Foto histórica do degolador maragato Adão Latorre
No dia 05 de abril de 1894 ocorreu o genocídio conhecido como a Degola do Boi Breto, no distrito de mesmo nome, em Palmeira das Missões, durante a Revolução Federalista.
Tal episódio só encontra paralelo na mortandade da Mangueira de Pedra (Rio Negro, Bagé), que o precedeu e, segundo voz corrente, foi ainda maior. Afirma-se que naquela cidade da Fronteira Sul, os sacrificados por Adão de La Torre (e outros) somaram 410, enquanto na hecatombe serrana , conforme telegrama do comandante do massacre Firmino de Paula ao Presidente Júlio de Castilhos, atingiram 370.
Minha intenção ao divulgar o conhecimento é dar conhecimento de fatos pouco difundidos, testemunhados por alguns membros de minha própria família, dos quais ouvi, em criança, freqüentes relatos. Entre eles meu avô paterno, naquela hora Tenente do corpo militar de Firmino, mais os dos seus dois cunhados, companheiros de farda, José Fidêncio e Mititão Rodrigues. As narrativas deles coincidem com o depoimento que gravei, na entrevista com o Coronel da Brigada Militar do Estado, José Rodrigues, às véspera do centenário de Palmeira das Missões.
Penso também justificarem-se algumas considerações sobre as degolas que não foram exclusivas de nenhum dos bandos em luta naquela hora sangrenta, mas, procedimento de ambos, com igual crueldade. Naquele instante afigura-se-nos que as atitudes dos contendores obedeciam a Lei do Ódio, (diretamente proporcional à semelhança dos antagonistas: ambos perseguiam o mesmo alvo, a posse do Poder).
Ao contrário, saber-se que na Revolução Farroupilha, não houve praticamente degolas, o mesmo ocorrendo com a de 1923. Na Revolução Federalista, vê-se que a solução compulsória é a eliminação pura e simples do inimigo, exatamente como fizeram as duas hostes aqui em confronto. A diferença, no caso, seria de estilo de tratamento, mais ou menos tolerante mais ou menos rancoroso.
Fonte: Mozart Pereira Soares
Colaboração: Hilton Araldi
No dia 05 de abril de 1894 ocorreu o genocídio conhecido como a Degola do Boi Breto, no distrito de mesmo nome, em Palmeira das Missões, durante a Revolução Federalista.
Tal episódio só encontra paralelo na mortandade da Mangueira de Pedra (Rio Negro, Bagé), que o precedeu e, segundo voz corrente, foi ainda maior. Afirma-se que naquela cidade da Fronteira Sul, os sacrificados por Adão de La Torre (e outros) somaram 410, enquanto na hecatombe serrana , conforme telegrama do comandante do massacre Firmino de Paula ao Presidente Júlio de Castilhos, atingiram 370.
Minha intenção ao divulgar o conhecimento é dar conhecimento de fatos pouco difundidos, testemunhados por alguns membros de minha própria família, dos quais ouvi, em criança, freqüentes relatos. Entre eles meu avô paterno, naquela hora Tenente do corpo militar de Firmino, mais os dos seus dois cunhados, companheiros de farda, José Fidêncio e Mititão Rodrigues. As narrativas deles coincidem com o depoimento que gravei, na entrevista com o Coronel da Brigada Militar do Estado, José Rodrigues, às véspera do centenário de Palmeira das Missões.
Penso também justificarem-se algumas considerações sobre as degolas que não foram exclusivas de nenhum dos bandos em luta naquela hora sangrenta, mas, procedimento de ambos, com igual crueldade. Naquele instante afigura-se-nos que as atitudes dos contendores obedeciam a Lei do Ódio, (diretamente proporcional à semelhança dos antagonistas: ambos perseguiam o mesmo alvo, a posse do Poder).
Ao contrário, saber-se que na Revolução Farroupilha, não houve praticamente degolas, o mesmo ocorrendo com a de 1923. Na Revolução Federalista, vê-se que a solução compulsória é a eliminação pura e simples do inimigo, exatamente como fizeram as duas hostes aqui em confronto. A diferença, no caso, seria de estilo de tratamento, mais ou menos tolerante mais ou menos rancoroso.
Fonte: Mozart Pereira Soares
Colaboração: Hilton Araldi