RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

sexta-feira, 9 de abril de 2010

É NUM UPA E... LÁ VEM O CHASQUE DE VOLTA

O dinamismo do mundo virtual é impressionante!

Primeiramente se mandavam os recados pelos mascates de campanha que iam de estância em estância. Aquilo demorava semanas.

O tempo andou e as informações passaram a ser repassadas pelos cobradores e motoristas dos ônibus, deixando as cartas pelas cancelas dos corredores.

Depois veio o rádio: "alô, alô, Merenciano. Seu pai encontra-se doente. Venha depressa. Convém trazer luto".

Agora, é vapt, vupt.

Ontem, Paulo de Freitas Mendonça acrescentou dados a uma postagem minha. O Edegar Paiva, seu velho amigo que há tempos não vê, prendeu o grito lá de Passo Fundo e mandou seu chasque a este grande pajador.

Hoje, em cima do laço, o Mendonça lhe dá retorno (e tudo por culpa do Gilberto Monteiro):


Pajador Paulo de Freitas Mendonça, apresentando La Fiesta Nacional de Chamamé, de Corrientes - Argentina (2010) entre os também apresentadores paraguaio e argentino.

Respondendo ao amigo Edgar Paiva.

Ontem falava ao telefone com outro amigo de Passo fundo, Enio Loreto, que há mais de dez anos não nos vemos, e dizíamos que às vezes a vida nos empurra para lados diferentes, mas as verdadeiras amizades continuam com suas chamas acesas. Agora Edgar Paiva vem assoprar o borralho e as brasas de nossa amizade erguem chamas, varando as cinzas do tempo. Vejo que os anos passam mais despacito para os Paiva, porque para os Mendonça parece mais do que um par de anos.

Eu tinha poucos cabelos grizalhos ainda quando convivíamos mais. Todavia o recordo com carinho e respeito porque jamais esqueço de um amigo. Sou daqueles que sentem saudades...

Agora, através de Léo Ribeiro, outro grande amigo, por essa força espiritual que a música imprime e pela admiração pessoal e artística que temos por Gilberto Monteiro, volto a encontrar, mesmo que via internet, o amigo Edgar.

Tenho verdadeira admiração pela sublime música que produz o artista Gilberto Monteiro e uma amizade sincera com homem civil, gaúcho e irmão de sentimento terrunho. Cada vez que nos vemos é como um reencontro após larga data, com forte abraço e sorriso autêntico. Assim foi em Corrientes ao nos encontrarmos no Festival de Chamamé, quando tive a oportunidade de apresentá-lo ao público de mais de 15 mil pessoas que lotava o Anfiteatro Transito Cocomarola. Ele foi muito aplaudido, como era de se esperar.

Gilberto Monteiro é um compositor e instrumentista que considero um gênio da criação artística. Possui sensibilidade ímpar e um capricho incomparável ao elaborar e interpretar seus temas. O que talvez o Edgar não saiba, é que ele está tocando violão com maestria e até cantando algumas canções com estilo interessante.

Por isso, sempre bendigo a arte, porque além de elevar nossa condição espiritual, aprimorando a alma, nos une a irmãos de ideal no objetivo maior de existirmos, a fraternidade.

E, metaforizados nos amigos acima citados, deixo um fraterno abraço a todos os eternos irmãos espalhados pelo mundo e que não nos vemos, mas nos recordamos.

Repíto: sou daqueles que sentem saudades. Além disso, me sinto feliz por ver um amigo bem.

Como é bom ver um amigo bem
a sorrir por ter e amar alguém
a progredir pelo valor que tem.

Ver brotar dos poros, energia.
Sã magia da alegria de viver.
Como é bom ver um amigo
E ser feliz só por vê-lo ser.

Ser além da própria estatura,
por humilde, ser maior ainda
a sorrir por ter e amar alguém
pra fazer sua bela inda mais linda.

Como é bom ver um amigo bem
e ser o amigo que este amigo tem.