Quando sucumbe o dia, calmo e sério
e o céu sangrado, aos poucos, escurece,
toda a paisagem que desaparece
vai se perdendo em sonhos e mistérios!
Dormem os homens: aldeões, gaudérios...
Cochila a estância e o povo permanece
de olhos fechados desde que anoitece
até que a Vésper ronde os hemisférios!
E enquanto a vida, súbita, adormece,
taperas, ermos, fundos, cemitérios
acordam lendas que o presente esquece...
É quando o espectro suplica a prece
e a treva exulta sobre o medo etéreo
que desintegra-se quando amanhece!
Fragmentos do poema Três Olhares Sobre a Noite, do poeta Rodrigo Bauer
Gravura La Ramada, de Jean Leon Palliere
e o céu sangrado, aos poucos, escurece,
toda a paisagem que desaparece
vai se perdendo em sonhos e mistérios!
Dormem os homens: aldeões, gaudérios...
Cochila a estância e o povo permanece
de olhos fechados desde que anoitece
até que a Vésper ronde os hemisférios!
E enquanto a vida, súbita, adormece,
taperas, ermos, fundos, cemitérios
acordam lendas que o presente esquece...
É quando o espectro suplica a prece
e a treva exulta sobre o medo etéreo
que desintegra-se quando amanhece!
Fragmentos do poema Três Olhares Sobre a Noite, do poeta Rodrigo Bauer
Gravura La Ramada, de Jean Leon Palliere