
Nascido
Yamandú aprimorou sua técnica com, virtuoso guitarrero argentino radicado no Brasil, Lúcio Yanel.
Tenho a impressão que uma das poucas músicas cantadas que Yamandú gravou é uma composição minha com a qual ganhamos o Festival Ronco do Bugio, de São Francisco de Paula, intitulada Gaita Mulata, em homenagem ao negro gaiteiro Jaíco, lá da serra. O “guri” tinha 15 anos mas cantava como gente grande. Com o prêmio a que fizemos juz e do qual abri mão pois minha alegria já estava completa, Yamandú comprou um aparelho de som três-em-um, deu entrada numa guitarra, e ainda sobrou umas patacas.
Até os 15 anos, sua única escola musical era a música folclórica do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Depois de ouvir Radamés Gnatalli, ele começou a procurar por músicos como Baden Powell, Tom Jobim e Raphael Rabello, entre outros.
Suas interpretações sensacionais, colocando improvisos e arranjos impressionantes, conseguindo remodelar cada composição, fez dele um artista internacionalmente conhecido. Apresentou-se com sucesso nos mais variados programas da televisão brasileira e em diversos países do velho continente.
Com seu violão de sete cordas vai do chorinho do Rio onde reside atualmente, ás zambas castelhanas, com a mesma desenvoltura.
De tudo isso, o que mais admiro no Yamandú, é que ele não perdeu o jeito gaúcho e nem esqueceu de sua gente.