RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra

sábado, 21 de agosto de 2010

BEM MAIS QUE UMA ESTÁTUA


Todos sabem que a Feira do Livro de Porto Alegre, este ano em sua 56ª Edição, é um evento dos maiores no gênero na América Latina e dá grande visibilidade aos escritores e, principalmente, ao Patrono da Feira. É uma honraria que todos os envolvidos com a arte da escrita ambicionam.

Pois no dia 5 de agosto, saiu no Correio do Povo, a lista dos Patronáveis da 56ª Feira do Livro de Porto Alegre. Os nomes indicados são: Airton Ortiz, Jane Tutikian, Juremir Machado da Silva, Luís Augusto Fischer e Paixão Côrtes.

No mesmo Correio do Povo, no dia 18, Juremir Machado,um dos indicados, publicou que ele estava concorrendo contra uma “estátua” (insinuando que, o que Paixão Côrtes fez de importante, foi servir de modelo para a Estátua do Laçador) menosprezando todo o trabalho que o maior folclorista deste Estado já produziu.

Vindo de quem vem, tal comentário não deve ser levado a sério, em face de que a mola propulsora deste "jornalista" sempre foi falar mal das tradições gaúchas.

Não vou aqui, nesta postagem, mencionar tudo o que João Carlos D’Avila Paixão Côrtes, um ícone de nossa cultura, escreveu ou fez em matéria de pesquisa, de preservação folclórica, de autenticidade plena, elevando o nome do Rio Grande a patamares que, mesmo com duas vidas, estes desafetos conseguiriam.

Menos mal que a grande maioria de nossa gente do sul não olha para este trabalho com olhos de ciúme e reconhece em forma de homenagens e afetos a importância deste gaúcho octogenário. Neste fim de semana o Festival Moenda, de Santo Antônio da Patrulha, presta uma linda e merecida homenagem ao Paixão.

Para mim, e se eu fosse da Comissão encarregada da escolha do Patrono da 56ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, o nome de quem se acha concorrendo contra uma “estátua” já estaria descartado. Não é denegrindo os concorrentes, mas edificando suas virtudes, que se ganha o reconhecimento.

Pensamos da mesma forma, meu mano, escritor sãoborjense Israel Lopes