alto gabarito como Luis Escobar, Augusto Baschera, Jauro Gehlen e outros tantos. Essa convivência com estes intérpretes mostrou mais uma vez que ninguém chega a determinadas posições por acaso. Você diria: isso eu sei! E eu digo: e eu comprovei!

A simplicidade destes talentos natos, o trato que eles tem com as pessoas, demonstram o caráter e a forma como conduzem suas carreiras, que já não são mais novas, e a cada dia e a todo instante crescem mais. Um episódio que prova isso, foi que o Marenco ao chegar em Passo Fundo com sua família, em frente a um hotel vizinho de um shopping center, mal havia descido de seu carro e já estava rodeado de pessoas pedindo autógrafos, fotos e tudo mais. E não eram gauchada não, eram novos, crianças, velhos, 'emos' e doutores, todo mundo querendo falar com o homem!

Também neste ano, mais uma de minhas previsões se confirmou. Augusto Baschera é confirmado como grande instrumentista e compositor do Rio Grande, premiadíssimo na Seara da Canção e já está de malas prontas pra ir embora. Olha, eu conheço esse piá já de tempo, mas de quatro anos pra cá, a subida meteórica dele, graças a muito estudo e afinco nas 6 ou 7 cordas, dava mostras que o talento transbordaria. Passamos um mal bocado na Vacaria, onde eu e ele não premiamos música nenhuma, mas ficou a certeza de que ele voaria bem longe e rapidamente. Campeão da Seara, classificando inúmeras músicas em festivais e agora embarcando pra Europa. Vai com deus Gusto, o Rio grande te acompanhará na palma da mão, na cuia do teu chimarrão.

Bah, tem mais um monte de coisas boas que aconteceram que não chegaram ao relato, muitas mesmo, como a parceria com o Léo Ribeiro lá no Ronco do Bugio, este quera que conheci pessoalmente lá e que é um cara sensacional.

A nossa Rádio Alma Nativa, para qual escrevo, e a felicidade de ver meu mano Glaucio destrinchado nos microfones e dando orgulho a sua família.

Foi muita coisa, perdemos agora o Zé Claudio. Que cosa não? Bem no finzinho do ano. E quase perdemos o Plauto Cruz, quando o Prefeito de POA resolveu matar ele numa entrevista. Mas deu tudo certo, o Plauto está vivo e já se encontrou com o Prefeito para confirmar a situação. E o mestre Zé Claudio, foi-se porque certamente a precisão lá no céu era maior que a nossa. Penso até que o Passarinho reencarnou, porque o patrão velho mandou chamar o Zé pra lá. O grande arquiteto não gosta de ficar sem uma baita guela gaúcha ao lado dele.

Che, vou orar muito para que cada dia de 2012 seja de mais saúde e felicidade pra todos do que em 2011, e que venham muitas Barrancas, Vacarias, Coxilhas, Roncos e Califórnias pra gente ter do que rir. Afinal como dizia o Rillo: “não é fácil ir embora e como é difícil voltar...”

Ala pucha tia picucha, quadro o corpo e vou de lado, um baita 2012 e DÊ-LE boca pro Gateado Tchê!

Glenio Lemos Vieira
Avogado e Compositor Musical
Twitter: @GlenioLV