RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

quinta-feira, 4 de março de 2010

YAMANDÚ

Nesta quinta-feira, dia 04, os Porto Alegrenses tem a oportunidade de assistir a um ótimo bate papo (e com certeza uma canja de violão) entre o jornalista Rui Carlos Ostermann e o violonista gaúcho Yamandú Costa. O evento acontecerá no já conhecido “encontros com o professor” no StudioClio (José do Patrocínio, 698), as 19h30min. A entrada é franca mas, devido ao espaço, serão distribuídas senhas a partir das 19 horas.

Nascido em Passo Fundo em 1980, Yamandú Costa, batizado Diamandu, começou a estudar violão aos 7 anos de idade com o pai, o maestro Algacir Costa, líder do grupo Os Fronteiriços. Nestes tempos sua casa já era o ônibus do grupo, visto que sua mãe, Clori Costa, também fazia parte do conjunto na qualidade de intérprete.

Yamandú aprimorou sua técnica com, virtuoso guitarrero argentino radicado no Brasil, Lúcio Yanel.

Tenho a impressão que uma das poucas músicas cantadas que Yamandú gravou é uma composição minha com a qual ganhamos o Festival Ronco do Bugio, de São Francisco de Paula, intitulada Gaita Mulata, em homenagem ao negro gaiteiro Jaíco, lá da serra. O “guri” tinha 15 anos mas cantava como gente grande. Com o prêmio a que fizemos juz e do qual abri mão pois minha alegria já estava completa, Yamandú comprou um aparelho de som três-em-um, deu entrada numa guitarra, e ainda sobrou umas patacas.

Até os 15 anos, sua única escola musical era a música folclórica do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Depois de ouvir Radamés Gnatalli, ele começou a procurar por músicos como Baden Powell, Tom Jobim e Raphael Rabello, entre outros.

Suas interpretações sensacionais, colocando improvisos e arranjos impressionantes, conseguindo remodelar cada composição, fez dele um artista internacionalmente conhecido. Apresentou-se com sucesso nos mais variados programas da televisão brasileira e em diversos países do velho continente.

Com seu violão de sete cordas vai do chorinho do Rio onde reside atualmente, ás zambas castelhanas, com a mesma desenvoltura.

De tudo isso, o que mais admiro no Yamandú, é que ele não perdeu o jeito gaúcho e nem esqueceu de sua gente.