Quando eu era Presidente da Estância da Poesia Crioula, participei de diversas reuniões pré-desfile temático da semana farroupilha. As brigas entre os tradicionalistas e os projetistas dos carros eram homéricas. Lembro de uma (reunião) no CTG Maragatos, em que os desenhistas dos carros foram chamados de carnavalescos, guardaram seus projetos e foram ao mundo o quanto a perna dava.Pelo que tenho sabido, a coisa não mudou muito apesar da separação entre o desfile temático e o desfile convencional (de cavalarianos).
Devo ser honesto em confessar que gostei do desfile temático de 2010 ao qual teci grandes elogios aqui no blog. Contudo, ao olhar os desenhos dos carros para o desfile de 2011, mais especificamente o que faz referência a Ordem Maçônica e a sua influência no conflito que originou a Revolução Farroupilha, fiquei impressionado, negativamente.
A Arte Real, da qual os comandantes de ambos os lados do conflito (Bento e Caxias) faziam parte, é pródiga em ritos e simbologias com uma gama de opções para a confecção de um carro alusivo.
Quem projetou este carro com certeza não informou-se com algum integrante da Ordem. Nem seria preciso pois nosso brazão riograndense foi confeccionado por maçôns e ali está especificado muitos símbolos dos Filhos da Viúva.
Para mim, este carro mais parece uma cama, com duas pessoas tapadas com a bandeira riograndense.
