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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

VOLTEANDO DATAS - II

DIA 04 DE NOVEMBRO DE 1934
NASCE ANTÔNIO AUGUSTO FAGUNDES

Antonio Augusto ("Nico") Fagundes nasceu em 4 de novembro de 1934, no Inhanduí, interior do município do Alegrete-RS, - local de tradicionais famílias campeiras da fronteira - filho de Euclides Fagundes e Florentina (Mocita) da Silva Fagundes.

Foi escoteiro e fundador, sub-chefe e chefe da Tropa "Anhangüera". Na época de estudante destacou-se como poeta e declamador.

Iniciou a carreira jornalística em 1950, aos 16 anos, no jornal Gazeta de Alegrete, o mais antigo do Rio Grande do Sul, nas funções de cronista e repórter. No mesmo período começou a atuar na Rádio ZYE9 - Rádio Alegrete, apresentando programas humorísticos e gauchescos.

Foi secretário dos Cadernos do Extremo Sul, publicações que sob a direção de Helio Ricciardi, lançou diversos poetas da cidade de Alegrete.

Em 1954, mudou-se para Porto Alegre e é como poeta que é apresentado ao 35 CTG - Centro de Tradições Gaúchas, por intermédio do poeta Lauro Rodrigues. E nunca deixou de fazer verso. Tornou-se amigo e companheiro de Waldomiro Souza, Horácio Paz, João Palma da Silva, Amandio Bicca, Niterói Ribeiro, Luiz Menezes, José Hilário Retamozo, Hugo Ramirez, João da Cunha Vargas, ou seja, a fina flor da poesia gauchesca da época, que freqüentava o rodeio do 35 CTG, às quartas de noite e aos sábados de tarde, na Av.Borges de Medeiros, no quinto andar da FARSUL.

Conhece, então, e torna-se amigo de Jayme Caetano Braun, cujo ingresso no 35 CTG vai amadrinhar. No mesmo ano, tornou-se redator do Jornal A Hora, no qual atuou durante muitos anos com a página Regionalismo e Tradição.

O encontro de Antonio Augusto Fagundes, por esta época, com Glaucus Saraiva foi histórico: vinham de uma briga pelos jornais, mas quando se encontraram, foi amor à primeira vista, uma amizade tão forte que nem a morte de Glaucus conseguiu interromper.

Pelas páginas do jornal A Hora, lançou Jayme Caetano Braun e dois moços que estavam aparecendo com muita força: Aparício Silva Rillo e José Hilário Retamozo. O prestígio que emprestava à obra de outros poetas não fez com que descurasse de sua própria poesia.

Em 1955, passou a fazer parte do Instituto de Tradições e Folclore da Divisão de Cultura do Estado. Durante oito anos fez formação em folclorismo, especializando-se em Cultura Afro-gaúcha. Tornou-se professor de danças folclóricas e literatura gauchesca no Instituto de Tradições e Folclore. Viajou para a Europa como sapateador do Grupo Gaudérios, morando em Paris por quatro meses.

Iniciou pesquisas de indumentária gaúcha, tornando-se uma das maiores autoridades sobre o assunto no Rio Grande do Sul.

Foi um dos fundadores do Conjunto de Folclore Internacional, batizado de Os Gaúchos, e do qual foi diretor durante 15 anos.

Fundou, no Instituto de Tradições e Folclore, a Escola Gaúcha de Folclore, de nível superior, que funcionou durante seis anos. Atuou como titular nas cadeiras de danças folclóricas e indumentária gaúcha. Foi diretor da escola durante seis anos.

No início da década de 1960, conquistou o primeiro lugar em concurso literário promovido pelo Instituto Estadual do Livro, com a obra Destino de Tal. Pouco depois passou a trabalhar na TV Tupi.

Formado em Direito, pós-graduado em História do Rio Grande do Sul e Mestre em Antropologia Social, todos os seus cursos foram realizados na Universidade Federal do RGS (UFRGS).

Por todas essas suas qualificações, Antonio Augusto Fagundes é respeitado como autoridade em Folclore gaúcho, História do Rio Grande do Sul, Antropologia, Religiões afro-gaúchas, Indumentária gauchesca, Cozinha gauchesca e danças folclóricas.

Além disso, sempre deu a devida importância à dupla ligação da cultura gaúcha, com o outro Brasil e com os países do Prata. Tornou-se, assim, com o tempo e apoiado em uma biblioteca preciosa, um estudioso sério, respeitado e aclamado no Rio Grande do Sul, no Uruguai e na Argentina, conferencista bilíngüe e autor de inúmeras obras de consulta obrigatória.

Desde 1982 apresenta pela RBS TV (afiliada da TV Globo) o programa Galpão Crioulo, o que já lha rendeu três prêmios internacionais: em Buenos Aires, em Nova York e na Cidade do México.

Em 1984, passou a apresentar o mesmo programa na Rádio Gaúcha. No mesmo ano voltou a atuar no jornalismo, escrevendo no jornal Zero Hora - uma coluna semanal que mantém até hoje.

Em 1998, comandou em Paris, a apresentação do Grupo "Os Gaúchos". No mesmo ano escreveu a peça teatral A Proclamação da República Rio-grandense".

Ao longo de sua carreira recebeu diversos prêmios, entre os quais, Prêmio Copa Festivales de España, Medalha de Bronze da Televisão Mundial pelo programa "Galpão Crioulo" e o Troféu Guri da Rádio Gaúcha. Recebeu inúmeros prêmios em poesia, canções gauchescas, declamações, danças folclóricas e teses. É autor de mais de 100 músicas, entre as quais, "O canto Alegretense".

Publicou seu primeiro livro de versos "Com a Lua na Garupa" e depois o segundo "Ainda com a Lua na Garupa".

O terceiro tem o nome de "Canto Alegretense", nome tirado da canção famosa cujos versos escreveu. Aliás, neste livro aparecem muitas letras das suas canções mais famosas dentre as 370 gravadas e regravadas por vários intérpretes e parceiros.

Livros publicados:

É autor de quase vinte livros, a maioria com várias reedições. Para saber sobre suas obras, clicar em:
http://www.orkut.com.br/Main#Album.aspx?uid=12517951524760143599&aid=1225035785&p=0
http://www.orkut.com.br/Main#Album.aspx?uid=12517951524760143599&aid=1225035785&p=1

Fontes:
- Wikipédia - a enciclopédia livre (http://pt.wikipedia.org).
- http://www.dicionariompb.com.br - 23/04/2007 - 20:21:35

twitter: @tcheleoribeiro