RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

sexta-feira, 10 de junho de 2011

VOLTEANDO DATAS - CERCO A SÃO BORJA

RESISTÊNCIA DE SÃO BORJA À INVASÃO PARAGUAIA

10 de Junho de 1865

Eram 10 horas da manha, do dia 10 de junho de 1865, quando as tropas paraguaias iniciavam a tão anunciada invasão.

Os paraguaios chegando à beira do Uruguai, no lado argentino, colocaram nágua as canoas, quando estavam fazendo a primeira travessia, o Major José Rodrigues Ramos, com seus comandados, descarregaram fogo contra os paraguaios, atingindo vários, que foram levados abatidos pelo Rio Uruguai.

Este episódio marcou o primeiro protesto missioneiro contra a invasão.

Com a carga certeira e inesperada dos samborjenses, ditos, “guardas nacionais”, os paraguaios retrocederam. Embora a coragem e a imtrepidez dos pelotões de Vila de São Borja, não foi possível evitar o desembarque, pois eram cerca de 400 paraguaios, contra 50 brasileiros.

Com o apoio da artilharia os paraguaios desembarcaram em território brasileiro, e enfrentaram o nosso reduzido contingente, que não foi inteiramente sacrificado, graças a chegada em tempo do 22º Corpo Provisório, comandado pelo Tenente-Coronel Nóbrega.

Os paraguarios invadiram a Vila de São Borja em diversos pontos, somando certa de 3.000 homens, do exercito paraguaio, contra a brava Companhia do Major Ramos e do 22º Corpo Provisório do Tenente Coronel Nóbrega.

Apesar do número superior dos inimigos, os defensores da Vila de São Borja não diminuíram seu ânimo, eis que, as famílias achavam-se, ainda, na Vila e era preciso lhes dar tempo para sair. A honra dos lares seria defendia, a qualquer preço. A meia légua que há entre a Vila de São Borja e as barrancas do Uruguai seria defendida, palmo a palmo.

Estava a força inimiga a avançar, quando ao chegar, no lugar onde está “A Cruz Grande”, surge então, inopinadamente, o 1º Batalhão de Voluntários da Pátria, capaz de fazer frente aos invasores, e os contendo, dando tempo assim, para que as famílias saíssem da Vila à salvo dos paraguaios.

A fuga dos habitantes de Vila de São Borja, marca a página mais triste da história de São Borja. Na fuga formou-se extenso cortejo que desfilava para estrada geral. Rodavam cerca de trezentas carretas, fora o grande número de pessoas a pé e a cavalo.

Com a fuga da população, o exercito paraguaio efetuou o saque de tudo que havia de valioso, inclusive os objetos pertencentes a Igreja.

O resultado da batalha foi que o 1º Batalhão Voluntários da Pátria teve 7 mortos e vinte e nove feridos e dos Guardas Nacionais morreram 15 e foram feridos 35.

Já os paraguaios perderam 100 homens e tiveram 100 feridos.

Nota: Não esquecendo nunca que foi neste episódio da resistência de São Borja na Guerra do Paraguai que surgiu o personagem Leocádio Francisco das Chagas, que já foi fruto de referência em postagem de nosso blog.

Fonte e Colaboração: Claudio Caetano Vieira