Hoje é domingo, teu pai é um gringo... Hoje tem marmelada? Tem sim "sinhô"... E o palhaço o que é? É ladrao de "muié"....
Mas... Espere um pouco!
Para onde foram os circos da minha infância? Aqueles onde as lonas rasgadas, quais colchas de retalhos, eram lar e trabalho dos artistas que não passavam de uma família e mais dois ou três amigos?
O pai era o cantador de tangos, o equilibrista, o mágico que transformava as velhas apresentações em pratos de comida. Os filhos, nômades, sem escola, sem amigos fixos, se contentavam com pouco: davam os “saltos mortais” sobre um tonel e olhavam o mundo sem enxergar o amanhã. A mãe, apesar da idade e do corpo, era contorcionista tanto no picadeiro quanto no velho fogão.
Os amigos que tinham algumas habilidades como atirar facas, cuspir fogo, caminhar sobre cacos-de-vidros, não passavam mais do que uma “temporada”, pois o inverno era rigoroso entre as frestas dos carroções. Quem se aquerenciou por mais tempo foi um anão, por sua estatura e por não encontrar uma vasa fora dos borlantins.
Para onde foram os circos da minha infância? Aqueles em que seus componentes desfilavam fantasiados pelas ruas poeirentas da minha cidadezinha cantando ...e o palhaço o que é? É ladrão de muié... ...hoje tem marmelada? Tem sim sinhô...
Aquele pequeno cenário rodeado por arquibancadas de madeiras repregadas, onde o único animal, um cusco bragado, rolava no chão e se fazia de morto, era um mundo de sonhos ou será que, sonhando, vi meu tempo ir-se embora com os circos da minha infância?
A nossa vida é um circo! Vamos fazê-la sorrir!
Mas... Espere um pouco!
Para onde foram os circos da minha infância? Aqueles onde as lonas rasgadas, quais colchas de retalhos, eram lar e trabalho dos artistas que não passavam de uma família e mais dois ou três amigos?
O pai era o cantador de tangos, o equilibrista, o mágico que transformava as velhas apresentações em pratos de comida. Os filhos, nômades, sem escola, sem amigos fixos, se contentavam com pouco: davam os “saltos mortais” sobre um tonel e olhavam o mundo sem enxergar o amanhã. A mãe, apesar da idade e do corpo, era contorcionista tanto no picadeiro quanto no velho fogão.
Os amigos que tinham algumas habilidades como atirar facas, cuspir fogo, caminhar sobre cacos-de-vidros, não passavam mais do que uma “temporada”, pois o inverno era rigoroso entre as frestas dos carroções. Quem se aquerenciou por mais tempo foi um anão, por sua estatura e por não encontrar uma vasa fora dos borlantins.
Para onde foram os circos da minha infância? Aqueles em que seus componentes desfilavam fantasiados pelas ruas poeirentas da minha cidadezinha cantando ...e o palhaço o que é? É ladrão de muié... ...hoje tem marmelada? Tem sim sinhô...
Aquele pequeno cenário rodeado por arquibancadas de madeiras repregadas, onde o único animal, um cusco bragado, rolava no chão e se fazia de morto, era um mundo de sonhos ou será que, sonhando, vi meu tempo ir-se embora com os circos da minha infância?
A nossa vida é um circo! Vamos fazê-la sorrir!
Texto: Léo Ribeiro
Foto: Eduardo Amorim