RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

terça-feira, 31 de maio de 2011

PRIMEIRA PRENDA RECEBE HOMENAGEM

A recém eleita 1ª Prenda do Estado do Rio Grande do Sul, Joelma Pauline Meotti e a coordenadora da 7ª. Região Tradicionalista, Gilda Galeazzi, foram homenageadas ontem à noite na Câmara Municipal de Passo Fundo, pela conquista do título, obtido durante a Ciranda Cultural de Prendas, que aconteceu no final de semana no CTG Lalau Miranda. O evento reuniu 69 concorrentes de 29 regiões do estado e pela primeira vez, em mais de 40 anos, o título de 1ª Prenda permanece na mesma região, já que a prenda que passou a faixa, Adriane Rebechi Rodrigues, também é de Passo Fundo. Durante as manifestações os vereadores destacaram o feito inédito e parabenizaram a 7ª. Região e o CTG Lalau Miranda pela organização do evento. Os vereadores lembraram que a Prefeitura foi parceira e teve o apoio da Câmara que aprovou o projeto de incentivo econômico para recepcionar as delegações. Ainda muito emocionada, Joelma afirmou que representar a mulher gaúcha e todas as prendas do Estado é um sonho e ao mesmo tempo uma grande responsabilidade.

A 1ª. Prenda projeta valorizar a faixa que conquistou e realizar um grande trabalho pelo, não somente participando dos eventos, mas contribuindo de forma concreta com a valorização da cultura gaúcha e a seqüência do movimento tradicionalista organizado.

A representante de Passo Fundo já começa nesta terça-feira a representar a mulher gaúcha pelo estado. Hoje ela estará visitando entidades na capital do estado e atendendo convite das emissoras de TV da capital para falar sobre a conquista histórica.

Fonte: Rádio Uirapuru

Colaboração: Hilton Araldi

FESTIVAIS NATIVISTAS - OITO OU OITENTA

Luciano Maia, Léo Ribeiro, Kuka Pereira e Jairo Reis, jurados do 20º Ronco do Bugio, festival que ocorreu paralelamente a mais dois eventos musicais nativistas no Rio Grande do Sul


Houve uma época, no Rio Grande do Sul, em que os festivais nativistas afloravam mais que flor-do-campo na primavera. Chegamos a ter, em um ano, em torno de 96 encontros musicais do gênero. Neste período, era praticamente impossível criar uma agenda festivaleira pois havia muito mais eventos do que datas. Para organizarem-se foi criado a Associação das Comissões Organizadoras de Festivais Musicais (ACOFEM). Hoje, para fazer este comentário, tentei entrar no site desta associação, mas está desativado. Acredito que a própria entidade também esteja (desativada).

Pois Bueno. Os festivais, aos pouquitos, estão começando a retornar. Contudo, falta um elo de comunicação (que eu entendo deveria ser o IGTF) entre os organizadores para que não ocorra sobreposição de datas como aconteceu neste fim de semana onde três grandes eventos, com vinte anos ou mais de atividades, ocorreram concomitantemente (oiga-lê palavrinha difícil). Aconteceram o 26º Carijo, de Palmeira das Missões, a 21ª Tafona, de Osório e o 20º Ronco do Bugio, de São Francisco de Paula, onde fomos jurados (foto acima). Aliás, já fui jurado em todos estes festivais citados e posso testemunhar suas grandezas.

Estive bombeando os eventos programados para os próximos meses e a duplicidade de grandes festivais se repete, enquanto que, como no mês de Julho (ver quadro abaixo), existem datas sobrando.

Entendo que cada festival obedece as peculiaridades de sua região, mas uma boa conversa entre os produtores resolveria tais problemas. Ex: O Ronco do Bugio deve ocorrer dentro das festividades da Festa do Pinhão, mas tal festividade vai até o dia 17 de junho, data em que não há nenhum evento musical programado. Faltou comunicação.

Quais as conseqüências desta sobreposição de festivais? Os músicos procuram aqueles eventos que pagam maior ajuda de custo. Exemplo disto é que nomes como Nenito Sarturi, Sergio Rosa, Marinêz Siqueira, Grupo Chão de Areia e outros, passaram na triagem do Ronco, mas não se fizeram presentes por estarem ou no Carijo ou na Tafona. Por outro lado, o grande músico Érlon Péricles foi o grande campeão do Carijo, de Palmeira, só que, na mesma noite, estava defendendo duas músicas no Ronco do Bugio, ou seja, batendo escanteio e cabeceando.

Acho que é de se pensar em uma nova ACOFEM.

Vejam os festivais dos meses de junho, julho e agosto e, em negrito, eventos na mesma data.

JUNHO:
02 a 05: 27º Reponte da Canção - São Lourenço do Sul
03 e 04: 1ª Tropilha da Música Gaúcha - São Borja
20 e 21: 19ª Sapecada da Canção Nativa - Lages/SC

JULHO:
28 a 31: 31ª Coxilha Nativista - Cruz Alta

AGOSTO:
05 a 07: 21ª Guyanuba da Canção Nativa - Sapucaia do Sul
19 a 21: 25ª Moenda da Canção - Santo Antônio da Patrulha
20 e 21: 6ª Manoca do Canto Gaúcho - Santa Cruz do Sul

Foto: Gente Gaúcha Promoções

NOSSA TERRA - LAVRAS DO SUL

No fim do século XVIII já havia garimpagem na região. A tradição oral, sem que se tenha algum documento que comprove, conta que nos primórdios da mineração foi descoberta uma grande pepita de ouro com o formato da imagem de Santo Antônio, num remanso do arroio Camaquã, que hoje banha a cidade. Por essa razão aquela garimpagem recebeu o nome de Santo Antônio das Lavras ficando como padroeiro da localidade o milagroso santo.

Segundo a lenda, que pode ter dado origem a cidade, um garimpeiro teria achado uma pepita grande de ouro com o formato da imagem de Santo Antônio, as margens do arroio Camaquã das Lavras. Espalhada a notícia sobre a ocorrência desse mineral na região, muitos aventureiros perceberam a semelhança do solo local com as terras de Mato Grosso e Minas Gerais. Em 1796, a primeira descoberta de ouro em Lavras aconteceu, dando origem ao início da colonização do município e a exploração da mineração aurífera. Há registros de que o ouro do território onde hoje localiza-se o município foi explorado por europeus e canadenses. Embora o povoamento tenha se estabelecido em 1825, além dos ingleses e canadenses, belgas, espanhóis, portugueses, índios e bandeirantes paulistas já estavam na região, atraídos pela quantidade de ouro existente.

As disputas pelas terras conquistadas por Portugal e Espanha originaram tratados de limites como os de Madri e de Santo Ildefonso que tiveram suas linhas determinadas em documentos e posteriormente demarcadas, pois a linha do Tratado de Santo Ildefonso curiosamente faz uma curva sobre o território do município e as linhas dos dois tratados unem-se justamente sobre o território de Lavras, formando assim um vértice histórico.

A ocupação humana de Lavras do Sul iniciou-se através da mineração, da distribuição de terras (sesmarias), no século XVIII, e da colonização de diversas etnias, a partir do início do século XX, especialmente portugueses, espanhóis, latinos e negros.

Sua fundação ocorreu a 9 de maio de 1882, separando-se de Caçapava do Sul e Bagé. Em 1959, fazia parte dos 152 municípios gaúchos existentes até então (em 2009, são 496).

Lavras do Sul é o único município gaúcho com origem na extração de ouro, através de um acampamento mineiro situado às margens do arroio Camaquã da Lavras (um dos formadores do rio Camaquã, que desemboca na Laguna dos Patos) para a exploração das pepitas de ouro depositadas no leito do rio; antes disso, no entanto, há registros de que o ouro do território, onde hoje é o município, foi explorado por portugueses e espanhóis. Em função da descoberta e da busca de ouro, a região atraiu colonizadores portugueses, belgas e espanhóis no final do século XVIII. Com a exploração do mineral, formou-se um núcleo populacional, que deu origem a cidade, desmembrada originalmente das terras de Rio Grande e Rio Pardo. Emancipou-se de Caçapava do Sul em 9 de maio de 1882.

O nome do município deriva da divisão de glebas (lotes, terrenos) destinadas à mineração (lavra) do ouro. Ao nome "lavras" adicionou-se a expressão "do Sul", por já existir um município denominado Lavras, em Minas Gerais.

TERCEIRA CALVALGADA DE PRENDAS

DO PARANHANA


Em sua 3ª Edição, a Cavalgada de Prendas do Paranhana aconteceu no domingo, dia 22 de Maio de 2011, demonstrando mais um grande sucesso!

O domingo despertou com as três corucacas que habitam o pinheiro velho e solitário nos fundos do Hospital Bom Jesus. O silêncio cortado pelo canto estridente das aves anunciou a chegada do dia e a luminosidade trazida pelos primeiros raios de sol surgindo por trás dos montes do bairro Santa Rosa, traziam a certeza de que o Patrão Celestial atendera aos pedidos de todas e todos que estariam envolvidos na cavalgada das prendas.

Ele concedeu às cento e trinta e seis prendas um maravilhoso dia, de confraternização, quando percorreram as estradas do interior da Taquara Velha do Mundo Novo, numa integração com a natureza e com os moradores locais.


Por: Luciana Heitelvan

segunda-feira, 30 de maio de 2011

PRIMEIRA PRENDA RIO GRANDE

É DE PASSO FUNDO

Joelma Pauline Schmohl Meotti, a nova primeira Prenda do Rio Grande

- Nós temos uma fábrica de prendas! - brinca Gilda Galeazzi, coordenadora da 7ª Região Tradicionalista, entre os pulos de alegria. Ela comemorou, na noite deste sábado, a escolha de mais uma prenda passo-fundense para representar o Estado. Com a seleção, o município voltará a organizar a Ciranda Cultural de Prendas, no próximo ano.

A primeira prenda do Rio Grande do Sul Adriane Rebechi Rodrigues passou o título mais desejado das mulheres tradicionalistas para a conterrânea Joelma Pauline Schmohl Meotti durante o encerramento da 41ª Ciranda Cultural de Prendas, realizada de quinta a sábado em Passo Fundo.

COLOCAÇÃO GERAL

1ª Prenda Adulta do Rio Grande do Sul
Joelma Pauline Schmohl Meotti
7ª Região Tradicionalista
Passo Fundo
CTG Lalau Miranda

2ª Prenda Adulta do Rio Grande do Sul
Muriel Machado Lopes
5ª Região Tradicionalista
Cachoeira do Sul
Piquete de Laçadores Delfino Carvalho

3ª Prenda Adulta do Rio Grande do Sul
Maira Simões Rodrigues
1ª Região Tradicionalista
Porto Alegre
CTG Glaucus Saraiva

1ª Prenda Juvenil do Rio Grande do Sul
Natana Gengnagel
25ª Região Tradicionalista
Farroupilha
CTG Aldeia Farroupilha

2ª Prenda Juvenil do Rio Grande do Sul
Janaína Matiello
24ª Região Tradicionalista
Encantado
Grupo de Arte Nativa Anita Garibaldi

3ª Prenda Juvenil do Rio Grande do Sul
Indiana Tedesco Saugo
11ª Região Tradicionalista
Paraí
CTG Rodeio da Amizade

1ª Prenda Mirim do Rio Grande do Sul
Alexia Trento
11ª Região Tradicionalista
Serafina Correa
CTG Sinuelo da Serra

2ª Prenda Mirim do Rio Grande do Sul
Dayala Marina Ubessi Streit
9ª Região Tradicionalista
Ibirubá
CTG Rancho dos Tropeiros

3ª Prenda Mirim do Rio Grande do Sul
Raíza Rohrig Martins
18ª Região Tradicionalista
São Gabriel
CTG Caiboaté

Fonte: Blog Chasque Pampeano

MÚSICAS VENCEDORAS DA 21ª TAFONA

Juliana Espanevello e Piero Ereno, vencedores da Linha Riograndense com Gaivotas

Linha Litorânea

1.º Lugar: JUREMA E JUREMAR
Caio Martinez
Adriano e Cristian Sperandir
Int.: Adriano Sperandir e Caio Martinez


Linha Riograndense

1.º Lugar: GAIVOTAS
Olgi Zauza Piero Ereno
Int.: Juliana Spanevello


Música mais Popular:
Maria Teresa
Lereno Santos e Patrique Ouriques
Int.: Loreno Santos e Mari Ramos

Melhor intérprete: Mari Ramos

Fotos: Site Litoral em Movimento

PANTALEÃO E ÉRLON VENCEM O CARIJO

João Pantaleão Leite e Érlon Péricles venceram o 26º Carijo da Canção, de Palmeira das Missões, com a bela música Os bravos da Palmeira. O resultado foi conhecido por volta da 1h30 desta segunda-feira. Um dos momentos emocionantes foi a homenagem ao grande Rui Biriva – que fez show no Carijo, na edição do ano passado. Parabéns aos vencedores e gracias à Rádio Landel, onde ouvi a transmissão e assim pude trazer o resultado para vocês:

1º Lugar: Os Bravos da Palmeira, de Joao Pantaleao G. Leite e Erlon Pericles
- Passo Fundo e Porto Alegre

2º Lugar: Comitiva, de Wilson Vargas e Sergio Rosa - Santa Maria

3º Lugar: Santo Missioneiro, de Armando Vasques, Adao Quintana Vieira e Mauricio Silveira - Uruguaiana

Melhor Intérprete: Robledo Martins, em Comitiva e Entre os Mates

Melhor Instrumentista: Paulinho Bracht, em O Pescador de Sonhos, de Mario Barros

Melhor tema ecológico meio ambiente: A Resposta, de Adair De Freitas
- Santana Do Livramento

Melhor Arranjo Vocal: Grupo Parceria em Santo Missioneiro, de Armando Vasques, Adao Quintana Vieira e Mauricio Silveira – Uruguaiana

Melhor Arranjo Instrumental: O Clarim do Batará - L: Rafael Teixeira / M: Marcelinho Carvalho - Cruz Alta

Melhor trabalho poético: Santo Missioneiro, de Armando Vasques, Adao Quintana Vieira e Mauricio Silveira – Uruguaiana

Música Trabalho sobre história de Palmeira: Invernada da Guarita, de Luis Gustavo Foresti Ribas, José Ricardo Nerling

Fonte: Tânia Goulart –www.jornalnh.com.br/blogs/abc-do-gaucho

COISAS DA SERRA GANHA RONCO DO BUGIO

José Claro, o Zezinho, com o Grupo Floreio, recebendo o troféu de Primeiro Lugar no 20º Ronco do Bugio de São Francisco de Paula

Nesta gélida madrugada de domingo para segunda encerrou-se mais uma edição do Ronco do Bugio, o festival que orgulha a população da região serrana pois preserva e divulga este ritmo genuinamente gauchesco, parido, segundo historiadores, por estas bandas. Os premiados foram os seguintes:

1º Lugar: Coisas da Serra, de Dionísio Costa e José Claro (Zézinho), na interpretação de Zézinho e Grupo Floreio.

2º Lugar: As Marcas do Tempo, de Elson Lemos e Paullo Costa, na interpretação de Paullo Costa e grupo

3º Lugar: O Homem e o Bugio, de Rico Baschera, na interpretação de Rico Baschera e grupo

Melhor Intérprete: Paullo Costa

Melhor Instrumentista: Lucas Ferrera

Foto: Lucas Vallim

@twitter: @tcheleoribeiro

domingo, 29 de maio de 2011

SEGUNDA NOITE DO RONCO DO BUGIO

Continuamos por aqui, na minha bela e hospitaleira cidade de São Francisco de Paula, onde fazemos parte do corpo de jurados do 20º Ronco Do Bugio, festival que visa preservar o único compasso gauchesco.

Ontem a noite foram apresentadas as seguintes composições: Sartando os Butiá do Borso, de Alex Casanova com Leonardo Sarturi; Descendência, de Érlon Péricles; Ainda Há Tempo, de Fábio Prates e Sérgio Rosa, na voz de Beto Caetano, que pela primeira vez vi no palco sem sua cordeona; Os Olhos da Bugia, de Heleno Cardeal e Samuel Costa, com Lucas Nunez; Jeito Serrano, de Moisés Menezes e Nenito Sarturi, com Jaerson Martins e Moldura de Um Tempo Novo, de Edilson Vilagran e Nelson Cardoso com Nelson Cardoso, uma das últimas legendas do Rio Grande.

Hoje a noite as 12 concorrentes se reapresentam para as premiações definitivas. Acompanhem o resultado em nosso Blog.

sábado, 28 de maio de 2011

RONCOU A BUGIADA, ABAIXO DE FRIO

No flagrante acima, meus parceiros Zé Fonseca e Zoreia fazem os últimos "apreparos" para o desfile de muares em São Chico.

Ontem a noite a bugiada deu o ar da graça, abaixo de muito frio, na abertura do 20º Ronco do Bugio de São Francisco de Paula.

Foram apresentadas as composições O Homem e o Bugio, de Rico Baschera e uma indiada buena lá de Passo Fundo; As Marcas do Tempo de Elson Lemos e a cria lá de Carlos Barbosa, Paullo Costa; Mas Que Tal o Bugio, de Mario Amaral na voz da cantora Loma que, pela primeira vez em sua carreira interpretou um bugio; Coisas da Serra, de Dionísio Costa e Zézinho, um bugio no estilo bem serrano; Tropa Muda, de Jairo Fonseca e Volnei Gomes, representantes de São Francisco de Paula e Bugio Velho, de Chico Saga, Mario Tressoldi e Rivadávia Barreto, que vieram lá do nosso litoral norte.

Hoje o berro grosso continua com mais seis concorrentes.

Enquanto isto, a 15ª Festa do Pinhão segue alta do chão. Hoje pela manhã teve desfile de muares relembrando um passado não tão distante dos tropeiros biribas que povoaram os campos de cima da serra. Na foto, os meus amigos Zoreia e Zé fonseca arreatando as mulas, carregadas de pinhão, antes de adentrar na avenida Júlio de Castilhos e rumar para o parque de eventos da Gaúcha.

Foto: Léo RS

sexta-feira, 27 de maio de 2011

EU ANDO NA FALTA

Eu ando na falta de um chibo dos buenos,
Cuspir o veneno do mate no chão,
Virar um golito de canha pr’o santo,
Sentir os encantos de um velho fogão.

Eu ando na falta de prosa e risada,
Contar das qüeradas dos tempos de moço,
Trocar a gravata de nó apertado
Por um “encarnado” rodeando o pescoço.

Eu ando na falta d’entrar num calção
Cruzando o poção no estilo braceado,
Viver esta paz, longe da cidade,
Matar a saudade que tem me matado.

Eu ando na falta de andar meio assim
Os pés no capim, a faca no cinto,
Mexer c’o espantalho na roça de milho,
Beijar o meu filho e dizer o que sinto.

Eu ando na falta do canto dos grilos,
de buscar aquilo que o tempo levou.
O mundo sonhado é só uma ribalta,
Eu ando na falta de ser o que sou!

Versos de: Léo Ribeiro

Me preparando para o frio, daqui a pouquito vamos subir a serra para julgar, pela sétima vez, o festival Ronco do Bugio de São Francisco de Paula. Ao mesmo tempo, quero suprir a falta de um monte de coisas que me levaram a escrever a letra aí de cima.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

ALTERAÇÃO NO JURI DO RONCO DO BUGIO

O cantor Elton Saldanha que, juntamente com Jairo Reis, Luciano Maia e Léo Ribeiro, faria parte do Juri do 20º Ronco do Bugio, por motivos de agendamentos anteriores, não comporá o corpo de avaliadores do Festival de São Francisco de Paula, como anteriormente postamos. O Secretário de Turismo do município, Sidnei França, informa que o show agendado com Elton para a Festa do Pinhão também não acontecerá.

Twitter:@tcheleoribeiro

FESTA DO PINHÃO COMEÇA AMANHÃ

Twitter: @tcheleoribeiro

BAILE DE CANDEEIRO

NO CTG COXILHA DO QUERO QUERO, EM CHAPECÓ SC

Twitter: @tcheleoribeiro

quarta-feira, 25 de maio de 2011

GRUPO FOLCLÓRICO MARCA DO SUL - RJ

Buenas tchê,

Este Grupo foi fundado em janeiro de 2009, com o objetivo de manter vivas as tradições gaúchas e surgiu de uma história pra lá de abagualada.

Em uma certa feita o Peão Caio conversando com a Prenda Luiziane resolveram criar um desafio: montar um grupo folclórico que cultivasse e divulgasse a cultura gaúcha no Rio de Janeiro.

O desafio era por mais de difícil e numa primeira empreitada juntaram-se ao grupo alguns peões e prendas comprometidos com o ideário do grupo.

Devido ao trabalho sério, o Grupo foi conquistando espaço e, sobretudo, ao longo do ano de 2009 consolidou uma imagem prestigiada através de suas apresentações folclórico-culturais.

Apresentação:

O Grupo Marca do Sul tem como principal objetivo cultivar e representar as tradições do povo gaúcho, mostrando, de uma forma alegre e descontraída, o legado deixado por nossos antepassados. O grupo propõe-se a manter, incentivar, divulgar e apoiar o culto folclórico, exaltando o conteúdo cultural com ênfase no Folclore Gaúcho e Latino Americano.

É através de danças típicas, como a chula, facões, boleadeiras, pau de fita, pezinho, chimarrita, dentre tantas outras, bem como do canto, da poesia e de palestras explicativas, que o grupo realiza seu trabalho de levar para os mais diversos rincões do país o rico folclore gaúcho.

Tudo isso é feito com a liberdade característica das manifestações artísticas, mas sempre com o respaldo de pesquisas de projeção folclórica.

Além disso, a forte influência latina na cultura gaúcha, proveniente das fronteiras do estado com a Argentina e o Uruguai, faz com que o trabalho do grupo se estenda pelo folclore desses países, através de danças como chacarera, Escondido, baile de los amores, dentre outras.

Os sapateios, o sarandeio (balanço das saias), o canto, a poesia, são formas de expressão folclórica que nos tornam capazes de aproximar o presente do passado e de difundir a cultura que encanta e ensina gerações inteiras.

“Onde houver um gaúcho o Rio Grande estará presente”

Duração da Apresentação: 20 a 30 minutos

Contato: 7804-7986 / ID: 120*107283 / Luiziane E-mail: folcloregaucho@gmail.com

"A qualidade de um autêntico show gaúcho ao seu alcance!"

Agradecimento:

Primeiramente agradecemos à importância do poeta e ativista cultural J.T. Maciel uma pessoa muito especial para o grupo, onde foi o principal responsável pela criação do grupo e desenvolvimento do Folclore Gaúcho aqui no estado do Rio de Janeiro desde 1991 quando ainda levava o nome de “ALMA GAÚCHA”. Dando total apoio cultural às tradições gaúchas, surgindo assim então, com sua nova formação o Grupo de Dança MARCA DO SUL.

Madrinha: Vilma Alves
Padrinho: J.T. Maciel

Apoio Cultural:

Casa do Gaúcho
Rua: Siqueira Campos 143/ Lj. 72 Copacabana
Tel: (21) 2236-7551 / 2547-4413
www.casadogaucho.com.br

Apoios:

DECK Bar e Restaurante
Av. Atlântica, 2316-A - Copacabana
Fone: (21) 2256-6060

Clínica Odonto Moraes
Dra. Tatihana Moraes
Av. Nossa Senhora de Copacabana, 1052 S/ 704
Fone: (21) 2275-0565


Fonte: ocariucho.blogspot.com

AGENDA DO LUIZ MARENCO

Escritório de Produção Mariana Ferreira
(53)9963.0391/8113.4124

Produção Executiva de Luiz Marenco
www.luizmarenco.com.br
contato@luizmarenco.com.br
mariana@rockembach.com.br

NOVOS SÓCIOS DA ESTÂNCIA DA POESIA

Pedro Junior da Fontoura é novo integrante da Estância da Poesia Crioula, a Academia Xucra do Rio Grande



A Estância da Poesia Crioula vem orgulhosamente informar a aprovação do ingresso no seu quadro social dos seguintes poetas:

- PEDRO JUNIOR DA FONTOURA
- CARLOS OMAR VILLELA GOMES
- XIRU ANTUNES

São vates de currículo e obras grandiosas e de fundamento, que chegam para fortalecer ainda mais as fileiras da nossa Academia Xucra do Rio Grande.

Cândido Brasil
Presidente E.P.C.

terça-feira, 24 de maio de 2011

GURIZADA MEDONHA, É O SEGUINTE:

Embora eu ainda não esteja muito aclimatado com o mundo globalizado, a gente não pode nadar de poncho contra a corrente. Sendo assim, entrei de roldão, como jundiá em tarrafa e, a partir de hoje, sou mais um a utilizar esta ferramenta chamada twitter.

Este contato é ágil e prático. São postagens de "tiro curto" (com um máximo de 160 caracteres).

Os leitores do blog terão, ali, notícias do tradicionalismo e, vez em quando, alguma coisa sobre as andanças deste criado de vocês (para serviços leves).

Gostaria muito que me fizessem um costado e andassem comigo através do twitter. É só clicar no passarinho aí da barra lateral ou acessar meu endereço: @tcheleoribeiro

Mil gracias.

BORGES LANÇA CD NA ARGENTINA

AINDA SOBRE INDUMENTÁRIA GAÚCHA

Sobre a postagem de ontem (logo abaixo) "Diretrizes das Pilchas", nos escreve o tradicionalista Carlos Homrich.

As tradições regionais nos dizem que as bombachas SÃO LARGAS NA FRONTEIRA, ESTREITAS NA SERRA e MÉDIAS NO PLANALTO, abotoadas no tornozelo, e quase sempre com favos de mel (enfeites feitos com o próprio tecido). A bombacha usada atualmente é a de cós largo, sem alças para a cinta e com dois bolsos grandes nas laterais, de cores claras para ocasiões festivas, sóbrias e escuras para viagens ou trabalho. O gaúcho da fronteira usa faixa e guaiaca na cintura; da serra e do planalto dispensam as mesmas.

Ora a tradição regional nos mostra que as bombachas SÃO LARGAS NA FRONTEIRA, ESTREITAS NA SERRA e MÉDIAS NO PLANALTO, então porque mudamos o jeito de ser na nossa BOMBACHA?

O Movimento Tradicionalista Gaúcho, reunido na 67ª Convenção Tradicionalista Gaúcha, realizada em 29 e 30 de julho de 2005, na cidade de Tramandaí, aprovou DIRETRIZES para a “Pilcha Gaúcha”, conforme determina o parágrafo único do Art. 1º da Lei n° 8.813 de 10 de janeiro de 1889, com alterações introduzidas pela 69ª Convenção Tradicionalista Extraordinária, realizada no dia 20 de maio de 2006, na cidade de Bento Gonçalves, conforme trecho abaixo:

“I - DA PILCHA PARA ATIVIDADES ARTÍSTICAS E SOCIAIS
Indumentária a ser utilizada nas atividades cotidianas, apresentações artísticas e participações sociais, tais como bailes, congressos, representações, etc.
1. PILCHA MASCULINA
- BOMBACHAS:
Obs.
- A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser tal que a caracterize como tal e não seja confundida com uma calça. (Grifo nosso)
- As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
- É vedado o uso de bombachas plissadas e coloridas.”

Mas antes desta observação, nas mesmas Diretrizes aprovadas nos diz, quanto à largura, que a bombacha deve ser:

“Largura: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou seja, uma pessoa que use sua bombacha no tamanho 40, automaticamente deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm.”

Ora, se a Diretriz aprovada diz que a bombacha, na altura das pernas deve ser tal que a caracterize
como tal e não seja confundida como calça, então porque na mesma Diretriz aprovada nos diz que a bombacha na largura da perna deve ter a mesma largura da cintura. Acredito que o que caracteriza como tal uma bombacha seja o fato de que deve ser abotoadas no tornozelo, cós largo, sem alças para cinta, e isto é bem diferente de calça.

Portanto, porque se aprova uma Diretriz que se encontra em choque, ou seja, pode a bombacha (com ou sem favos) ter uma largura que não seja justa ou confundida como uma calça, mas ao mesmo tempo deve ter a bombacha (com ou sem favos), na altura das pernas a mesma largura da cintura.

Outro ponto que é bastante discutível é em relação à tradição. A nossa tradição diz que as bombachas SÃO LARGAS NA FRONTEIRA, ESTREITAS NA SERRA e MÉDIAS NO PLANALTO. Portanto temos de acordo com as nossas tradições o uso de bombachas em três estilos, largas na fronteira, estreitas na serra e médias no planalto. Temos que respeitar nossas tradições regionais e não ficarmos mudando e colocando estilos de bombachas padronizadas. Ora, as Diretrizes aprovadas dizem que o uso de favos e enfeites de botões, depende da tradição regional, porque, então, as bombachas também não seguem a tradição (regional): LARGAS NA FRONTEIRA, ESTREITAS NA SERRA e MÉDIAS NO PLANALTO.

OBS 1ª: Desculpem se fui muito repetitivo em relação às tradições regionais, mas era preciso assim ser.

OBS 2ª: O Movimento Tradicionalista Gaúcho nos diz em seu sítio (www.mtg.org.br) que na Cidade de Tramandai se aprovou as Diretrizes conforme determina o parágrafo único do Art. 1º da Lei n° 8.813 de 10 de janeiro de 1889. Bem, acredito que seja do ano de 1989 e não 1889, conforme se encontra no sítio do MTG (www.mtg.org.br), e esta é a Lei Estadual, da Pilcha Gaúcha, de autoria Dep. Algir Lorenzon, LEI Nº 8.813, DE 10 DE JANEIRO DE 1989, que oficializa como traje de honra e de uso preferencial no Rio Grande do Sul, para ambos os sexos, a indumentária denominada “PILCHA GAÚCHA”. O seu parágrafo único do Art. 1º nos diz que: ‘Será considerada “Pilcha Gaúcha” somente aquela que, com autenticidade, reproduza com elegância, a sobriedade da nossa indumentária histórica, conforme os ditames e as diretrizes traçadas pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho’. Muito bem o Congresso de Tramandai veio regulamentar este parágrafo único, mas me desculpem, pois acredito tenham esquecido e passado por cima de nossas tradições regionais.

Carlos Homrich
Tradicionalista
Advogado-OAB/RS 39.479
Relator Geral em dois CONTREG - Congresso Tradicionalista Gaúcho da 1ª RT
“www.carloshomrich.jur.adv.br”

segunda-feira, 23 de maio de 2011

DIRETRIZES DAS PILCHAS

NECESSITAM DE UM REESTUDO POIS FEREM COSTUMES REGIONAIS

Observem esta foto de dois gaúchos serranos, Os Irmãos Bertussi, isto lá por 1957 (bem antes das "Diretrizes" das Pilchas Gaúchas). As bombachas não eram largas!

Segundo informações que obtive, o Presidente do MTG Erival Bertolini se mostra receptivo para com algumas mudanças na entidade que preside, a começar pelo regulamento campeiro.

No fim de semana do dia 08 de maio aconteceu, em Santa Maria, no CTG Estância do Minuano, a reunião de Coordenadores do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), com a finalidade de discutir tal regulamento. Durante a sexta e o sábado, foram colhidos opiniões e depoimentos de todos os participantes sobre o que deveria ser alterado na legislação. Segundo o presidente do MTG, o objetivo é justamente propor uma revisão do regulamento, a fim de simplificá-la. “Queremos eliminar algumas contradições ainda existentes”, afirmou.

Uma Comissão, constituída por representantes do Movimento, dará continuidade aos trabalhos. A estimativa é de que a finalização aconteça ainda na segunda quinzena de junho. Após, será realizada uma nova reunião com conselheiros e coordenadores para apresentação do resultado dos estudos.

Esperamos que esta receptividade estenda-se a um estudo mais profundo sobre a indumentária e nas intempéries do projeto abaixo, principalmente no que tange a largura das bombachas.

O Movimento Tradicionalista Gaúcho, reunido na 67ª Convenção Tradicionalista Gaúcha, realizada em 29 e 30 de julho de 2005, na cidade de Tramandaí, aprovou as presentes DIRETRIZES para a “Pilcha Gaúcha”, conforme determina o parágrafo único do Art. 1º da Lei n° 8.813 de 10 de janeiro de 1889, com alterações introduzidas pela 69ª Convenção Tradicionalista Extraordinária, realizada no dia 20 de maio de 2006, na cidade de Bento Gonçalves.

I - DA PILCHA PARA ATIVIDADES ARTÍSTICAS E SOCIAIS
Indumentária a ser utilizada nas atividades cotidianas, apresentações artísticas e participações sociais, tais como bailes, congressos, representações, etc.

1. PILCHA MASCULINA

- BOMBACHAS:

Tecidos: brim (não jeans), sarja, linho, algodão, oxford, microfibra

Cores: claras ou escuras, sóbrias ou neutras, tais como marrom, bege, cinza, azulmarinho, verde-escuro, branca, fugindo as cores agressivas, fosforescentes, fugindo das cores contrastantes e cítricas, como vermelho, amarelo, laranja, verde-limão, cor-de-rosa.

Padrão: liso, listradinho e xadrez discreto.

Modelo: cós largo sem alças, dois bolsos na lateral, com punho abotoado no tornozelo.

Favos: O uso de favos e enfeites de botões, depende da tradição regional. As bombachas podem ter, nos favos, letras, marcas e botões. Obs.: roupas de época não podem ter marcas.

Largura: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou seja, uma pessoa que use sua bombachas no tamanho 40, automaticamente deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm.


Blog: Neste último item, a LARGURA DA BOMBACHA é que mora o meu protesto. Tenho a impressão que a pessoa que elaborou este projeto (e quem votou a favor) não pesquisou o suficiente sobre usos e costumes das vestes regionais.

Compreendo que tal projeto visa espantar a bombacha justa (calça-de-punho) muito usada no Uruguai e na Argentina mas, além de não conseguir seu intento, o projeto acabou coibindo o uso da bombacha serrana, que nunca foi larga a este ponto e que sempre existiu, antes mesmo de se pensar em diretrizes das pilchas. Houve, isto sim, falta de um trabalho mais específico e detalhado sobre o assunto, que teve voto favorável até de gente de São Francisco de Paula que, com certeza, desconhece a sua história.

Além de tudo, tal modelo é anti-estético. Imaginem eu, baixo e pançudo, com uma bombacha onde a largura de uma perna tem que regular com minha cintura. Já ouviram falar em toco de amarrar bode?

Então que se colocasse assim: a largura da perna da bombacha, na altura do joelho, não pode ter menos que tantos centímetros. Mas nunca vinculá-la a cintura.

De repente nosso Presidente Erival Bertonili possa convocar gente que realmente entenda do riscado para uma nova leitura deste projeto.

Tenho o maior carinho e respeito pelo Movimento, só não apoio os excessos.

Apenas como reforço que tal diretriz não vingou é que já vi diretores e conselheiros do MTG usando a bombacha em total desacordo com o que prega o projeto. Para ir mais longe, embora não seja o assunto do momento, já os vi usando a bombacha por cima das botas DENTRO DA SEDE DA ENTIDADE! Mas aí proíbem boina, alpargatas, etc. por não serem originários do Rio Grande do Sul. Mas que veste é originária daqui? A bombacha feminina? Bueno! Isto é tema para outra postagem....

JARDEL BORBA E BRASIL DE BOMBACHA

Sexta-feira fui a São Chico para fazer uns arremates sobre o Festival Ronco do Bugio, evento que abre a Festa do Pinhão agora, no dia 27. As instalações para ambas as festividades são novas e os trabalhos para deixar tudo em dia estão a milhão. Vai ser uma das maiores festas de todos os tempos. Por lá, jantei no Galpão de Eventos Tropeiro Velho, que fazia aniversário. É um ambiente campeiro, aconchegante e que tenho a honra de ter sido escolhido "padrinho", por ocasião de sua inauguração a um ano atrás. Animaram a noitada o gaiteiro Jardel Borba e seu grupo Brasil de Bombachas. O Jardel é um menino que toca como gente graúda e acaba de lançar, com enorme sucesso, seu segundo CD intitulado Minha Estampa, letra que traz a minha marca. Gostei demais da musicalidade crioula do Jardel e de seu grupo. Tenho a certeza de que, ao seguirem neste rumo campeiro e autêntico, dentro de pouco tempo estarão entre os conjuntos de bailes mais requisitados para animar as noites galponeiras deste Rio Grande velho.

NOVIDADES DA 31ª COXILHA NATIVISTA

No dia 4 de junho ocorre um baile de lançamento da 31ª Coxilha Nativista, no CTG Querência da Serra, em Cruz Alta. Já no dia 6 de junho, o lançamento será em Porto Alegre - às 20h30, no restaurante Vitrine Gaúcha, no DC Navegantes, como me informou o presidente do festival, Alex Della Mea. Ele disse ainda que o regulamento do festival deve ser disponibilizado esta semana, e que as inscrições vão até 24 de junho, também para a 27ª Coxilha Piá. A triagem será de 29 de junho a 1.º de julho. O festival ocorrerá de 27 a 30 de julho.

A comissão julgadora será formada por:
Gujo Teixeira
Juca Moraes
Nenito Sarturi
Robledo Martins
Tiago Quadros

*PROGRAMAÇÃO -31ª COXILHA NATIVISTA:

-Dia 27/07: 20h30, abertura oficial
Eliminatória Fase Local
Show ADAIR DE FREITAS
Divulgação das 3 músicas classificadas para a Finalíssima

-Dia 28: 20h30, 27ª Coxilha Piá – Categoria Piá Taludo
Eliminatória Fase Geral
Premiação Coxilha Piá Taludo
Show PEDRO ORTAÇA

-Dia 29: 20h30, 27ª Coxilha Piá – Categoria Piá
Eliminatória Fase Geral
Premiação Coxilha Piá
Show JOCA MARTINS
Divulgação das 12 músicas classificadas para a Finalíssima

-Dia 30: 20h30, Finalíssima da 31ª Coxilha Nativista
Show LUIZ MARENCO e JARI TERRESPremiação aos Vencedores
Encerramento

Fonte: Tânia Goulart -www.jornalnh.com.br/blogs/abc-do-gaucho

domingo, 22 de maio de 2011

OS MUARES E O TROPEIRISMO


Como hoje é dia de dezenas de cavalgadas desbravarem as trilhas do Rio Grande e como burros e mulas voltaram a ser muito utilizados nestes eventos, vamos falar um pouco sobre estes animais.

Embora a mula e o burro sejam animais cheios de problemas em relação á docilidade, em face de que seus pais são de espécie diferente, cujos descendentes são estéreis, (a mãe é uma égua e o pai um jumento) a mistura acaba dando certo proporcionando um animal forte e de ótimo cômodo para a andadura. A mula (ou burro, se for macho, já que mulo não existe) é resistente e boa para o serviço, mas não se reproduz. A união entre o jumento e a égua é estimulada porque o burro é um animal apropriado para trabalho pesado.

Foram através destes animais, principalmente da mula, que o tropeirismo se desenvolveu abrindo picadas em lugares inóspitos e de difícil acesso: No lombo da mula começa nossa história mais recente.

Do cruzamento entre o burro e a égua (ou da besta com o cavalo) nasceram as mulas. Da união entre as mulas e o homem, surgiu o tropeirismo, que deu suporte para a economia aurífera até o desenvolvimento das estradas de ferro. A explosão do ouro na região onde hoje é o Estado de Minas Gerais, em meados do século 18, fez com que aumentasse a necessidade de levar mantimentos para abastecer os pequenos povoados que começavam a crescer Brasil adentro. É aí que entra o tropeiro: espécie de caminhoneiro sem motor, que transportava mercadorias e alimentos para a região das minas, onde a agricultura e a criação de gado haviam sido proibidas pela Coroa para não dispersar a mão-de-obra do ouro.

Seguindo as trilhas dos índios ou desbravando novas rotas, as caravanas propiciaram o desenvolvimento de cidades – como Congonhas do Campo, em Minas Gerais, e Sorocaba, em São Paulo – e abriram caminhos do Sul ao Nordeste do Brasil. Mas, para que as mulas cortassem o centro do País em busca do ouro mineiro, era preciso buscá-las no Rio Grande do Sul. Só aqui havia criações dos resistentes animais, trazidos ilegalmente de Montevidéu.

Numa dessas viagens pelo Sul, um tropeiro ganhou fama por sua bravura: Reinaldo Silveira. Ele saiu com mais sete peões de Ponta Grossa, no Paraná, rumo a Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, para buscar uma tropa de 550 mulas. A viagem começou no dia 28 de julho de 1891 e acabou em 19 de novembro do mesmo ano. As estreitas estradas que beiravam abismos em que caminharam, os mais de 12 rios que atravessaram a nado e as canoas que construíram foram só algumas das agruras pelas quais os tropeiros passaram. Mas, 56 dias depois, voltavam sãos e salvos para casa. Tinham 22 mulas e 3 milhões de réis a menos. Os animais foram mortos ou perdidos. O dinheiro foi extorquido pelo governo em barreiras colocadas nas rotas das tropas, espécie de pedágio da época.

Esta é apenas uma das histórias das milhares que existem sobre o tropeirismo.

Agora, na primeira semana de junho, acontecerá o 3º Encontro de Muleiros de Fazenda Souza (distrito de Caxias do Sul, RS).

Os organizadores, Ivan Machado, da Associação dos Muleiros da Serra Gaúcha e Roque Tomé, sub-prefeito do local estão preparando a programação com muito entusiasmo.

Esse evento será comemorativo aos 250 anos do Pouso Alto, nome antigo de Fazenda Souza. Ali nas terras do paulista Ignácio Correia de Souza, no século XVIII existia uma parada de Tropeiros que passavam pela região. Poucas pessoas sabem deste pedaço da história, encravada dentro do sistema de colonização da imigração italiana.

Será um acontecimento de vulto e importância para o resgate de raízes de muitas famílias antigas, anteriores a 1875. Também está programado o lançamento da Rota Tropeira de Caxias, que segundo a documentação encontrada iniciava na chamada Ponte do Raposo (divisa com Gramado) e seguia até a Ponte do Kroeff (Criúva, divisa com o antigo território de Vacaria). Uma conquista de quem gosta da História de nossa gente.


Foto: Luciana Heitelvan

sábado, 21 de maio de 2011

PREVISÕES DE FESTIVAIS ATÉ O FIM DO ANO

20 a 22: 12º Um Canto Para Martin Fierro - Santana do Livramento
27 e 28: 21ª Tafona da Canção - Osório
27 a 29: 26º Carijo da Canção Gaúcha - Palmeira das Missões
27 a 29: 20º Ronco do Bugio -São Francisco de Paula

JUNHO:
02 a 05: 27º Reponte da Canção - São Lourenço do Sul
03 e 04: 1ª Tropilha da Música Gaúcha - São Borja
20 e 21: 19ª Sapecada da Canção Nativa - Lages/SC

JULHO:
28 a 31: 31ª Coxilha Nativista - Cruz Alta

AGOSTO:
05 a 07: 21ª Guyanuba da Canção Nativa - Sapucaia do Sul
19 a 21: 25ª Moenda da Canção - Santo Antônio da Patrulha
20 e 21:6ª Manoca do Canto Gaúcho - Santa Cruz do Sul

SETEMBRO:
03: Uma Luz Para a Poesia - 1ª Edição - Rio Pardo
24: Sesmaria da Poesia Gaúcha - 16ª Quadra - Osório

29 a 1º/10: 1º Grito do Urutau da Música Crioula - Rio Pardo
30 a 02/10: 17ª Seara da Canção Nativa – Carazinho

OUTUBRO:
14 a 16:19ª Tertúlia Nativista - Santa Maria
28 a 30:19ª Escaramuça da Canção Gaudéria – Triunfo

NOVEMBRO:
11 a 13: 26º Ponche Verde da Canção Gaúcha - Dom Pedrito
19 e 20: 1ª Restinga do Canto Gaúcho -Restinga- Porto Alegre
25 a 27: Um Canto de Luz - 1ª Edição – Ijuí

DEZEMBRO:
01 a 03: 25º Musicanto Sul Americano de Nativismo - Santa Rosa
16 a 18:6º Manancial Missioneiro - Bossoroca

PROGRAMA FOGO DE CHÃO DESTE DOMINGO

Programa Fogo de Chão, com a condução do tradicionalista Vilmar Romera terá, neste domingo, o lançamento do mais novo trabalho do grupo Musical Quero-Quero e uma reportagem sobre os símbolos do Rio Grande do Sul. Não Percam. É ao meio dia, pelo Ulbra TV, canal 48.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

QUEM SOMOS? UM ZÉ POVINHO?



Esta semana, por bisbilhoteiro e para não dizerem que vivo enfurnado no gauchismo, alheio a tudo o que me cerca, resolvi reculutar algumas notícias da seara política. Folhei alguns jornais do ramo e sabem no que sucedeu? Me tapei de nojo! Leiam, por favor.

PROMOTORES SUSPEITOS: Deborah Guerner e Leonardo Bandarra - ex-chefe do Ministério Público do Distrito Federal – são suspeitos de ligação com esquema de corrupção desmantelado pela Polícia Federal, conhecido como mensalão do DEM, por envolver vários políticos deste partido. Os dois também são acusados de extorquir dinheiro do ex-governador do DF José Roberto Arruda, apontado como chefe do esquema fraudulento. Os dois estão “sujeitos” a demissão.

SARNEY NOMEIA FILHO DE SENADOR: Mesmo com proibição de nepotismo pelo Supremo Tribunal Federal, o presidente do senado, José Sarney (PMDB-AP), nomeou na sexta-feira passada, dia 13, um filho do senador licenciado Gilvan Borges (PMDB-AP) para trabalhar na casa.

FRAUDE NOS MEDICAMENTOS PREJUDICA NECESSITADOS: A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, 59 suspeitos de participação num esquema de fraudes em licitações de medicamentos e equipamentos hospitalares em seis Estados, incluindo servidores públicos. A Operação Saúde, cujas investigações começaram em 2007, descobriu que empresas atuavam em esquema de cartel e deixavam de cumprir itens dos contratos prejudicando milhares de pessoas que dependem destes remédios.

JOSÉ SARNEY FAZ JANTAR DE R$ 23.900 E PAGA COM DINHEIRO PÚBLICO: O ex-presidente da República e atual presidente do Senado José Sarney (PMDB) disse que vai PAGAR do próprio bolso o jantar que já fora PAGO com o DINHEIRO PÚBLICO. Jantar que o senador ofereceu ao ministro César Asfor Rocha do Tribunal Superior de Justiça. Claro, ele se desculpou, pediu calma e disse que vai pagar o jantarzinho nada modesto que custou nada mais, nada menos do que 23, 900 (vinte de três mil e novecentos reais).

CUNHADO DO GOVERNADOR PAULISTA ALCKMIN É ACUSADO DE FRAUDAR LICITAÇÃO DE MERENDA ESCOLAR: De acordo o ex-secretário de Finanças de Pindamonhangaba (SP) Silvio Serrano, uma empresa da família de Paulo César Ribeiro, cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e um dos 11 irmãos da primeira-dama Lu Alckmin, se beneficiou de contrato fraudado para fornecimento de merenda escolar no município.

DOIS VEREADORES DE ABELARDO LUZ SÃO PRESOS POR RECEBER PROPINAS: Na tarde ontem, por volta das 17 horas, a Polícia Civil efetuou a prisão em flagrante do Presidente do Poder Legislativo de Abelardo Luz, LUIS ANTONIO MIGNONI – Bilé (PP) e do vereador CLAUDECIR SPEROTTO - Claude (PMDB) por cometer o crime de concussão - os dois vereadores estavam exigindo de uma empresária de Abelardo Luz, o valor de R$ 35.000,00 para votar contra o projeto de autoria do Legislativo Municipal, que proíbe a construção de postos de combustíveis no centro da cidade.

ENRIQUECIMENTO SUSPEITO DA 2ª PESSOA MAIS IMPORTANTE DO GOVERNO DILMA: Uma matéria, do jornal "Folha de S.Paulo", revelou que o Ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, aumentou em 20 vezes seu patrimônio, em um período de apenas quatro anos. Palocci foi convidado a dar explicação para a Comissão de Finanças da Câmara. Porém, a Comissão de Ética da Presidência da República, em blindagem a segunda pessoa mais importante do governo, abaixo apenas de Dilma, disse que não cabe a eles questionar como o ministro conseguiu elevar suas finanças.

VEREADOR E EX-VEREADOR SÃO PRESOS NO RS ACUSADOS DE DESVIO DE DINHEIRO DE COOPERATIVA HABITACIONAL: Operação conjunta do Ministério Público do Estado e a Brigada Militar prendeu na manhã desta quinta-feira (19) um vereador e um ex-vereador da cidade de Portão, no Rio Grande do Sul. Foram detidos o vereador João Pedro Gaspar dos Santos e o ex-vereador Clério Von Muhlen, ambos do PT. Eles são investigados pelo Ministério Público por desvio de verbas de uma cooperativa habitacional que coordenavam.

VERBA PÚBLICA PARA REFORMA DE ESTÁDIO É SUPERFATURADA: O estádio do Maracanã, palco da final da copa de 2014 no Brasil, que teve sua reforma inicialmente orçada em torno de 400 milhões, já ultrapassou a casa de um bilhão. Tudo com dinheiro público. Enquanto isto, dezenas de pessoas morrem nas filas do SUS a espera de um atendimento que pode levar meses, até anos, e a justiça liberta apenados condenados por diversos crimes, por falta de espaço nas cadeias.

E aqui pelo blog vamos preocupando-nos com cultura, com tradição, com informações poéticas e musicais, com repasse de ensinamentos puros e autênticos. SERÁ QUE VALE A PENA?

Por tudo isso reescrevo o título da postagem: Somos um Zé Povinho? Por muito menos do que o acima exposto, nossos antepassados viraram os arreios.

Desta reculuta restou-me uma bela certeza: a de que ainda sou um homem jovem. Isto porque admiro as citações do saudoso ator Charlie Chaplin. Numa delas, no alto de seus 83 anos, o palhaço mais famoso do cinema mudo escreveu: NAÕ É VELHO QUEM AINDA TEM A CAPACIDADE DE INDIGNAR-SE!

Bom fim de semana a todos!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

LA PAMPA GAUCHA - COMPAÑERO RANCHO

Llevamos muncho tiempo en la lomada;
yo con mis potros... la guitarra... el perro...
El, casi solo, casi mudo, casi;
se pasa año redondo entre el silencio.

No se si me conoce todavía,
es insensible y mudo como un muerto
se suele extremecer si el viento es juerte
y a veces tiembla cuando tiembla el trueno.

Le pasan las bandadas sin mirarlo,
-no tiene un arbolito pa remedio-
el camino le cruza y nunca llega
anque a veces le arrima algún viajero.

Por: El Gaucho Guacho

CHIMARRÃO COMO SÍMBOLO DA COPA NO RS

Produtores querem que o chimarrão seja o símbolo de divulgação do RS na Copa 2014. A proposta prevê a construção de dois pórticos na entrada de Porto Alegre.

A direção do Sindicato da Erva Mate do Rio Grande do Sul apresentou, nesta terça-feira, na Câmara de Porto Alegre, o projeto de construção de dois pórticos sobre chimarrão na entrada da cidade, nas avenidas Castelo Branco e Farrapos. A ideia é de que o chimarrão, a erva e a cuia sejam alçados como símbolos de divulgação do Rio Grande do Sul na Copa do Mundo.

O Sindimate sugeriu, ainda, a construção de um monumento em forma de cuia nas imediações do aeroporto, junto ao monumento do Laçador. O presidente da comissão especial de acompanhamento da Copa da Câmara, Airto Ferronato, se comprometeu a encaminhar as propostas à Prefeitura.

Fonte: Gerson Anzzulin / Rádio Guaíba
Colaboração: Hilton Araldi

IMAGENS DO SUL

Travessia do Arroio Margarida - Cavalgada dos Aparados - (entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Foto: site Inema

GRANDES VULTOS DA NOSSA HISTÓRIA

DOMINGOS JOSÉ DE ALMEIDA

A guerra dos Farrapos não foi feita, naturalmente, apenas por lanceiros a cavalo. Ela contou com homens como Domingos José de Almeida. Dono duma charqueada, foi pioneiro na aplicação da energia a vapor e inventou as “tinas digeridoras”. Construiu também a primeira barca a vapor do Rio Grande do Sul.

Em 1835, era deputado à Assembléia Provincial, em Porto Alegre. Em 1836, houve a proclamação da República rio-grandense e instalação do Governo, em Piratini.

Domingos era ministro do Interior e, interinamente, da Fazenda. Em 1838, escreveu o Manifesto explicando as razões da revolução e lançou O Povo, jornal oficial farroupilha. Vendeu escravos seus em Montevidéu para comprar fardas, cavalos e uma tipografia para a República, mas mesmo assim foi acusado de corrupto. Em tempo: Domingos era mineiro.

“Ao novo Estado faltavam todos os recursos, como escasseavam meios de arrecadar regularmente impostos. Almeida teve de criar tudo e de prover a tudo, subdividindo-se para atender à criação e manutenção do Exército, à negociação de Tratados, à representação da República no Exterior e à sua administração interna em todos os detalhes. Pode-se dizer que todo esse trabalho de fundação e organização de u Estado, que teve vida regular ao meio da agitação ininterrupta da guerra, foi obra sua, pois que a passagem transitória de outros homens pelo Ministério em pouco o podia auxiliar. Entre tantos serviços que lhe são devidos, pode-se citar a direção da imprensa oficial, o estabelecimento de escolas de instrução pública (as primeiras no Rio Grande do Sul!), o estabelecimento de um serviço regular de correios e, por fim, a criação, em Caçapava, de um gabinete de leitura, instalado com cerca de oitocentos volumes.”

Alfredo Ferreira Rodrigues.
Almanaque do Rio Grande do Sul para 1902.

COMO SURGIU O FESTIVAL RONCO DO BUGIO

Capa do livro que fiz e editei sobre as 15 primeiras edições do festival Ronco do Bugio.


Na década de 1980 proliferava no estado os festivais nativistas. Tendo a Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana por pioneira, ocorreu no Rio Grande, em determinado tempo, em torno de 80 festivais ao ano.

O serrano João Cincinato Terra sentiu a necessidade do município de São Francisco de Paula acompanhar aquele movimento musical que se acentuava nas cidades riograndenses. Trocando idéias com o diretor do conjunto Os Serranos, Edson Dutra, os intentos foram amadurecendo. Tendo a convicção de que o ritmo bugio era originário dos campos de cima da serra, Edson havia tentado constituir em sua terra natal, Bom Jesus, um festival do gênero. Como esta localidade já realizava o ACORDE, um encontro de conjuntos musicais, seus ideais não foram postos em prática. Por que não realizar então tal festival no Berço do Bugio, São Francisco de Paula? Foi o que ocorreu.

Recebendo o apoio do então prefeito Luiz Antônio Salvador e dos integrantes do grupo Os Mirins (Chico e Albino), também serranos, no ano de 1986, sob um lonão de circo e um frio de renguear cusco, num meio de semana, para que os conjuntos de baile pudessem participar, aconteceu o 1º Ronco do Bugio que teve como vencedora a composição “Levanta Bugio” do cantor Leonardo, acompanhado pelo grupo Os Monarcas.

O Festival Ronco do Bugio, que agora, nos dias 27, 28 e 29 de maio acontece em sua 20ª edição, é um evento genuíno, sendo o único do Rio Grande do Sul onde só podem participar concorrentes que executem o mesmo ritmo musical, ou seja, o bugio.

Se o nascedouro do "balanço de passo de ganso" ainda gera discussões, uma coisa é certa: São Francisco de Paula preocupou-se em preservar, através da música, não só o primeiro e único gênero musical gaúcho, como também chamar a atenção de todos para a quase que extinção deste primata de nossas matas, onde, em nome do progresso, quase não se ouve mais roncar o bugio.

MARENCO POR AÍ, NO FIM DE SEMANA.

Mariana Ferreira - Produção Executiva
(53) 9963.0391/8113.4124
www.luizmarenco.com.br
Twitter - http://twitter.com/ProdMarenco

quarta-feira, 18 de maio de 2011

MUSEUS - SOLAR DA BARONESA - PELOTAS

Dando seqüência ao novo link criado pelo blog, intitulado "Museus", aonde o leitor poderá tomar conhecimento destes locais que abrigam a história do Rio Grande bem como os costumes do seu povo, vamos, hoje, retratar sobre um dos museus mais bem cuidados e preservados de nossa terra. O museu instituído no Solar da Baronesa, na cidade de Pelotas.

O Solar da Baronesa foi construído em 1863, na mesma época em que Pelotas viveu o apogeu das charqueadas. Baseada em trabalho escravo, a indústria do charque se desenvolveu às margens do Arroio Pelotas e do Canal São Gonçalo, tornando a cidade importante para a economia do Rio Grande do Sul. As famílias dos senhores do charque desfrutaram da riqueza que a indústria proporcionou, vivendo em luxuosos casarões e investindo na modernização da cidade.

Os filhos dos charqueadores, influenciados pela cultura européia, estudaram e difundiram a ciência, as artes e as letras. Foi nessa época que Pelotas atingiu também o apogeu cultural, representado pela urbanização e arquitetura da cidade, eventos e doces artesanais.

Annibal e Amélia Hartley Antunes Maciel, Barões dos Três Serros, estabeleceram-se na Chácara da Baronesa após seu casamento em 1864, sendo a primeira das três gerações a habitar a casa.

O Barão pecuarista, recebeu seu título do Imperador Dom Pedro II, em reconhecimento à sua participação no ato que emancipou os escravos de Pelotas em 1884. A Baronesa era carioca, e costumava passar os invernos com sua família no Rio de Janeiro, para onde todos os membros se transferiram aos poucos após a morte do Barão.

Amélia Annibal Hartley Antunes Maciel, filha dos barões, permaneceu na casa com sua família e a última moradora do solar foi sua filha Déa Antunes Maciel, neta dos barões. Em 1979, a casa foi entregue pela família à cidade de Pelotas.

Após a restauração do parque e do solar, o Museu foi inaugurado em 25 de abril de 1982 e, em 1985, foi tombado como patrimônio histórico municipal.

Fonte: Prefeitura Municipal de Pelotas.

NOSSA TERRA - SÃO LEOPOLDO

Foi povoada inicialmente por açorianos, já era um vilarejo quando em 25 de julho de 1824 a primeira leva oficial de imigrantes alemães chegou ao Brasil, enviada por Dom Pedro I com a intenção de povoar a região. Foram enviados para a desativada Real Feitoria do Linho Cânhamo, um estabelecimento agrícola do governo (onde eram produzidas cordas), que não dera muitos resultados, tendo falido, entre outros motivos, devido à corrupção dos administradores. Essa Feitoria localizava-se à margem esquerda do rio dos Sinos. Em 25 de julho de 1824, esses imigrantes chegaram a seu destino, no total de 39 famílias. Essa é a data de fundação de São Leopoldo.

Instalados na Feitoria até que recebessem seus lotes coloniais, este núcleo foi batizado "Colônia Alemã de São Leopoldo" em homenagem à Imperatriz Leopoldina, a esposa austríaca de Dom Pedro I. Nesta época era então governador do estado o Visconde de São Leopoldo

Durante a Revolução Farroupilha a colônia ficou dividida entre os imperialistas liderados por Daniel Hillebrand e os revolucionários liderados por Hermann von Salisch. Nesta época a colônia prestou suporte à Porto Alegre sitiada provendo a cidade com suprimentos transportados em barcas pelo rio dos Sinos.

A colônia se estendia por mais de mil quilômetros quadrados, indo em direção sul-norte de Esteio (hoje) até o Campo dos Bugres (Caxias do Sul, hoje). Em direção leste-oeste de Taquara (hoje) até o Porto dos Guimarães, no Rio Caí (São Sebastião do Caí, hoje). Aos poucos novas levas de imigrantes ocuparam os vales do rio dos Sinos, Cadeia e Caí, lançando o progresso através da dedicação extraordinária ao trabalho, o que ensejou que a colônia alemã se emancipasse de Porto Alegre já em 1º de Abril de 1846, apenas 22 anos depois de fundada. Concorreu para este fato serem os alemães, além de Landmänner (agricultores), também Handwerker (artesãos). Daí uma variada produção que acabou sendo o embrião industrial do Vale do Rio dos Sinos. É em homenagem a esses imigrantes que o dia 25 de julho é feriado municipal.

Em 1865 a colônia recebeu a visita de Dom Pedro II. Em 1874 foi inaugurada a estrada de ferro ligando a cidade a Porto Alegre, facilitando o escoamento dos produtos da colônia. Em 1865 a colônia recebeu a visita de Dom Pedro II. Em 1874 foi inaugurada a estrada de ferro ligando a cidade a Porto Alegre, facilitando o escoamento dos produtos da colônia. Desde sua fundação até os dias de hoje, São Leopoldo tem apresentado notável progresso, vindo a ser hoje, sem dúvida, um dos mais prósperos municípios do Brasil. Em diversos pontos da sua grande área do passado, surgiram núcleos de desenvolvimento que posteriormente emanciparam-se, tornando-se prósperas cidades atualmente. Ao todo foram oito novas cidades geradas. O município de São Leopoldo portanto, deu origem a toda a região atualmente denominada "Vale do Rio dos Sinos", e por este motivo é considerada a capital conceitual desta região.

CONFRARIA DO VERSO CRIOULO


Em 14 de maio de 2011, no recanto de Poesias Jayme Caetano Braun, nas dependências do CTG Tropel de Caudilhos em Passo Fundo, foi desenvolvido pela CONFRARIA DO VERSO CRIOULO, associação de poetas e declamadores do Planalto Médio do Rio grande do Sul, o 1º CONFRADE DO VERSO CRIOULO, concurso de declamação gaúcha, pela parte da manhã iniciaram-se os trabalhos com uma palestra sobre o tema A POESIA GAÚCHA E O VERSO CRIOULO, ministrada pelos campeões do Enart, Valter Vieira Ribeiro, Marcos Ferreira, Paulo Ricardo dos Santos, o poeta Luis Lopes de Souza e a declamadora Anajara Cátia Vieira Ribeiro, na ocasião foram abordados assuntos relevantes, quanto a maneira que se declamava no RS e a forma com que está sendo feita a declamação atualmente, também foram abordados quesitos que fazem parte do julgamento do Enart, declaração desenvolvida em 1994 pelos jurados do Fegart na época, que trata dos itens dicção, interpretação, postura cênica e fidelidade ao texto, princípios imprescindíveis para se obter uma boa apresentação de um poema gaúcho no palco. Também foi abordado a necessidade de aperfeiçoar a arte declamatória, com o estudo das possibilidades que um poema pode oferecer para ser trabalhado pelo declamador, e que quanto mais tempo o intérprete tiver com o poema decorado e ensaiado, mais possibilidade de desenvolvê-lo melhor terá, de quem apenas em poucos dias, ou meses decora um verso e sai apresentando-o. Nesta Feita foi declamado em palco pelo Sr. Valter Vieira Ribeiro o poema Briga de Touros, de Zeno Cardoso que foi escrito a mais de 30 anos e continua sendo usado até hoje pelos declamadores do estado, sem perder a essência do verso.

Os participantes da palestra, foram contemplados com certificados emitidos pela CONFRARIA DO VERSO CRIOULO, pela participação, ao meio dia foi servido uma bóia campeira, pela parte da tarde iniciaram-se as inscrições para o concurso, às 14:30h, ocorreu a solenidade de abertura, participaram da mesma o vereador Rafael Bortoluzzi representando a câmara de vereadores de Passo Fundo, a coordenador da 7º Região Tradicionalista Gilda Geleazzi, a 1º prenda do Rio grande do Sul a Srta. Adriane Rebechi Rodrigues, o representante da rádio Planalto, Ibaldo Pedra, e todos os membros da Confraria do Verso Crioulo, como apresentador do evento destacou-se o tradicionalista, radialista e trovador, Orlei Caramês, após a cerimônia de abertura, o Patrão da CONFRARIA DO VERSO CRIOULO, o Sr. Marcos Ferreira, declarou iniciado os concursos de declamação, após a abertura feita pelo declamador Anselmo Silveira que fez uma homenagem ao patrono do recanto de poesias, o saudoso Jayme Caetano Braun, os trabalhos ocorreram com duas comissões julgadoras, para julgar peões, prendas e a categoria xiru, os jurados foram: Paulo Ricardo dos Santos, campeão do Enart, campeão de vários rodeios e campeão de vacaria, Jucélia de Fátima Pires, campeã de vários rodeios e campeã do Enart, Luis Lopes de Souza, ator e poeta, campeão de vários festivais de poesia no estado, para compor a segunda comissão que avaliou as categorias mirim e juvenil a mesa julgadora foi composta pelo Sr. Alcindo Neckel, professor universitário, grande conhecedor de poesia e campeão de vários rodeios na região, Anselmo Silveira da Silva, professor, natural das missões, declamador conhecido e premiado em vários rodeios do estado, Raul Martini, avaliador de vários rodeios e campeão do brasileiro de poesias, para apresentar esta segunda comissão, trabalhou o Dr. Valmor Tronco, tradicionalista conhecedor dos usos e costumes de nossa terra. Participaram dos concursos de poesias, mais de 40 declamadores, dos CTGs de Passo Fundo, Marau, Carazinho e Espumoso, também foram premiados além das categorias mirim, juvenil e adulto, a categoria Xiru, pela primeira vez desenvolvida em concurso na cidade de Passo Fundo, os resultados foram anunciados pela parte da noite, após a janta, e houve uma homenagem ao declamador mais veterano, o senhor Alceu Pacheco dos Santos que atualmente possui 80 anos de idade, destaca o patrão da Confraria Marcos Ferreira a necessidade de mobilizações como esta, que irmanam gaúchos de todas os rincões do estado que levam como bandeira a autenticidade do povo do Rio Grande do Sul, representada em forma de Verso, para encerrar o Patrão Marcos Ferreira define o 1º CONFRADE DO VERSO CRIOULO, como o início de um novo tempo para rever e vivenciar os feitos dos ancestrais que ajudaram muito o progresso, quando desbravavam com honra e coragem as coxilhas do Rio Grande no passado.

Fonte: Marcos Ferreira - Patrão Fundador da Confraria
confrariadoversocrioulo@hotmail.com

Colaboração: Hilton Araldi

terça-feira, 17 de maio de 2011

AMILTON LIMA - AGENDA DE MAIO

CTG CHILENA DE PRATA PROMOVE

As inscrições poderão ser realizadas através do e-mail:
chilenadepratactg@gmail.com

ou formulário a disposição no blog:
www.chilenadepratactg.blogspot.com

ou pelos telefones:
(51 – 9307.3767) (51 – 3044.3086) (51 – 8517.9392)
(51-9136.9020) (51-9891.4163)

CTG LAÇO DA QUERÊNCIA CONVIDA

Caro Amigo Léo.

Estou escrevendo para solicitar a divulgação do evento da nossa invernada! Um grande abraço do amigo e conterrâneo. Desde já te deixo convidado!

Guilherme Hexsel
55 51 8173.6988
guilherme@ccidade.com.br

5º FESTIVAL - O RIO GRANDE CANTA

O COOPERATIVISMO

O pessoal da organização do Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo, um dos três festivais mais citados nos Destaques da Década de nosso blog, não brinca em serviço e já se arremanga prometendo um evento inesquecível:

Bom Dia.

Venho através deste comunicar que o regulamento do 5º Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo, já está disponível no nosso site:

www.sescooprs.coop.br

Também pedimos para que fiquem acompanhando nosso site, pois a ficha de incrição do festival será colocada a disposição em breve.

Agradecemos a todos.

Boa Sorte!

Aline Reis
Promoção Social
F: 3323 - 0055
aline-reis@ocergs.coop.br

MTG RECEBE ACERVO LITERÁRIO

Acervo particular do poeta Zeno Cardoso Nunes, lado direito da foto, com este blogueiro ao centro e o "mano" Rui Cardoso Nunes a esquerda, foi doado ao MTG.

O acervo literário do poeta serrano Zeno Cardoso Nunes, meu conterrâneo, falecido em março deste ano, foi doado à biblioteca do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Segundo o responsável pelo museu e pela biblioteca da entidade, tradicionalista Fraga Cirne, a coletânea de livros de Zeno gerava em torno de 4.200 obras. Sem dúvida alguma trata-se de uma riquíssima aquisição.

KLANG AUS ALEGRETE

A colônia de leitores de nosso blog é imensa. Leitores não! Amigos. Amigos de convívio diário e a quem eu gostaria de apertar a mão de todos, um por um.

Mas bueno. Quando eu era rapazote, ía muito aos bailes de kerb nos povoados de origem germânica ali da encosta da serra de São Francisco. Igrejinha, Rodeio Bonito, Quilômetro Quatro... tenho um carinho muito especial por este povo alegre e trabalhador, os alemães.

Pois ontem recebemos do nosso grande amigo Jorge Wogelmann a letra do Canto Alegretense em alemão. O Canto Alegretense é uma das músicas mais regravadas que existe e, cantanda desta forma, ficou muito bonita. Pena que eu não sou muito manso com a informática e não soube colocar a canção para vocês ouvirem. Mas aí vai a letra.

Klang aus Alegrete

Du, frag mich nicht wo liegt mein liebes alegrete
Folg den Kurs von deinenm tiefsten Herzgefühl
Wirst du auf dem Wege ein Paar Ritter treffen
Hörst du Klänge von Gitarre und Akkordeon.

Wer von Rosário, gegen Abend, langsam landet
Oder kommt von Uruguaiana am Morgen früh
Wird die Sonne als’ne rote Glut betrachten
Wie ein Feuer tief im Fluss Ibirapuitã.

Hör den Klang eigen gaúcho und Brasilianisch
Von dem Land, das ich seit Kind schon hab geliebt
Tuna Blume, Cabuatã und wilden Honig
Kieselsteine an dem Fluss Inhambuí.

Wenn ich dann in meiner allerletzten Stunde
Seh´ die Sonne in Alegrete untergehn
Wie die Pferde, werde ich mein Kopf umdrehen
Auf das Land, wenn’s auf die große Reise geht.

In den Augen werde ich den Zauber nehmen
Von dem Land, das ich mit Andacht hab geliebt
Jeder Reim von mir gebohren als ‘ne Zahlung
Von ‘ner Schuld erwarb durch Liebe und durch Dank.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

PRIMEIRA PRENDA DO RIO GRANDE

FAZ PALESTRA EM CAXIAS DO SUL


A 25ª Coordenadoria Regional Tradicionalista e o seu Departamento Cultural pensando na perpetuação da Cultura Gaúcha e na conservação de nossos ideais traz a Caxias do Sul, a Primeira Prenda do Estado Adriane Rebechi Rodrigues. Com isso, busca-se incentivar a participação das prendas e peões no Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Adriane tem 22 anos e está no movimento tradicionalista desde 1993. Sendo que desde os seus 4 anos almejava ser prenda de faixa, perseverou e nunca desistiu.

Hoje como Primeira Prenda do Estado do Rio Grande do Sul, traz consigo a importância de sonhar e acreditar em seus sonhos. Porém, o caminho para a realização desse sonho - se tornar uma prenda de faixa - não e fácil. Tem que ter muito estudo e dedicação.

Adriane afirma que tudo isso é recompensado pelas experiências que vive sendo a Primeira Prenda do Estado do Rio grande do Sul 2010/2011. Adriane fará uma palestra sobre sua vivência e as obrigações da Prenda do Estado na Casa do Gaúcho, amanhã, terça feira.

Participe!

Terça feira – 17/05/2011
Hora: 20 horas
Local: Casa do Gaúcho – 25ª RT
Rua Teixeira de Freitas, 1461.
Sagrada Família – Caxias do Sul
Informações: (54) 32381228

Traga donativos para a Campanha do Agasalho, serão encaminhados para a Fundação Caxias.

Postado 16/05/2011 às 13:37 por Eron Voesch (Rádio Maisnova FM Caxias)
Colaboração: Alberto Sales

5ª CAPELA DA CANÇÃO NATIVA

DE AMARAL FERRADOR - RESULTADO

MELHOR INSTRUMENTISTA: LUIZINHO CORREIA


MELHOR POESIA: NO MANTO VERDE DO CAMPO
L: RÔMULO CHAVES
M: ROBLEDO MARTINS E MAURÍCIO LOPES


MELHOR INTÉRPRETE: MARCELO OLIVEIRA


MÚSICA MAIS POPULAR: DE QUEM CONHECE A SAUDADE
L: GILMAR BATISTA
M: ALMO LUIS ABREU DA SILVA


3º LUGAR: A FLAUTA DA VIDA
L: ADÃO QUEVEDO
M: ADÃO QUEVEDO E DANILO KUHN DA SILVA


2º LUGAR: DOS ENCONTROS
L: OLAVO LORETO
M: PAULLO COSTA


1º LUGAR: NINHO HORNERO
L: SERGIO SARETTO
M: ZULMAR BENITEZ


Fonte: Rádio Terra Gaúcha
Blog Identidade Campeira

A ORIGEM DO RITMO BUGIO

Adelar Bertussi (gaiteiro em pé), primeiro acordeonista a gravar um bugio, defende a teoria de que o ritmo brotou nos campos de cima da serra, em São Francisco de Paula.


Já que estamos a duas semanas do 20º Ronco do Bugio, áquele que, ao lado da Barranca, é considerado o festival mais autêntico do Rio Grande, vamos fazer uma breve explanação sobre o surgimento deste que é o único ritmo parido em nossa terra, o Bugio.

Segundo o dicionário da língua portuguesa, bugio significa uma espécie de macaco. Tal animal seria oriundo da Argélia, mais precisamente da cidade de Bugia, que leva o nome por dizer-se o berço do citado primata. Figurativamente chama-se de bugio o indivíduo feio, desengonçado, que imita os outros. Macaqueador.

Uma característica marcante dos bugios é a presença do osso hióide (gogó) muito desenvolvido nos machos, que atua como câmara de ressonância e amplificação, conferindo a esses animais uma vocalização ímpar e mais acentuada, quando o tempo está para chover. Segundo os mais antigos “se o bugio roncou no mato, é chuva grossa de fato” e nenhum campeiro saía para suas lides sem a capa na garupa.

Pois foi para imitar esse ronco que surgiu o único ritmo genuinamente gauchesco, visto que todos os outros (vaneiras, chotes, valsas, etc.) são “importados”. A eterna e inútil discussão é onde surgiu o ritmo. Alguns historiadores dizem que foi em São Francisco de Assis, através do gaiteiro Neneca Gomes. Outros, como Os Bertussi, defendem que a origem do balanço sincopado apareceu pela primeira vez lá pelas bodegas do Juá, em São Francisco de Paula, através do gaiteiro Virgílio Leitão.

O pesquisador e folclorista Paixão Côrtes considera que é muito perigoso precisar o nascedouro do gênero musical característico do Rio Grande e que deve ter sido bem depois da guerra do Paraguay, pois em pesquisas discográficas da época do gramofone, entre o período de 1913 a 1924, nunca aparece o gênero bugio.

Adelar Bertussi, mais recentemente, apresentou uma pesquisa intitulada “O Bugio na Mulada”, onde retrata o aparecimento do ritmo em sua terra natal, no interior de São Francisco de Paula. Segundo suas observações, fruto de diversas entrevistas, o gênero já era dançado na região serrana, antes de 1918, pelos bugres descendentes dos índios caingangues que habitavam as encostas do Rio das Antas e os tropeiros birivas açorianos. Uma coisa é certa: foram eles, Os Irmãos Bertussi, os primeiros a gravar um bugio, intitulado Casamento da Doralice, no LP Coração Gaúcho.

Conta-se que, tal qual o tango argentino que foi parido na zona portuária de Buenos Aires e, inicialmente, era proibido de ser executado nos salões nobres por ser considerado um ritmo degradante pois permitia aos dançarinos um “roça-roça” inconcebível para a época, o bugio também só era retrechado nos bailes de ralé onde o cheiro da canha, o lusque-fusque das lamparinas e o perfume de baixa qualidade faziam parceria para o embalo que tomava conta dos bailões de fundo de campo. Seu compasso sincopado convidava aos bailarinos dançarem meio acotovelados e imitando os passos do bicho bugio.

Uma das características deste animal está relacionada com as suas reações ante uma adversidade, quando ele excreta e lança as fezes sobre seus adversários, ou seja, sua arma é seu esterco. Por esses motivos, quando gente de baixo quilate discute asperamente, as pessoas mais experientes aconselham: - não te mete, isto é briga de bugio!

PARABÉNS AOS AMIGOS COLORADOS

Aos leitores do blog que pertencem à nação colorada, nossos parabéns pela merecida conquista.

Merecida porque tem melhor plantel e por ser mais organizado institucionalmente. Merecida porque temos um arqueiro (aqui no blog é arqueiro) que, embora de seleção, treme as pernas a cada decisão e compromete todo o trabalho. Merecida porque temos um centro avante que faz gols espíritas e perde aqueles que até eu, com 100 kg no lombo, não perderia.

O que valeu para mim, como tricolor, foi ver esta torcida incomparável e o Luiz Marenco, um gremista de carteirinha, cantando o hino riograndense (que nenhum jogador aprendeu a cantar).