Hoje é sábado, dia de surungo. "Apreparem" as pilchas, tomem um banho de sangua e... Se divirtam que a vida é curta!
Dos bailes de outrora, de gaita e pandeiro,
com luz de candeeiro clareando u’oitão
ficaram recuerdos pros tempos de agora
e marcas d’eporas cravadas no chão.
Ficaram as vaneiras na voz das cordeonas,
café de cambona por sobre o fogão,
botejas de canha em meio as macegas,
saudades malevas que nunca se vão.
Dos bailes de outrora ficou o pecado
de um beijo roubado no meio da sala,
a flor na carteira, lembrança menina,
e o cheiro da china nas franjas do pala.
Versos de: Léo Ribeiro
Gravura de: Voldinei