RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Identidade Visual dos Festejos Farroupilha 2024 / Cintia Matte Ruschel

sexta-feira, 30 de abril de 2010

RESULTADO DA ENQUETE

Finda mais uma enquete.

A pergunta era a seguinte: Você acha que o Movimento Tradicionalista Gaúcho deve preocupar-se com tamanho de abas de chapéus, comprimento de lenços, largura de bombachas?

Resultado:
Total de votantes: 42

SIM: 5 votos (12%)

NÃO: 37 votos (88%)

Tal pergunta deveu-se a grande polêmica que ocorre quando o assunto é indumentária. Sabe-se se o atual regramento das pilchas por parte do Movimento aconteceu devido a um projeto apresentado no Congresso de Tramandaí e que o tema, segundo Delegados presentes e capacitados a votar, foi pouco debatido.

Sou contra cores berrantes em camisas e bombachas mas também não aprovo a padronização, a uniformização, a robotização até no vestir (coisa que já acontece nas danças de invernadas).

No citado projeto das pilchas existe um item que considero um absurdo, para não dizer outra coisa. A largura da bombacha, na altura do joelho, tem que ser a mesma da cintura. Imaginem eu, baixo, gordo, com uma bombacha assim. Vocês já ouviram falar em moirão de amarrar bode? Baixinho e gordinho? Seria o meu retrato.

Outra coisa em relação a largura das bombachas. Do lugar que vim, da serra gaúcha, era e é comum o uso da bombacha não muito larga, ao contrário da fronteira. Então, com o tal projeto, matou-se a bombacha serrana. Não respeitou-se a característica daquela região.

Diz o projeto, aprovado no Congresso de Tramandaí, que a aba do chapéu não pode ter menos do que 6 cm. E o chapéu pança-de-burro, moldado num palanque, ao sol? O pioneiro, o mais autêntico? Não tinha essa largura de aba. Aliás, quase nem tinha aba. Mataram esse chapéu também.

Em matéria de lenço, as impropriedades continuam. Diz a "lei" que o lenço, para ser aprovado em eventos do MTG tem que ter 25 cm (alguém vai andar com uma fita métrica no bolso?) do nó para baixo. Quem gosta de usar o lenço espalhado, como eu, onde o nó é feito mais abaixo, duvido que consiga o comprimento de 25 cm. Faça um nó republicano, um nó cola-de-égua, um nó farroupilha, onde os nós verdadeiros são feitos no osso do peito. Não tem como, a não ser que se use por lenço uma toalha de mesa como fiz para o meu amigo Vereador Bernardino Vendruscolo, num fandango em que ele esqueceu o lenço em casa.

Como diz o maior folclorista do Rio Grande do Sul, Paixão Côrtes (neste fim de semana postaremos uma entrevista com ele) tem-se que estudar, que pesquisar. Não pode sair inventando.

O resultado disto tudo, e muito mais, está nesta enquête e nas manifestações que se ouve por aí.