Coluna, fragmentada em 4 artigos, de autoria do escritor Israel Lopes, de São Borja, no Jornal A Cidade, no dia 15 de julho de 2010, tendo como tema “O Chimarrão Como Símbolo da Tradição Gaúcha”, ao perceber a identificação regional expressa nos brazões do MTG dos três Estados do sul. Do RGS, tem uma cuia de chimarrão com bombilha, um cavalo passante um tronco de uma árvore; no do Paraná, tem uma cuia de chimarrão, e dentro da cuia, contendo o mapa do Paraná, um pinheiro, uma gaita e um laço. No brazão do MTG-SC tem uma cuia e um laço.
"Comentei durante quatro semanas sobre a identidade regional comum aos três Estados do Sul, cujo símbolo maior é, justamente o Chimarrão. Além da bibliografia consultada, na obra dos historiadores Carlos Zatti e Ubiratan Lustosa, na literatura de Tito Carvalho e Enéas Athanázio, e na poesia de Paulo Setúbal, sobre essa identidade comum, também contatei com o MTG de SC e PR. Em Santa Catarina, tem 550 CTGs; no Paraná, 278. Aqui no Rio Grande do Sul, segundo o poeta e historiador P.R. de Fraga Cirne, tem 1.525 CTGs filiados ao MTG. Mas tem os que não são filiados. Então, o número é bem maior. Sem falar na quantidade de Piquetes, nos três Estados. Tem MTG em outros Estados, onde os “gaúchos desgarrados do pago”, plantaram Centros de Tradições Gaúchas. Esses gaúchos, com suas tradições, estão fazendo uma integração nacional, respeitando os costumes das outras regiões do Brasil. Não estão querendo que eles – nossos irmãos brasileiros - adotem nossa pilcha, nosso chimarrão no seu dia a dia, o que seria até um contra-senso; assim como também, no Rio Grande do Sul, não queremos que os “cowboys norte-americanos”, venham exterminar com nossa CULTURA GAÚCHA. A composição “Brasil de Bombacha”, de Léo Ribeiro de Souza, Ângelo Marques e Ricardo Marques (sucesso de Os Tiranos e Os Monarcas, entre outros) retrata com muita propriedade esse nosso respeito mútuo, com os demais irmãos brasileiros, quando diz: “No alicerce de algum CTG/O Rio Grande campeiro floresce./Aos gaúchos de alma pioneira/Comovido o Brasil agradece”.
Pois além de gaúchos, somos brasileiros, com muito orgulho! Nesse aspecto, está o valor do Movimento Tradicionalista Gaúcho, defendendo nosso autêntico REGIONALISMO, como fizeram os jovens de 1947 - liderados por Paixão Côrtes, que montaram nos seus “pingos” e trancaram o pé contra a imposição da cultura “norte-americana”. Agora, com os demais irmãos do Sul, respeitando nossas diferenças em razão da diversidade cultural, tanto naqueles Estados, como no Rio Grande do Sul, mas existe uma identidade regional muito forte, como herança, principalmente do ciclo do tropeirismo e da erva-mate. Aí é que entra o MTG dos três Estados do Sul, trazendo uma cuia de chimarrão, como símbolo do gauchismo que perdura nos usos e costumes".
"Comentei durante quatro semanas sobre a identidade regional comum aos três Estados do Sul, cujo símbolo maior é, justamente o Chimarrão. Além da bibliografia consultada, na obra dos historiadores Carlos Zatti e Ubiratan Lustosa, na literatura de Tito Carvalho e Enéas Athanázio, e na poesia de Paulo Setúbal, sobre essa identidade comum, também contatei com o MTG de SC e PR. Em Santa Catarina, tem 550 CTGs; no Paraná, 278. Aqui no Rio Grande do Sul, segundo o poeta e historiador P.R. de Fraga Cirne, tem 1.525 CTGs filiados ao MTG. Mas tem os que não são filiados. Então, o número é bem maior. Sem falar na quantidade de Piquetes, nos três Estados. Tem MTG em outros Estados, onde os “gaúchos desgarrados do pago”, plantaram Centros de Tradições Gaúchas. Esses gaúchos, com suas tradições, estão fazendo uma integração nacional, respeitando os costumes das outras regiões do Brasil. Não estão querendo que eles – nossos irmãos brasileiros - adotem nossa pilcha, nosso chimarrão no seu dia a dia, o que seria até um contra-senso; assim como também, no Rio Grande do Sul, não queremos que os “cowboys norte-americanos”, venham exterminar com nossa CULTURA GAÚCHA. A composição “Brasil de Bombacha”, de Léo Ribeiro de Souza, Ângelo Marques e Ricardo Marques (sucesso de Os Tiranos e Os Monarcas, entre outros) retrata com muita propriedade esse nosso respeito mútuo, com os demais irmãos brasileiros, quando diz: “No alicerce de algum CTG/O Rio Grande campeiro floresce./Aos gaúchos de alma pioneira/Comovido o Brasil agradece”.
Pois além de gaúchos, somos brasileiros, com muito orgulho! Nesse aspecto, está o valor do Movimento Tradicionalista Gaúcho, defendendo nosso autêntico REGIONALISMO, como fizeram os jovens de 1947 - liderados por Paixão Côrtes, que montaram nos seus “pingos” e trancaram o pé contra a imposição da cultura “norte-americana”. Agora, com os demais irmãos do Sul, respeitando nossas diferenças em razão da diversidade cultural, tanto naqueles Estados, como no Rio Grande do Sul, mas existe uma identidade regional muito forte, como herança, principalmente do ciclo do tropeirismo e da erva-mate. Aí é que entra o MTG dos três Estados do Sul, trazendo uma cuia de chimarrão, como símbolo do gauchismo que perdura nos usos e costumes".