Caros leitores. Vejam a tipicidade deste e-mail que recebemos ontem:
Prezado Léo Ribeiro
Mesmo não sendo um tradicionalista de berço, passei a interessar-me mais profundamente pela história do Rio Grande do Sul no momento em que minha filha começou a dançar na invernada artística do CTG de minha cidade. Até fiz parte da diretoria, como Vice-Jurídico, mas vi muita coisa errada a nível de MTG e acabei me afastando.
Quando me foi indicado seu blog, há quase um ano atrás, o mesmo tem sido minha leitura diária. Parabéns pelo teu trabalho.
Na sexta- feira passada, vi uma reportagem no blog em homenagem aos 174 anos da Brigada Militar com um belo poema sobre o Brigadiano, escrito, se não me engano, por um tenente da corporação.
Nesta reportagem você diz que a Brigada foi fundada em 18 de novembro de 1835 “em plena revolução farroupilha”. Depois de ler a matéria e pesquisar sobre a história da brigada, entidade pela qual eu tenho a maior admiração e respeito, eu faço duas colocações e uma pergunta:
1. Sendo a Brigada Militar uma organização fundada a partir do exército imperial, portanto inimigos dos farroupilhas;
2. Sendo o MTG uma entidade que tem por base as iniciativas do Grupo dos Oito, que por sua vez traziam inspiração no gaúcho interiorano e, mais profundamente, nos atos heróicos dos revolucionários farroupilhas, fatos que cultuamos com apreço no dia 20 de setembro;
Pergunto: É correto que o MTG, há longos anos, venha sendo presidido e “comandado” por militares que largaram a farda por motivo de passagem para a reserva? Não estaria, na linguagem popular, a raposa cuidando do galinheiro?
Levantei esta questão apenas para que sirva de reflexão e te pediria que não publicasse meu nome porque tenho medo de retaliação ao CTG de minha cidade e porque tenho muitos amigos que trabalham na brigada. Mas a questão é interessante? Não é?
Nota do Blog: Só publicamos em nosso periódico regionalista e-mail que venha assinado, o que é o caso da postagem acima. Como o autor pediu sigilo do nome, vamos respeitá-lo. Contudo, o assunto está aberto a manifestações.
