RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Recuerdos da companheirada e do velho parceiro (Mouro Negro).

domingo, 27 de março de 2011

ONDE ANDAM OS CONTADORES DE CAUSOS?

Tem certas pessoas que tem o dom de contar causos fazendo a gente visualizar e imaginar o que estaria se passando. O grande Paulinho Pires (foto) é um destes.

Quanto a mim, podem entregar-me a piada mais engraçada do mundo com a missão de fazer alguém gargalhar, que não consigo.

Pois ontem á tarde, la na Estância da Poesia Crioula, quase tive uma dor de barriga de tanto rir do Paulinho Pires contando quando um conterrâneo meu, seu Juvenil Souza, pai do meu amigo Luiz Souza, fez um bonde lotado parar, na descida da Borges de Medeiros, em Porto Alegre, porque ele (Juvenil) tinha enxergado o Paulinho na parada.

Uma narrativa que seria singela torna-se uma epopéia contada pelo Paulinho Pires. Ele imita a freada do bonde, o motorneiro tentando fazer parar a condução, os passageiros brabos com aquela pessoa que tentava passar meio que a força e que todo aquele transtorno era somente para o seu Juvenil dar um abraço no Paulinho.

O grande serrotista e figura humana sem par neste mundo velho de Deus, Paulinho Pires, ainda arremata que o seu Juvenil teve o cuidado de deixar uma das pernas no estrivo do bonde para que o motorneiro não seguisse adiante. - Segurou o bonde com um pé - diz o Paulinho.

Mas estou tocando neste assunto porque esta arte de contar causos está desaparecendo do Rio Grande. Penso que, assim como tem concursos de trovas, de poesias, de piadas, devíamos promover um concurso de causos. Sei que em Nova Bréscia tem um concurso de mentiras, mas não é uma coisa gauchesca. Não sei se o ENART tem, em suas diversas categorias, o conto de causos. Mas é de se pensar no assunto, não é verdade meu grande amigo e Irmão Paulinho Pires?