RETRATO DA SEMANA


OS MUURIPÁS - Maior grupo de danças folclóricas gaúchas de todos os tempos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

 

POETA GAÚCHO OLIVEIRA SILVEIRA



FOI O IDEALIZADOR DO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
 
 
 
Oliveira Ferreira Silveira nasceu em Rosário do Sul, RS, em 1941. Era Filho de Felisberto Martins Silveira e de Anair Ferreira da Silveira. Criado na Serra do Caverá, zona rural famosa pela revolução de 1923. Oliveira Silveira formou-se em Letras (Português e Francês) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, foi pesquisador, historiador, Poeta, e um dos idealizadores da transformação do 20 de novembro, no dia da consciência negra no Brasil.

Oliveira Silveira e o vinte de Novembro e o MNU – Movimento Negro Unificado. Oliveira Silveira participava de um Grupo informal que se reunia para discutir o Treze de Maio e o aspecto histórico deste dia e como ele se deu. Esta data não passava para ele um sentimento de plena comemoração. Este Grupo reunia-se na Rua dos Andradas, em Porto Alegre. Nestas Reuniões, falavam muito sobre o assunto, desta insatisfação e da necessidade de haver uma data que unificasse o pensamento do povo negro brasileiro. A partir desta inquietação, Oliveira Silveira mergulhou em uma pesquisa profunda e detalhada sobre a história do negro no Brasil e o processo de resistência deste povo que nunca aceitou esta subjugação. Nesta pesquisa, se deparou com a história do Quilombo dos Palmares, uma comunidade formada por escravizados fugitivos e sua resistência ao processo de dominação, sua luta e de seu Líder “Zumbi do Palmares”, e com a data do seu assassinato, 20 de novembro. Com toda a certeza uma data com um grande significado, pois traduzia uma história de luta, bravura e resistência em que tombava um herói. A partir desse momento o Grupo começa as mobilizações para sugerir ao movimento negro a data de vinte de novembro como o dia Nacional da Consciência Negra. Oliveira Silveira ingressa no MNU-RS – Movimento Negro Unificado – Núcleo RS que tem atuação nacional até os dias de hoje que assume a defesa desta data no cenário nacional. Muitos Estados e Cidades decretaram o 20 de novembro feriado. Ironicamente o estado do Rio Grande do Sul, onde nasceu e viveu Oliveira Silveira, apesar da mobilização e pressão do Movimento Social Negro ainda não decretou. 

O Grupo Palmares e a Revista Tição A criação do Grupo Palmares data-se do mês de julho de 1971. A criação da Revista “TIÇÃO" que teve três edições, a primeira revista que surge abordando a temática racial e valorizando a cultura e o protagonismo de negros e negras notáveis da época e da história, foi sem dúvida um marco importante para o movimento negro e na carreira de Oliveira. Como Escritor e Poeta, publicou várias obras como Germinou em 1962, Poemas Regionais em 1968, Banzo, Saudade Negra em 1970, Decima do Negro Peão em1974, Praça da Palavra em 1976, Pelô Escuro em 1977, Cinco Poemas em Cadernos Negros 3 em 1980 Poesia São Paulo. Também teve participação no AXÉ - Antologia Contemporânea da Poesia Negra Brasileira publicado em 1982 pela Global Editora - São Paulo. Oliveira Silveira publicou crônicas, reportagens, contos e artigos. Participou com artigos e ensaios em obras coletivas, como o ensaio Vinte de novembro, história e conteúdo, no livro Educação e Ações Afirmativas, organizado por Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva e Valter Roberto. Também atuou em grupos como Razão Negra, Associação Negra de Cultura, Semba Arte Negra. Foi integrante da Comissão Gaúcha de Folclore, Conselheiro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República – SEPPIR/PR, integrando, nesse órgão com status de Ministério, o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial – CNPIR no período de 2004 a 2006.

PENSAMENTO POLÍTICO DE OLIVEIRA SILVEIRA Oliveira Silveira lutou pela a inclusão dos negros nos diversos espaços da sociedade: na educação, no emprego, na habitação, na saúde, na arte, na literatura, na mídia, na política. Lutou pelo respeito às diferenças e pela igualdade de direitos. Ele foi o “Poeta da Consciência Negra”. Oliveira Silveira morreu aos 68 anos, no dia 1 de janeiro de 2009 e não viu seu sonho realizado, não desfrutou da liberdade plena tão sonhada, mas como Zumbi, morreu lutando.
 

OLIVEIRA SILVEIRA
“O poeta da Consciência Negra”


quarta-feira, 19 de novembro de 2025

 

MAS QUE SALADA DE MONDONGO




A organização da 32ª Tertúlia Musical de Santa Maria ficou numa verdadeira sinuca de bico em função de dois jurados que, na triagem, taparam de notas baixas para a grande maioria dos concorrentes e altíssimas para alguns que acabaram classificados, mesmo com a contrariedade dos demais avaliadores que foram mais harmônicos em suas notas. Quando a planilha veio a público a gritaria foi geral.

A solução encontrada foi, mesmo depois de publicadas, excluir as notas destes dois avaliadores o que originou a desclassificação de alguns e a classificação de outros. Novamente a gritaria (não geral mas dos que foram desclassificados). 

A solução apresentada por muitos foi anular toda a triagem e convocar nova comissão avaliadora, ou seja, começar do zero. 

Outros acham que o evento deveria ser cancelado. Mas e as contratações já feitas e os valores já pagos? 

Como disse: Sinuca de bico. 

Que pena pois este sempre foi um festival conceituado no meio nativista e falhas na organização podem afetar a credibilidade e o trabalho de longos anos. 

       


 


RELAÇÃO DOS PREMIADOS NO I FESTIVAL INTERNACIONAL VIRTUAL DE POESIA GAÚCHA REALIZADA PELA CONFEDERAÇAO NORTE AMERICANA DE CTGs

 

 CATEGORIA MELHOR POEMA


I LUGAR – QUANDO A VIDA NOS TIRA COISAS BUENAS

AUTOR – SEBASTIÃO TEIXEIRA CORREA – CAXIAS DO SUL - RS

II LUGAR – MISTO DE ÍNDIO E TRONQUEIRA

AUTORA- JOSETI GOMES – GRAVATAÍ  - RS

III LUGAR – O SONHO DE CADA UM

AUTOR- RAFAEL FERREIRA – VACARIA – RS

 

CATEGORIA INTÉRPRETE


I LUGAR – LUIS EDUARDO LIMA – POEMA MISTO DE INDIO E TRONQUEIRA

II LUGAR – NEITON PERUFO – POEMA  O SONHO DE CADA UM

III LUGAR – EMANUEL PASCOALA MOREIRA POEMA – QUANDO A VIDA NOS TIRA COISAS BUENAS

 

CATEGORIA AMADRINHADOR


I LUGAR JEAN CARLO GODOY – POEMA A PAZ QUE PROCURO

II LUGAR – KAYKE MELLO POEMA MISTO DE ÍNDIO E TRONQUEIRA

III LUGAR – GUILHERME BRAGAGNOLO – POEMA QUANDO A VIDA NOS TIRA COISAS BUENAS.




terça-feira, 18 de novembro de 2025

 

FAÇA SUA ESCOLHA 

Para estes que roubam de aposentados






segunda-feira, 17 de novembro de 2025

 

REPONTANDO DATAS - 17 NOV

Num dia 17 de novembro, do ano de 1948, nascia em Tapes 

um dos maiores intérpretes terrunhos do Estado. 

JOSÉ CLAUDIO MACHADO.






 


OUTRA DO ARIANO

Para começar bem a semana 



Como já comentei aqui neste espaço, algumas postagens abaixo, considero o poeta Ariano Suassuna um dos maiores frasistas deste país. É diferenciado e faz "tiradas" engraçadas de onde ninguém imagina. 

Aqui vai mais uma dele.

- Acho uma falta de respeito muito grande as pessoas falarem das outras pela frente. É constrangedor para quem fala e para que escuta. Não custa nada esperar a pessoa sair e, aí sim, falar dela.

 

ESPETACULAR! 



domingo, 16 de novembro de 2025

 

EM DEFEZA DA HONRA



Nos tempos buenos de outrora as desavenças pessoais eram sanadas na base do duelo. Isto ficou bem caracterizado nos filmes do velho oeste americano. 

Lembro bem que em nossas brigas de guri se fazia um risco no chão e dizia: - Apaga se tu é "bem homem"! Se o provocado apagasse os socos (e os choros) corriam soltos.

No Rio Grande do Sul o duelo mais famoso foi o de Bento Gonçalves com seu primo Onofre Pires, que acusou o general farrapo de ladrão. A contenda foi de espada e Onofre acabou morrendo de gangrena três dias depois de ser atingido no ombro. 

Mas o duelo mais famoso, o que fez história aconteceu em Paris em 1808, literalmente alto do chão. 

Dois cavalheiros franceses M. de Grandprée e M. Le Pique decidiram resolver sua disputa amorosa pelo coração da bailarina Mile Tirevit da forma mais insólita possível: Em balões de ar quente.

Após semanas de preparativos a multidão acreditava assistir apenas a uma demonstração de voo mas, a 800 metros de altura, cada um armado com seu mosquete dispararam O primeiro tiro falhou. O segundo foi certeiro e perfurou o balão rival que despencou sobre os telhados de Paris. Grandprée desceu junto com ele.  

Hoje em dia se resolvem os problemas entre pessoas as escuras ou se lava a honra covardemente  através do feminicídio. 




sábado, 15 de novembro de 2025

 

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA




O que aconteceu

Golpe militar: O movimento foi liderado por militares que se sentiam desprestigiados e insatisfeitos com a monarquia, com destaque para o Marechal Deodoro da Fonseca.

Destituição do imperador: As tropas marcharam pelo Rio de Janeiro e cercaram o gabinete ministerial, destituindo o chefe do governo, o Visconde de Ouro Preto.

Anúncio da república: Posteriormente, José do Patrocínio anunciou oficialmente a Proclamação da República na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Exílio da família real: A família imperial foi forçada a deixar o Brasil e foi exilada na Europa.

Primeiro presidente: Marechal Deodoro da Fonseca assumiu como o primeiro presidente do Brasil.

Motivações e contexto

Crise do regime monárquico: A monarquia já estava em crise há algum tempo, enfrentando descontentamentos em diversos setores da sociedade.

Insatisfação militar: Após a Guerra do Paraguai, os militares se sentiram desvalorizados pelo governo.

Questão religiosa: Havia tensões entre a Igreja Católica e o governo.

Abolição da escravatura: A abolição da escravidão em 1888 desagradou parte dos fazendeiros, que retiraram seu apoio à monarquia.

Crescimento do movimento republicano: Ideias republicanas ganharam força entre civis e militares, que defendiam um governo com mais participação popular.


Nota do Blog

Em nossa opinião a Proclamação da República foi o primeiro grande erro da política brasileira pois, em nome de militares, da igreja e de fazendeiros contrários a abolição, foi destituído o maior governante que esta nação já teve, ou seja, Dom Pedro II.  




 


PARA QUE FACILITAR

(SE PODE COMPLICAR)


A primeira Califórnia da Canção Nativa ocorreu em Uruguaiana no ano de 1971. O evento foi o precursor do movimento festivaleiro, ou movimento nativista, como queiram. 

Dezenas e dezenas de festivais seguiram-se a "Califa" no Estado mas parece que muitos não aprenderam, ainda, como se organiza um festival. A desorganização e o protecionismo andam de vento em popa e, muitas vezes, na formação do júri a gente já percebe quem vai ganhar o certame musical.  

Esse fator não é culpa somente dos jurados mas também de quem coordena o evento, total são estes que escolhem a comissão.  

Num festival recente que aconteceu aqui pela fronteira uma música em que o cantor interpretou totalmente desafinado do começo ao fim recebeu o primeiro lugar. Todos, inclusive os integrantes do grupo vencedor, estranharam aquele prêmio. Sendo assim, defendendo a música de qualquer jeito, não precisa nem subir ao palco. É só entregar o prêmio já na triagem. 

Agora a coisa estourou num festival tradicional, renomado, reconhecido no Rio Grande do Sul. A Tertúlia Musical de Santa Maria. 

O que aconteceu: Fizeram a triagem das músicas concorrentes através de notas e não da opinião, da conversa, dos debates, das justificativas de cada avaliador.  

Ocorre que neste modelo (por nota) se o jurado tiver segundas intenções ele classifica quem quiser. É só dar nota baixa para uns e alta para outros. 

Não estamos afirmando que o ocorrido na Tertúlia foi proposital mas tudo ficou muito nebuloso pois a discrepância entre as notas foi absurda. É só olhar as planilhas que circulam por aí. 

Dois jurados taparam de nota 1 para algumas concorrentes e 8 para outras enquanto os demais avaliadores mantiveram uma avaliação mais harmônica. Resultado: A "opinião" destes dois teve mais peso do que a dos outros três.  

A triagem das músicas de um festival é simples. Tem que ser feita por escolha da maioria e não por nota e, se for por nota, tem que eliminar a mais baixa e a mais alta. 

Outra coisa. 

Tem que limitar o número de inscrições. Tem festival por aí, inclusive de poesia, que prima pela quantidade de concorrentes. Aí colocam nas redes sociais: O nosso festival teve tantos inscritos, daqui, dali, de acolá.... forma antiga de impressionar o prefeito. A qualidade que se dane. 

Mas enfim. Se pode complicar.... 

  

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

 
















 


ESSA TAL DE IA


 Até o Teixeirinha, que era baixinho e gordo, ficou esguio. 

Circula pelas redes sociais uma imagem feita por Inteligência Artificial mostrando o cantor João Chagas Leite, falecido recentemente, ao lado de ícones como Teixeirinha e Gildo de Freitas. Ideia louvável a não ser por um grave erro. 

O uruguaianense João Chagas Leite, por um problema físico na mão esquerda, usava o violão ao contrário, ou seja, fazia as posições do instrumento com a mão direita.

Por isso que se diz que a IA é um boa novidade mas tem que saber utilizá-la. 

Recentemente, na triagem das músicas para a Califórnia da Canção Nativa, em torno de 15 inscrições foram desclassificadas por serem de Inteligência Artificial.

João Chagas Leite, 
um dos maiores cantores nativistas do RS 

   


quinta-feira, 13 de novembro de 2025

 


REPONTANDO DATAS

13 DE NOVEMBRO
 
NASCE JOÃO CEZIMBRA JACQUES
O PATRONO DO TRADICIONALISMO 



 

João Cezimbra Jacques nasceu em Santa Maria,RS, no dia 13 de novembro de 1848 e morreu no  Rio de Janeiro, 28 de julho de 1922.

Militar de Cavalaria, foi voluntário na Guerra do Paraguai aos dezoito anos, em 1867, servindo no 2º Regimento de Cavalaria. Lá permaneceu durante três anos e recebeu condecorações do Uruguai, Argentina e Brasil. Seu pai também participou da Guerra do Paraguai onde veio a falecer.

Em 1895 comandava o terceiro Esquadrão do terceiro Regimento de Cavalaria, foi instrutor da Escola Preparatória de Rio Pardo e do Curso D'Armas da Escola Militar do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Em 1901 passou para a reserva no posto de major. Era positivista, discípulo de Augusto Comte.

Pioneiro em várias áreas, foi o primeiro a publicar um livro em Santa Maria, participou da criação da Academia Rio-Grandense de Letras em 1901. Foi um dos fundadores do Partido Republicano Rio-Grandense em 1880. Fundador do Grêmio Gaúcho de Porto Alegre, em 22 de maio de 1898, sendo por isso considerado precursor do Movimento Tradicionalista Gaúcho e seu patrono.



quarta-feira, 12 de novembro de 2025

 

SOBRE O SONETO



Alguns dias atrás, em virtude do concurso de sonetos Nilza Castro promovido pela Estância da Poesia Crioula, registramos um breve comentário sobre a dificuldade de se fazer um bom soneto. 

Pois o Carlos Magno, o gaúcho melhor colocado no citado certame (4º lugar), nos envia um breve histórico sobre esta forma universal de versejar: 

O soneto surgiu na Itália, no século XIII (entre 1200 e 1250), criado por Giacomo da Lentini, poeta siciliano da corte de Frederico II.

A palavra vem do italiano sonetto (“pequeno som” ou “pequena canção”). Posteriormente, foi aperfeiçoado por Francesco Petrarca, que popularizou a forma clássica de 14 versos (dois quartetos e dois tercetos), e depois se espalhou pela Europa com autores como Luís de Camões em Portugal e William Shakespeare na Inglaterra. 

No século XIV Petrarca (1304–1374) refinou o soneto, criando o modelo conhecido como soneto petrarquiano. Já no século XVI Camões (1524–1580) introduziu e consolidou o soneto em língua portuguesa e Shakespeare (1564–1616) adaptou a forma para o inglês, criando o soneto shakespeariano, com três quartetos e um dístico final.

Os grandes sonetistas brasileiros incluem Machado de Assis, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Cruz e Sousa, Alphonsus de Guimaraens, Manuel Bandeira, Jorge de Lima, Vinicius de Moraes e Bruno Tolentino, entre outros. Eles marcaram diferentes fases da literatura nacional, do Parnasianismo ao Modernismo e à poesia contemporânea.

No Rio Grande do Sul os mais conhecidos são:

Alceu Wamosy, Augusto Meyer, Carlos Nejar, Mario Quintana, Aureliano de Figueiredo Pinto, Vaine Darde, José Cear Matesich e Bruno de Menezes, entre outros. 


 

terça-feira, 11 de novembro de 2025

 










segunda-feira, 10 de novembro de 2025

 

ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA



A Estância da Poesia Crioula anuncia o resultado do seu 7° Concurso de Sonetos Nilza Castro.

A Academia Xucra do Rio Grande parabeniza os premiados e agradece a valorosa participação dos sonetistas que coroaram de êxito esse certame.


Passado o concurso de sonetos da Estância da Poesia Crioula aonde fui um dos avaliadores posso dizer: É muita melancolia. 

A gente sabe que o soneto, uma forma universal de poesia, costuma trazer no seu bojo algumas tristezas. Mas não precisa ser tanto. 

Após ler 186 sonetos, a maioria falando de morte, a gente acaba meio deprimido. 

Sonetos com temática regionalista Rio-grandense, uma meia dúzia. O resultado diz tudo.  

Vamos colocar mais otimismo e menos saudosismo nesta forma de versejar, minha gente. 

Léo Ribeiro  





 

HOJE É DIA DA TRADIÇÃO NA ARGENTINA

 

 em homenagem a JOSÉ HERNÁNDEZ


 


Colaboração:  Jaime Ribeiro

domingo, 9 de novembro de 2025

 


ONDE ANDAM OS CONTADORES DE CAUSOS?



Saudoso Paulinho Pires, um grande contador de causos


Sem dúvida alguma uma das artes mais bonitas dentro da nossa tradição é a de contar causos. Contar causos é um dom. Com autenticidade, naturalidade, senso de humor, o vivente tenta fazer o ouvinte acreditar naquilo que está sendo relatado por mais inverdade que seja.

Conheço alguns grandes contadores de causos. Disse "alguns" porque não são muitos que tem esse dom e uma parte destes ficaram eternizados em livros como o Coronel Munico, o Apparício Silva Rillo, o Candinho Bicharedo.

Toco neste tema porque, embora todo o esforço do MTG, esta cultura está desaparecendo de nosso meio.

As pessoas, inclusive avaliadores, não sabem a diferença de um causo, conto ou piada. Há tempos atrás, nas eliminatórias de causos para o ENART, uma piada velha, antiga, de mau gosto, foi muito bem classificada. A pessoa simplesmente trocou os personagens, isto é, colocou um cavalo no lugar do papagaio, agauchou a piada nacionalmente conhecida e... classificou-se com direito a louros (não papagaios, louros mesmo).

Para contar um causo a pessoa tem que ter talento, criatividade, linguajar apropriado, não ser extenso demais para não tornar-se cansativo, feições faciais e gestuais acompanhando a narrativa, enfim, fazer com que o ouvinte visualize a cena contada. 

Vamos repensar os critérios para que não se repasse aos mais novos uma ideia errada desta arte em extinção.


 


PREMIADOS DO 30º MUSICANTO

DE SANTA ROSA


Integrantes da Comissão e da composição vencedora 



Fonte: Blog Ronda dos Festivais / Jairo Reis

O 30º Musicanto Sul-Americano de Nativismo foi realizado de 06 a 08 de novembro, no Centro Cívico e Cultural Antônio Carlos Borges, em Santa Rosa/RS. 

Nas três noites de atividades, foram apresentadas 32 músicas inéditas, sendo 18  da Categoria Livre, 02 da Categoria Instrumental e 06 da Categoria Semeador, voltada a participação de jovens intérpretes de 11 a 17 anos de idade.

Ao final, logo após o espetáculo do cantor Luiz Marenco, houve a divulgação do resultado, cujo teor reproduzimos a seguir:

 

CATEGORIA LIVRE:

 

Primeiro Lugar: TEMPO, VENTO E FIM

Autor: Duca Duarte

Interpretação: Shana Muller

 

Segundo Lugar: VIOLEIRO DO TEMPO ANTIGO

Autores:  Eduardo Santhana/Manoel Gandra

Interpretação: Eduardo Santhana

 

Terceiro Lugar: A HISTÓRIA DE OUTRA HISTÓRIA

Autores: Bianca Bergman/Robledo Martins/Mário Tressoldi

Interpretação: Bianca Bergman, Analise Severo, Arison Martins, Emerson Martins e Jean Kirchoff

 

Melhor Arranjo: VIOLEIRO DO TEMPO ANTIGO

Autores:  Eduardo Santhana/Manoel Gandra

 

Melhor Intérprete:  SHANA MULLER

Música: Tempo, Vento e Fim

 

Melhor Instrumentista:  GUILHERME GOULART

Música: Tempo, Vento e Fim

Instrumento: Acordeon

 

Melhor Letra: MILONGA DE BASTO E PELEGO

Autor: Mauro Moraes

 

Música Mais Popular:  DE PAGO EM PAGO

Autores: Rafael Olvido Cabo Deco/Apparício Silva Rillo Neto/Jackson Guanaco de

Ley/Antônio Carlos Careca

Interpretação: Ruggiero Saciloto e Antônio Carlos Careca

Recitado: Cabo Deco

 

CATEGORIA INSTRUMENTAL:

 

Primeiro Lugar:  UM TEMA PARA IOLANDA

Autor: Desidério Souza

 

Segundo Lugar:  VALSIANA

Autor: Samuca do Acordeon

 

CATEGORIA SEMEADOR:

 

Primeiro Lugar: SERVENTIA

Autores: Gujo Teixeira/Cássio Figueiró

Interpretação: Muriel Gaiteiro

 

Segundo Lugar: A PAIXÃO E O CATAVENTO

Autores: Fernando Graciola/Caio Martinez

Interpretação: Valentina Corrêa

 

Terceiro Lugar: PROA

Autor: Bruno Kohl

Interpretação: Vale Mazui

 

Imagens: Officina da Música



sábado, 8 de novembro de 2025

 

NÃO ENTENDI !


Minha neta Olívia, de dois anos, em São Paulo, 
mateando e bombeando a penúria de nosso time


A ervateira Vier, uma das mais tradicionais do RS, pediu falência. Dentre os motivos apresentados está a diminuição de pessoas tomando chimarrão muito em função da COVID, ou seja, deixaram de dividir o porongo. Confesso que não entendi.

Se os mateadores deixaram realmente de compartilhar o “chimas” não largaram de mão, contudo, o hábito centenário e tradicional do gaúcho de sorve-lo. E, se a moda uruguaia, cada qual tem sua cuia, o consumo de erva deveria ter aumentado. Alguém me explique porque vejo a gurizada cada vez mais com um amargo pelas praças, shoppings, shows...

Posso deixar da cerveja
da cachaça “batizada”
mas não deixo nem por nada
desta bomba que me beija.
Por mais humilde que seja,
no rancho a campo (ou cidade),
a velha hospitalidade
se traduz no chimarrão
espantando a solidão
ou partilhando amizades.



sexta-feira, 7 de novembro de 2025

 

JUSTA HOMENAGEM



A Associação Cultural Reduzino Malaquias compartilhou uma grande notícia com a comunidade missioneira: o avanço no projeto para construção da estátua em homenagem ao saudoso músico Reduzino Malaquias está encaminhada e muito próxima de ser iniciada em São Nicolau. O contrato para a execução da obra foi assinado em setembro, tendo como responsável o escultor Vinícius Ribeiro, que já havia idealizado o projeto original em 2009.

Segundo a associação, essa conquista é resultado de um trabalho coletivo que envolveu familiares, amigos, admiradores e apoiadores da cultura regional. Após o cumprimento dos trâmites burocráticos, o grupo agora comemora o avanço do projeto, que em breve se tornará realidade.

A escolha do local foi definida em diálogo com a administração municipal. Entre as opções sugeridas, foi escolhido o Parque de Eventos de São Nicolau — espaço tradicional que abriga o Café de Cambona — como o local ideal para receber o monumento.

O deputado federal Pompeo de Mattos também foi um importante apoiador da iniciativa. Admirador do legado de Reduzino Malaquias, ele destinou uma emenda parlamentar, confirmada em dezembro de 2023, que garantiu os recursos necessários para viabilizar a obra.

Foto: arquivo

Fonte: Rádio Missioneira


quinta-feira, 6 de novembro de 2025

 


ARIANO SUASSUNA





Se tem momentos em que eu me encanto são os que tiro para ler ou ouvir pessoas inteligentes, com frases bem feitas, criativas, diferenciadas.

Aqui pelo Rio Grande do Sul sempre tivemos grandes pensadores que colocaram no papel verdadeiras relíquias em forma de frases, a começar pelo lendário político Flores da Cunha até o jornalista Luiz Fernando Veríssimo, que nos deixou há pouco, passando pelo poeta Mário Quintana entre alguns outros mais. 

Mas uma pessoa que acompanho sempre é o saudoso dramaturgo, escritor, poeta, filósofo paraibano Ariano Suassuna, autor do livro O Auto da Compadecida. Suas palestras deveriam ser algo imperdível. Seu senso de humor era extraordinário. 

Uma de suas tiradas é essa: 

- Eu divido a humanidade em duas categorias. De um lado estão os que concordam comigo e gostam de mim. Do outro, estão os equivocados.

SENSACIONAL !