RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
MTC Desenhos

quinta-feira, 14 de abril de 2011

QUE BAITA ESPETÁCULO, TCHÊ!

Grupo de Arte Nativa Os Angüeras, anfitriões do Festival da Barranca, na costa do Rio Uruguai, em São Borja.

“Eu me chamo Generoso / morador do Pirapó / aprendi dançar com as moças nos bailes / de palitó.” Este foi o refrão que embalou a noitada no lotado Salão de Atos da UFRGS em Porto Alegre, ontem á noite, na festa comemorativa dos quarenta anos do Festival da Barranca, de São Borja.

- Quem não foi deixou de ir - dizia Seu Fulgêncio. Mas eu vos digo: deixou também de vivenciar um dos mais belos espetáculos dos últimos anos na capital de todos os gaúchos. Foram três horas de puro gauchismo, de relembranças, de emoções aflorando ...

Eu pensava que iria desta para outra, sem nunca ter assistido ao Grupo de Arte Nativa Os Angüeras, fundado por Aparício Silva Rillo, José Bicca, Pimpim e tantos outros. É uma nova geração que compõe Os Angüeras, mas aquele espírito telúrico é o mesmo. Me arrepiou o pêlo ao ouvir a canção João Campeiro e ao compor o coral do público no refrão da segunda música: “... olha o dourado que bateu no espinhel / traz a canoa que rio fundo não da pé...”

O espetáculo continuou com uma gama de artistas participantes da Barranca: Borghettinho, Luiz Carlos Borges, Os Fagundes, Érlon Péricles, Pirisca Grecco, Elton Saldanha, Daniel Torres, Vinicius Brun, Mauro Ferreira, Ângelo Franco, Mário Barbará, Sérgio Rojas, Chico Saratti, Cristiano Quevedo, Alejandro Brites e para encerrar esta noite inesquecível, Telmo de Lima Freitas que, inusitadamente, foi aplaudido de pé antes mesmo de começar a cantar. Eu nunca tinha visto nada igual.

O Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (fez pronunciamento) e o ex-governador Olívio Dutra prestigiaram o evento. Foram mestres de cerimônias o Nego Motta e o Eduardo Bicca.

Como, no início do espetáculo, tinha sido sorteado um tema entre os assistentes (que foi justamente o aniversário da Barranca) para que os músicos, aos moldes do festival, ao fim do show apresentassem uma canção relativa ao tema, não apenas uma música subiu ao palco, mas três. A primeira foi de autoria de Elton Saldanha, Vinicius Brun e Mauro Ferreira, a segunda foi de Pirisca Grecco e a terceira foi de Érlon Péricles e Cristiano Quevedo. Todas levantaram entusiasticamente o grande público.

Para finalizar, foi entoado por artistas e platéia, com a devoção de sempre, nosso Hino Riograndense.

Parafraseando Seu Fulgêncio: - Quem não foi deixou de ir. Mas que perdeu um espetáculo de lavar com um bochecho d’água, ah... isto perdeu!

“Eu me chamo Generoso / morador do Pirapó / aprendi dançar com as moças nos bailes / de palitó. Telmo de Lima Freitas, artista que encerrou as apresentações, foi aplaudido de pé pelo público, no momento em que foi anunciado seu nome. Ele mesmo ficou sem entender o tamanho de seu carisma.