Realmente, a Cavalgada do Mar, por sua envergadura é uma verdadeira vitrine para quem organiza, para quem participa e para quem se opõe ao evento. Vejam o que diz sobre o tema o jornal Zero Hora de hoje, dia 07 de dezembro:
"A Cavalgada do Mar, que percorre o litoral gaúcho todos os verões, enfrenta momentos decisivos.
Acionado por ONGs de proteção aos animais, o Ministério Público está propondo equipar cada cavalo com um chip. Dessa forma, será possível acompanhar as distâncias percorridas e fiscalizar possíveis exageros.
Enquanto isso o promotor Carlos Paganella está pedindo que uma espécie de pulseira de identificação seja colocada nas patas do equinos. - Não queremos proibir, apenas disciplinar, explica.
Entre os organizadores da Cavalgada do Mar, o sentimento maior é de tristeza.
Vilmar Romera, um dos idealizadores da iniciativa, acha impossível implementar as sugestões do Ministério Público: - Quem é que vai dizer para o cavaleiro que ele não pode participar?, pergunta.
Uma reunião na próxima semana tentará alinhar as posições."
Opinião do Blog: As proposições do Ministério Público denotam um total desconhecimento de como funciona uma cavalgada. Colocar chip em cavalo? Pelo amor de Deus... A jornada diária é pré-estabelecida e ninguém anda mais do que foi planejado.
Todos sabem que o responsável por uma montaria é o seu condutor. Ele deve saber sobre o seu cavalo e o estado em que se encontra. Cavalo gordo não é sinônimo de cavalo saudável. Ele tem é que estar preparado para a jornada, ou seja, delgaçado e com aprovação veterinária.
Cavalo é igual a gente. Me botem, com meus 105 kg, a correr 2 km. Morro nos primeiros 100 metros. Assim é o animal.
Não tem como os organizadores do evento saber o "estado" em que se encontra cada animal. Como disse, isto é de responsabilidade de seus donos que, por vezes, são irresponsáveis!
Meu mouro velho, se a cavalgada fosse por estes dias, não participaria do evento, pois está enfraquecido, saindo de um garrotilho. Nestas andanças, preservo mais meu cavalo do que a mim mesmo. Ele come, bebe e descansa antes de mim.
Pensamos, também, que estas ONGs de proteção aos animais, deveriam preocupar-se com os raquíticos e maltratados cavalos de carroça de Porto Alegre que carregam, o dia inteiro, o quádruplo do peso que poderiam carregar. Mas, como dissemos, a Cavalgada do Mar dá mais visibilidade...