Neste 09 de julho comemora-se - 151 anos da morte de Domingos José de Almeida, o Estadista da República Riograndense, o mineiro seduzido pela fronteira
Poucas cidades no Estado devem seu surgimento aos farroupilhas quanto Uruguaiana. Numa época em que a ocupação da região não passava de algumas fazendas espalhadas pelas grandes extensões de terra, coube ao farroupilha e ministro da Fazenda do governo de Bento Gonçalves, Domingos José de Almeida, a idéia de fundar um povoado estratégico na fronteira com a Argentina.
Ao examinar o local para a instalação do novo povoado, Domingos José de Almeida escreveu, em 1841: "Oferece uma excelente posição militar que para o futuro poderá fazer grande peso na balança política e comercial com nossos vizinhos." Nascido em Diamantina, Minas Gerais, em 1797, Almeida migrou para o Estado ainda jovem, com 22 anos de idade, para conduzir tropas de mula a serem vendidas no centro do país.
Encantado com a terra e a gente do Sul, o mineiro resolveu se instalar na cidade de Pelotas, onde logo abriu um escritório destinado à venda de charque para o centro do país e para o Exterior. Poucos anos depois, tornou-se proprietário de uma pequena charqueada às margens do rio São Gonçalo, o que fez dele um dos cidadãos mais prósperos de Pelotas nessa atividade.
O professor Vanderlei Rodrigues comenta que um dos traços mais característicos de Almeida era sua convicção liberal. "Almeida acompanhava todos os movimentos de cunho liberalista que ocorriam no Brasil", explica o professor. Em 1822, tirou dinheiro do próprio bolso e custeou uma manifestação pública em Pelotas para comemorar a Independência do Brasil.
Além de liberal, Almeida era homem preocupado com a escolaridade da população. Enquanto deputado na Assembléia Provincial, em Pelotas, lançou a campanha de alfabetização da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. O então deputado inconformava-se com o fato de o Paraguai contar com 408 escolas públicas e a província local não ter nenhuma.
Começa a Revolução Farroupilha e Domingos de Almeida recebe uma tarefa dos amigos: organizar, além do parque bélico farrapo, na cidade de Pelotas, a fábrica de arreamento para a cavalaria. Os exércitos de deslocavam (Piratini, Caçapava, Alegrete), e ele movimentava os arquivos do governo e o seu arsenal pela Campanha gaúcha sempre em carretas.
"Por isso a revolução era chamada de República das Carretas", diz o professor Vanderlei Rodrigues. Em 1840, diante do cerco das milícias imperiais aos farrapos, Almeida determina a criação de uma planta para a nova povoação que viria a ser Uruguaiana. Como ministro da Fazenda da República Riograndense, queria uma vila de apoio ao comércio com Buenos Aires. As forças imperiais haviam conquistado as cidades de Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre, cortando o intercâmbio comercial desses entrepostos com o interior da Província.
Em 1846, Uruguaiana é fundada. Almeida morreu aos 74 anos, em 1859, em Pelotas. Uruguaiana retribuiu seus gestos com uma estátua em praça pública.
Fonte : Página do Gaúcho
www.paginadogaucho.com.br
Colaboração: Hilton Araldi
e-mail : hiltonaraldi@gmail.com
Poucas cidades no Estado devem seu surgimento aos farroupilhas quanto Uruguaiana. Numa época em que a ocupação da região não passava de algumas fazendas espalhadas pelas grandes extensões de terra, coube ao farroupilha e ministro da Fazenda do governo de Bento Gonçalves, Domingos José de Almeida, a idéia de fundar um povoado estratégico na fronteira com a Argentina.
Ao examinar o local para a instalação do novo povoado, Domingos José de Almeida escreveu, em 1841: "Oferece uma excelente posição militar que para o futuro poderá fazer grande peso na balança política e comercial com nossos vizinhos." Nascido em Diamantina, Minas Gerais, em 1797, Almeida migrou para o Estado ainda jovem, com 22 anos de idade, para conduzir tropas de mula a serem vendidas no centro do país.
Encantado com a terra e a gente do Sul, o mineiro resolveu se instalar na cidade de Pelotas, onde logo abriu um escritório destinado à venda de charque para o centro do país e para o Exterior. Poucos anos depois, tornou-se proprietário de uma pequena charqueada às margens do rio São Gonçalo, o que fez dele um dos cidadãos mais prósperos de Pelotas nessa atividade.
O professor Vanderlei Rodrigues comenta que um dos traços mais característicos de Almeida era sua convicção liberal. "Almeida acompanhava todos os movimentos de cunho liberalista que ocorriam no Brasil", explica o professor. Em 1822, tirou dinheiro do próprio bolso e custeou uma manifestação pública em Pelotas para comemorar a Independência do Brasil.
Além de liberal, Almeida era homem preocupado com a escolaridade da população. Enquanto deputado na Assembléia Provincial, em Pelotas, lançou a campanha de alfabetização da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. O então deputado inconformava-se com o fato de o Paraguai contar com 408 escolas públicas e a província local não ter nenhuma.
Começa a Revolução Farroupilha e Domingos de Almeida recebe uma tarefa dos amigos: organizar, além do parque bélico farrapo, na cidade de Pelotas, a fábrica de arreamento para a cavalaria. Os exércitos de deslocavam (Piratini, Caçapava, Alegrete), e ele movimentava os arquivos do governo e o seu arsenal pela Campanha gaúcha sempre em carretas.
"Por isso a revolução era chamada de República das Carretas", diz o professor Vanderlei Rodrigues. Em 1840, diante do cerco das milícias imperiais aos farrapos, Almeida determina a criação de uma planta para a nova povoação que viria a ser Uruguaiana. Como ministro da Fazenda da República Riograndense, queria uma vila de apoio ao comércio com Buenos Aires. As forças imperiais haviam conquistado as cidades de Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre, cortando o intercâmbio comercial desses entrepostos com o interior da Província.
Em 1846, Uruguaiana é fundada. Almeida morreu aos 74 anos, em 1859, em Pelotas. Uruguaiana retribuiu seus gestos com uma estátua em praça pública.
Fonte : Página do Gaúcho
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Colaboração: Hilton Araldi
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