A Catalunha, sempre empenhada em demonstrar sua autonomia dentro da Espanha, proibiu as touradas nesta quarta-feira, 28.
Mal comparando, é como se o carnaval brasileiro fosse proibido no Rio Grande do Sul.
A bofetada política foi dada pela Catalunha, nem tanto para acabar com a crueldade contra animais, mas para reafirmar sua independência em relação ao resto da Espanha.
Curiosamente, um tapa dado por uma região famosa por artistas que adoravam os touros, como Pablo Picasso, autor da célebre frase "os touros são anjos com chifres".
Em contraponto, escritores como o americano Ernest Hemingway glorificaram as touradas como o único espetáculo artístico no qual o artista corre o risco de morrer.
De fato, para a tradição cultural espanhola, a tourada é uma demonstração de estilo, técnica e
coragem na qual o touro não é visto simplesmente como um animal a ser sacrificado num ritual.
Para os defensores dos direitos dos animais, a crueldade do espetáculo é apenas uma manifestação de sadismo, e uma tortura inaceitável.
O fim das touradas incendiou a política espanhola, pois mesmo quem abomina o espetáculo - cujo final quase sempre é bastante previsível, com a morte do touro - acha que não se deveria acabar com uma liberdade.
A liberdade dos que enxergam, na arena, o sangue de anjos caídos. Eu, que sempre torci pelo touro, aplaudo de pé a proibição e penso que, aqui no Brasil, esportes similares como farra-do-boi, rinha-de-galo, etc. deveriam ser definitivamente banidos do meio social em que vivemos.
Colaborou Carlos Zatti, de Curitiba
Mal comparando, é como se o carnaval brasileiro fosse proibido no Rio Grande do Sul.
A bofetada política foi dada pela Catalunha, nem tanto para acabar com a crueldade contra animais, mas para reafirmar sua independência em relação ao resto da Espanha.
Curiosamente, um tapa dado por uma região famosa por artistas que adoravam os touros, como Pablo Picasso, autor da célebre frase "os touros são anjos com chifres".
Em contraponto, escritores como o americano Ernest Hemingway glorificaram as touradas como o único espetáculo artístico no qual o artista corre o risco de morrer.
De fato, para a tradição cultural espanhola, a tourada é uma demonstração de estilo, técnica e
coragem na qual o touro não é visto simplesmente como um animal a ser sacrificado num ritual.
Para os defensores dos direitos dos animais, a crueldade do espetáculo é apenas uma manifestação de sadismo, e uma tortura inaceitável.
O fim das touradas incendiou a política espanhola, pois mesmo quem abomina o espetáculo - cujo final quase sempre é bastante previsível, com a morte do touro - acha que não se deveria acabar com uma liberdade.
A liberdade dos que enxergam, na arena, o sangue de anjos caídos. Eu, que sempre torci pelo touro, aplaudo de pé a proibição e penso que, aqui no Brasil, esportes similares como farra-do-boi, rinha-de-galo, etc. deveriam ser definitivamente banidos do meio social em que vivemos.
Colaborou Carlos Zatti, de Curitiba