RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Pinheiro Machado, ao centro, sentado, e seu estado maior - Revolução Federalista -

sábado, 27 de março de 2010

A PURA CÊPA CRIOULA


José Cláudio Machado - Foto LRS

Na estampa do "Zé" Cláudio Machado, de gaita em punho, nosso blog, a partir deste 27 de março, começa a homenagear áqueles artistas que não dobraram a espinha para as modernidades musicais que visam botar num bau a canção autêntica do Rio Grande. Estes qüeras, que falaremos a partir de hoje, continuaram retos como água de açude e por isso levaram de nosso blog o título de "A Pura Cêpa Crioula".

Quando falamos em crioulismo, não queremos expressar sinônimo de apelação, de jocosidade. A música romântica riograndense sempre teve e continuará tendo seu espaço no coração dos gaúchos. Da mesma forma, a música festivaleira, pesquisada, bem trabalhada, terá sempre nossa admiração.

Eu me refiro.... Bem, vocês sabem a quem me refiro!

José Cláudio Machado nasceu em Tapes, RS, em 17 de novembro de 1948. Começou sua carreira de intérprete no antigo conjunto Tapes e consagrou-se para o grande público ao vencer a Califórnia da Canção Nativa de 1972 com a composição Pedro Guará, um clássico regionalista.

Participou como intérprete, em duas ocasiões, do conjunto Os Serranos. Na minha opinião, o melhor álbum do grupo foi "Isto é... Os Serranos", no final da década de 1980, muito se devendo a participação do José Cláudio.

Autor de canções consagradas como Pêlos, De Como Cantar um Flete, MIlonga Abaixo do Mau Tempo, Cantar Galponeiro e outras tantas, Zé Cláudio vai do tango cantado em espanhol a nossa música de raiz com a mesma desenvoltura.

José Cláudio Machado é considerado por muitos como o Melhor Intérprete Galponeiro de todos os tempos no Rio Grande, porque alia a estampa gaudéria e a irreverência dos bugres bolicheiros com uma voz de trovão, afinada e retumbante, que vai acordando as madrugadas campeiras.