RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
VEM AÍ O 32º RONCO DO BUGIO. Dias 30 de agosto e 1 de setembro no CTG Rodeio Serrano, em São Francisco de Paula. Gravura: Léo Ribeiro

quinta-feira, 3 de março de 2011

VOLTEANDO DATAS - MORRE ONOFRE PIRES

Onofre Pires nasceu em Porto Alegre, em 25 de setembro de 1799 e morreu em 03 de março de 1844, aos 43 anos. Era neto do capitão-mor José Francisco Silveira Casado.

Combateu com o Regimento de Cavalaria de Milícias de Porto Alegre pela integridade do Rio Grande do Sul, nas guerras contra Artigas, em 1816 e 1821 e pela do Brasil, na Guerra Cisplatina 1825-28.

Na Revolução Farroupilha foi dos mais ativos e atuantes coronéis. Coube-lhe comandar as forças que deram inicio à Revolução Farroupilha na noite de 19 de setembro de 1835, com o vitorioso encontro da Ponte da Azenha que criou condições para a conquista de Porto Alegre, em 20 de setembro de 1835, com a entrada nela do lider politico-militar da revolução, e seu primo, coronel Bento Gonçalves da Silva.

A seguir, comandando a Divisão do Norte, atuou sobre São José do Norte, concorrendo para que Presidente Braga, deposto, viajasse para o Rio de janeiro e para a libertação de Domingos José de Almeida, preso naquele local, fazia 17 dias.

Mais tarde, quando houve a contrarevolução, Onofre iria ligar-se a um triste episódio em Mostardas, em 22 de abril de 1836 que irá macular a revolução.

Segundo o escritor Caldeira, "Depois que Onofre derrotou a força de Juca Ourives, mandou fuzilar uns prisioneiros. Ele não soube impor sua posição de Chefe. Deu ouvidos aos inimigos daqueles infelizes que estavam em linha, esperando a morte. Antonio Pedro em nome da tropa pedia a cabeça deles. Onofre foi fraco e mandou fuzilar obedecendo à imposição dos cidadãos que ele, com sua voz e a sua espada em mãos, levou-os ao combate. A História o julgará!"

Quis o destino que Onofre Pires viesse a morrer, em 3 de março de 1844, há um ano do término da Revolução, vítima de um ferimento no antebraço direito que recebeu de Bento Gonçalves, durante o duelo que travaram no Acampamento do Exército, nas margens do rio Sarandi, em 27 de fevereiro de 1844, em Topador, em Santana do Livramento. De temperamento singular, Onofre Pires envolveu-se em diversas questões rumorosas, que se refletiram negativamente na imagem, no curso e na unidade do movimento revolucionário farrapo e no seu próprio fim, trágico e solitário