RETRATO DA SEMANA


sexta-feira, 17 de outubro de 2025

 

APENAS UM SUSTO 




Nos últimos dias surgiu nas redes sociais a notícia de que os rodeios crioulos estariam proibidos no Estado. Fato que causou um grande alvoroço.  

Na verdade foi uma má interpretação de uma decisão judicial proferida na terça-feira (14) pela juíza Patrícia Antunes Laydner, da Vara Regional do Meio Ambiente. Na sentença a magistrada proibiu a realização de eventos que envolvam perseguição e captura de animais para fins de entretenimento. Tal decisão foi motivada pela atividade "Pegue o Porco", prevista para acontecer no mês de novembro na cidade de Triunfo. 

Quem descumprir a ordem judicial poderá ser multado em R$ 50 mil por evento ou animal utilizado. 

A magistrada ressalta que outras atividades culturais e recreativas podem ocorrer, desde que não envolvam crueldade, ou seja, os rodeios, continuam. 



VACARIA DOS PINHAIS

(E DAS POESIAS) 



A Câmara de Vereadores de Vacaria definiu os nomes que irão compor a comissão avaliadora do Concurso Nacional Rodeio de Poesias, evento que integra as celebrações do Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria e tem como objetivo valorizar a arte poética e os talentos regionais e nacionais ligados à cultura gaúcha.

A comissão será formada por Luiz César Soares, Joseti Gomes, Érico Padilha, Paula Daniele Stringhi e Léo Ribeiro de Souza, todos com reconhecida trajetória no campo da literatura, da cultura tradicionalista e da produção artística. Caberá ao grupo a análise das obras inscritas e a definição dos poemas vencedores, de acordo com os critérios estabelecidos no regulamento.

As inscrições seguem abertas até o dia 31 de outubro, e podem ser realizadas diretamente no site da Câmara de Vereadores, onde também está disponível o regulamento completo do concurso.

www.camaravacaria.rs.gov.br

https://www.camaravacaria.rs.gov.br/noticia/definida-a-comissao-avaliadora-do-concurso-nacional-rodeio-de-poesias

O Rodeio de Poesias busca estimular a criação literária, fortalecer a identidade cultural dos Campos de Cima da Serra e dar visibilidade a novos e consagrados poetas do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil.




quinta-feira, 16 de outubro de 2025

 


RICARDO TUBINO LANÇA DISCO


Arte da Capa: Léo Ribeiro
 

“Das sombras de um Galpão Velho” é a realização de um sonho para o cantor e compositor Ricardo Tubino. A ilustração da capa do EP ficou a cargo do artista plástico Léo Ribeiro de Souza que com seus traços personificou na imagem o próprio título da obra. O título do álbum carrega uma letra inédita do artista já consagrado Gujo Teixeira e o seu conteúdo se refere a saudade do homem do campo em uma milonga composta pelo produtor deste trabalho e grande amigo André Gonçalves.

No disco estão duas regravações de clássicos do cancioneiro regional com participações de grandes artistas que imortalizaram suas respectivas obras. Uma delas, “Rio Grande véio”, letra e música de Érlon Péricles, com a participação do consagrado cantor e músico Pirisca Grecco cantando junto esse tema que fala sobre o ofício da gente do campo. A outra regravação é a música “Por bem dizer-te”, outro clássico com letra e música do maior cantor romântico do nosso cancioneiro Jairo Lambari Fernandes, que aceitou cantar junto também esse que é um dos maiores poemas de amor da música nativista.

Outra obra que também é cantada em dupla é “Ofício Musiqueiro”, com letra e música de Joaquim Velho. Ela é executada em parceria com o seu primo, músico e cantor do Grupo “Coplas y Acordes”, Dilson Dias. É uma música de ritmo forte que retrata a vida daqueles que, de alguma maneira, vivem da arte de cantar.

“Labaredas” é uma letra do pai de Ricardo Tubino, Domingos Almeida Dorneles, com música de André Gonçalves, que traz a reflexão sobre a vida naquilo que o fogo nos mostra em suas imagens. “Um Tempo Pra Mim”, também letra de Domingos com música de um dos seus maiores incentivadores e amigos do cantor e compositor quaraiense, Jorge Abella, fala sobre o tempo em suas diversas formas com a redundância da palavra, mas na sua diversidade de situações, lhe deu até agora o momento mais emocionante na sua carreira, quando se classificou em segundo lugar no 2º Canto ao Saladeiro, festival realizado em sua cidade natal.

“Não tenho mais que essa milonga a te ofertar” traz o romantismo do homem do campo na sua mais singela forma. “Eu sinto a alma” com letra de Maxsoel Bastos de Freitas, seu maior parceiro em toda a sua trajetória, e música de Leonardo Schneider e Ricardo Tubino. A faixa traz em seu poema as mais diversas formas de tentar entender o que a alma nos faz sentir.

Antes de gravar “Das sombras de um galpão velho”, Ricardo Tubino gravou mais 3 trabalhos com letras do seu grande amigo e compadre Maxsoel Bastos de Freitas, os álbuns “De alma e coração” , “Nos ideais daqueles lenços” e “Páginas Antigas”.

“Das sombras de um galpão Velho” nasceu em uma conversa com o André Gonçalves e Joaquim Velho, que se propuseram a concretizar esse sonho que eu tinha desde que comecei a trabalhar com a música. Por isso meu agradecimento especial a estes dois grandes amigos, pelo incentivo, mas, principalmente, por emprestarem seu talento, sua arte e dedicar tempo a este sonho que era meu. Minha gratidão e respeito”, salienta Ricardo Tubino.

Este trabalho teve a participação e a colaboração de vários artistas. São eles: André Gonçalves, Douglas Humabel, Duca Duarte, Rafa Martins,  Manoel Souza, Joaquim Velho, Nilton Junior, Luizinho Corrêa, Eduardo Morlin, Baixo: Felipe Goulart, Marcelinho Carvalho e Leonardo Schneider.


quarta-feira, 15 de outubro de 2025

 

HOMENAGENS



Ontem a noite (14) o Piquete Fraternidade Gaúcha foi homenageado nas comemorações de aniversário dos 132 anos de fundação do Grande Oriente do Rio Grande do Sul. 

O Piquete, que neste 2025 completou 20 anos de existência, é o braço tradicionalista desta Potência Maçônica.

Na Sessão comemorativa de ontem dois vencedores da 10ª Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula repetiram suas apresentações. Cândido Brasil, acompanhado dos amadrinhadores Magno Charrua e Marcello Caminha, declamou O Último Muuripá e Tatiane da Rosa Crestani (aplaudida de pé por mais de 200 pessoas presentes ao ato)  recitou Arquitetos da Luz acompanhada ao violão por Kayke Mello.   

Parabéns ao GORGS e ao nosso importante departamento de tradições gaúchas. 




terça-feira, 14 de outubro de 2025

 

PORONGOS 



O filme Porongos é um longa-metragem de ficção que aborda a participação dos Lanceiros Negros na Revolução Farroupilha, com um foco especial no Massacre de Porongos em 1844. A trama acompanha a jornada de Adão Caetano, interpretado por Emílio Farias, e questiona os ideais dos líderes republicanos da época. As filmagens foram concluídas recentemente em Bagé e Minas do Camaquã e contou com a participação do ator Thiago Lacerda, interpretando Bento Gonçalves. A direção é de Diego Müller.  

Ao que tudo indica a produção tem como objetivo revisitar a Revolução Farroupilha sob uma nova perspectiva, valorizando o protagonismo negro na história e, provavelmente, contando a versão de que os republicanos  orquestraram o massacre dos Lanceiros Negros na fatídica Batalha dos Porongos e dando ao então comandante farroupilha general David Canabarro a pecha de traidor.

Apesar de ser uma ficção seria interessante que se oferecesse ao público todas as versões, inclusive a de que, se houve algum traidor, este seria o imperial Francisco Pedro de Abreu, o Moringue, que não obedeceu o armistício que vigorava naquele momento e atacou de madrugada o acampamento farrapo.    





segunda-feira, 13 de outubro de 2025

 

AS BRINCADEIRAS MUDARAM


 revólver para brincar de mocinho e bandido - Não recomendado

Ontem, 12 de outubro, foi Dia das Crianças. Fui fazer uma postagem sobre brinquedos da minha infância que ainda guardo comigo e vi que o "politicamente correto" não recomendava tal postagens. Muitos conceitos mudaram. 

Por exemplo: O revolver de madeira que a gente brincava de mocinho e bandido. Por ser algo que induz violência, tais brinquedos dificilmente são comercializados. Da mesma forma o bodoque (ou funda) de caçar passarinhos. Aliás, sobre animais, minha filha contou que na escolinha da minha neta mudaram a letra da canção infantil "Atirei o pau no gato mas o gato não morreu...". Agora é "Não atire o pau no gato por que isso não se faz...." assim como muitas cantigas de roda foram alteradas. 

Durante o programa Fantástico, na noite de ontem, vi uma matéria sobre o filme da Mônica que estão produzindo e lembrei de uma entrevista com o criador de tais quadrinhos Maurício de Souza. Ele contava que alterou em torno de 100 atitudes que nos desenhos anteriores eram normais tipo: chamar a Mônica de dentuça; o Cebolinha pichar os muros; o Cascão fugir da água; as agressões da Mônica com seu coelhinho....

São alterações do mundo atual que temos que nos adaptar. 
    

bodoque/funda/atiradeira: Não recomendado 










domingo, 12 de outubro de 2025

 

SANTO REMÉDIO



Não é só cardiologista

que me ajeita o coração

pois quando bate a emoção 

mazelas perco de vista. 

Nesse mundão egoísta

de guerras e desenganos

o taura por mais vaqueano

na vida bota esperança

ao ouvir de uma criança:

- Vovô "quirido", eu ti amo!



 


CADA INFÂNCIA COM SEU TEMPO

Com este poema em que alcançamos o terceiro lugar num dos maiores festivais poéticos do estado, ou seja, a Sesmaria, gostaria de homenagear a todos nós neste dia 12 de outubro.
 
 

Poema com o qual alcançamos o 3ª lugar da Sesmaria da Poesia de Osório.

Te bombeando, assim, dormindo, 
neste quarto decorado,
fico horas ao teu lado
te acariciando e sorrindo.
Meu neto... Que guri lindo! 
Passou o tempo soi viejo
foi num upa, num lampejo 
mas se a idade me golpeia
meu sangue corre em tuas veias 
e ao te olhar me revejo.

Somos de infâncias distintas,
fui um piá interiorano
criado meio haragano
sem adereços, sem tinta.  
Trazia presos na cinta.
um revolver de madeira 
e um punhal de taquareira  
que eu mesmo falquejei.
Estas eram minhas "leis"
nas rusgas de brincadeira.  

Eu tinha gado de osso, 
carro de lomba, tampinhas,
trem de latas de sardinhas
e um bodoque no pescoço.
Um petiço pra ir no poço 
buscar água em duas pipas.
Mas que infância bendita,   
que vida, que tempo nobre.
Se de patacas foi pobre 
de liberdade foi rica.

Hoje a infância das crianças
cruza os céus sem bater asas
porque sem sair das casas
andejam de toda trança.
É que lhes veio esta herança 
da internet e seus favores. 
O mundo, com suas cores, 
se vem pra dentro do lar
no botão de um celular,
ou pelos computadores. 

Não que isto esteja errado, 
ao contrário, acho bonito,   
copiar, colar um escrito,
games, jogos e outros legados.
No dedilhar de um teclado
de tudo se tem noção.
Mas falta o aperto de mão,
o conversar com as pessoas,
o banhar-se nas lagoas, 
os pés nus roçando o chão.  

Cada infância tem seu tempo,
cada vida a sua história... 
Feliz quem traz na memória  
belos e ternos momentos. 
Não maldigo nem lamento 
comparo por comparar...
Outra era, outro lugar, 
outras maneiras de afeto,
só te desejo, meu neto, 
que não deixes de sonhar.

O que me dói de verdade,
ao se falar de infância, 
é a humana ignorância
de quem castra a liberdade.
É a escravidão, a maldade, 
a exploração em segredo,
os orfanatos, o medo, 
a pobreza por destino, 
a turba de pequeninos 
que não conhecem brinquedo. 

Infância... tinha que ser   
rodeada de coisas boas, 
verões de sol e garoa,
sem certezas, só viver.
A infância é um bem querer 
que não devia ter fim.
Ao me ver sisudo assim
pergunto as minhas lembranças
aonde andará a criança



sábado, 11 de outubro de 2025

 


ATENÇÃO POETAS E COMPOSITORES

(ou amantes da arte poética e musical)  

DOIS BONS FESTIVAIS PELA FRENTE




Acontecerá no dia 15 de novembro de 2025 o 3º Parador da Poesia Crioula na cidade fronteiriça de Bagé. A organização é do abnegado declamador e batalhador cultural Chico Azambuja. Quem lida com eventos de poesia tem nosso reconhecimento pois a gauchada prefere gaita e cantoria. O homenageado desta edição é o poeta Edilson Villagran Martins. 





O segundo evento ao qual nos reportamos nesta postagem é a Mãe dos Festivais, ou seja, a Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, agora em sua 47ª edição, que abriu sus inscrições no dia de ontem. 

O que chama a atenção no regulamento além da limitação do número de trabalhos é que somente os autores da letra ou da melodia possam efetuar a inscrição. Isso evita inscrições por terceiros aonde os autores não autorizaram ou, pior, nem tomaram conhecimento que uma obra sua foi inscrita.  


 

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

 


"O TEMPO E O VENTO" 

TERÁ CONTINUIDADE EM 

"O RETRATO"



Um dos mais belos filmes produzidos no Rio Grande do Sul terá continuação: "O Tempo e o Vento" (2013). A novidade foi revelada em Porto Alegre pelo diretor Jayme Monjardim, ao lado do ator Thiago Lacerda e da escritora e roteirista Leticia Wierzchowski, na noite de quarta-feira. O trio participou de um bate-papo no Teatro Simões Lopes Neto, seguido pela exibição do longa com trilha sonora ao vivo.

Thiago, que interpretou Capitão Rodrigo na primeira versão, inspirada em "O Continente", voltará na pele de Dr. Rodrigo Cambará na sequência da saga de Erico Verissimo, "O Retrato". Diante do teatro lotado, Jayme deu o recado aos netos do autor, que estavam na plateia: "Pedro e Fernanda, se preparem: vamos procurar vocês!"

O Retrato é o segundo volume da trilogia de Érico Veríssimo, publicado em 1951. A obra narra a saga da família Terra Cambará, acompanhando sua evolução social e política, e a história do Rio Grande do Sul até 1945.

A narrativa acompanha a juventude e a trajetória de Rodrigo Cambará, suas ideias políticas e sua vida pessoal.

O Tempo e o Vento foi filmado em Bagé, na Cidade Cenográfica de Santa Fé. O local foi um dos pontos turísticos mais visitados na década de 2010. No entanto, devido à ação do tempo e pelo material utilizado, a estrutura ficou deteriorada. Ações buscam a construção de prédios em alvenaria para remontar os imóveis e paisagem da época. Monjardim não falou se haverá filmagens em Bagé novamente.

Com informações de GZH

Foto: Acervo Globo Filmes



 


quinta-feira, 9 de outubro de 2025

 


A VELHA CAVALARIA DE GUERRA


Soldados russos na guerra da Ucrânia 

A história nos mostra que os maiores exércitos do mundo tiveram em suas fileiras grandes cavalarias, conquistando suas maiores vitórias através das quatro patas dos cavalos. 

Mouros, Cavaleiros Templários, Saladino, Átila, Gengis Khan, povos Bárbaros, enfim, os grandes conquistadores levavam por diante embates épicos no lombo dos animais. 

Foi assim, com uma cavalaria forte e hábeis soldados conhecedores de suas montarias que os Farroupilhas enfrentaram por 10 anos todo o império brasileiro. 

Pois agora a Rússia, após utilizar os mais modernos equipamentos bélicos como mísseis, tanques, aviões e até drones contra a Ucrânia, estão apelando para a velha cavalaria. 

Pelas fotos que circulam nas redes sociais os pobres dos cavalos carregam dois soldados cada um. Isto me fez lembrar um cartum do Fontanarossa que postamos aqui há pouco tempo e que republicamos abaixo. 

Fontanarossa

       


quarta-feira, 8 de outubro de 2025

 


CAMPEANDO A VOLTA



No coração de Newcastle upon Tyne, quase disfarçada entre pedras e ervas, repousa uma relíquia que atravessou silenciosamente séculos de história: a Lowping-on Stone.

À primeira vista, parece apenas um bloco irregular, desgastado pelo tempo. Mas durante gerações, teve um propósito simples e nobre — ajudar viajantes a montar seus cavalos. Numa era em que as ruas eram dominadas por estábulos e pousadas, esta pedra servia de apoio para quem partia em longas jornadas, carregando sonhos, mercadorias e histórias.

Uma fotografia de 1880 revela a pedra em seu antigo cenário: diante da Pousada Golden Lion, ponto de descanso popular entre cavaleiros e comerciantes. Dois anos mais tarde, os edifícios foram demolidos — mas a pedra permaneceu, imóvel e teimosa, como se se recusasse a desaparecer com o passado.

O que torna a Lowping-on Stone fascinante é justamente sua humildade. Não é um monumento construído para ser lembrado, nem uma escultura feita para ser admirada. É um objeto comum que sobreviveu à passagem do tempo, um fragmento de memória de uma cidade em constante transformação — quando os cascos dos cavalos ditavam o ritmo do comércio e da vida.

Hoje, cercada por carros, transeuntes e prédios modernos, ela continua ali — silenciosa, firme, guardando o eco distante de cascos sobre a pedra, o murmúrio dos viajantes e o cheiro de feno das antigas estalagens.

Em sua simplicidade, a Lowping-on Stone recorda-nos que até o mais modesto dos objetos pode se tornar um guardião eterno da história — testemunha muda de tudo o que o tempo não conseguiu apagar.

Extraído do site: sobre literatura

Nota do Blog: Nos meus últimos tempos de cavalgadas eu já precisava procurar uma elevação no terreno para montar. Meu mouro velho era alto e não parava. Alguns ginetes até preferem um flete arisco na hora de montar só para poderem "campear a volta", ou seja, utilizar o movimento do cavalo a seu favor.  

Conheci parceiros que carregavam um banquinho na camionete para as horas de precisão. Outros que usavam dois estribos do lado de montar, tipo uma escadinha. 

Mas esta história da pedra, escrita acima, realmente é interessante. 


    


terça-feira, 7 de outubro de 2025

 


BEM ASSIM 




segunda-feira, 6 de outubro de 2025

 


REPONTANDO DATAS 

06 DE OUTUBRO 


Num dia 06 de outubro, do ano de 1998, morria em Santa Maria o grande cantor missioneiro Noel Borges do Canto Fabrício da Silva, o Noel Guarany






 

AS MÁS INFLUÊNCIAS 


Influenciadora "Vó do Grau" e Baitaca

Na minha opinião todo o artista, por mais autentico que seja, deve manter uma linha em relação ao público que o admira. Não foi o que aconteceu na foto acima com o Baitaca. Na linguagem universal o dedo do meio está mandando alguém tomar no .....

Dizem que tal gesto é uma marca registrada da influenciadora Vó do Grau (aliás todo mundo virou influencer hoje em dia. Acho que até eu sou rsrsr). 

Não importa. A imagem que fica é a do Baitaca, um artista reconhecido e com milhares fãs e não a da tal Vó do Grau. Tanto é verdade que a imagem viralizou e divide opiniões. Uns acham que foi apenas uma brincadeira e outros, uma grande falta de respeito. 

       





domingo, 5 de outubro de 2025

 


HOJE É DOMINGO


E TEM FUTEBOL PELO INTERIOR DO MEU 
RIO GRANDE VELHO




Depois daquele assalto que fizeram ontem no meu tricolor lá em Bragança, resta ir assistir a partida no interior da minha terra. Ali, um juiz como aquele não fazia o que fez. 

Nove horas da matina. Na costa do Capão do Enforcado a cancha está preparada. Só falta botar as redes que vem chegando de carroça. O cal já foi largado por de riba do capinzal seco. O time do Boqueirão se prepara para receber o Canela Preta, escrete formado, em sua maioria, pela peonada da Estância São Gregório. A rivalidade já vem dos torneios de laço da região.
 
O arqueiro do Boqueirão, o Mão de Pilão, já adiantou que se perderem nas quatro linhas, ganham no jogo do osso, no truco cego, no cuspe a distância.... Na capela o vigário dá um apurão no seu sermão dominical pois percebe que os beatos estão impacientes, em virtude da grande peleja.
 
Nos preparatórios, o capitão do Boqueirão, o Sete Facadas, beque que visa mais a medalhinha do atacante adversário do que a própria bola, utiliza seu cigarro de palha e fumo crioulo para acender um a um os foguetes armazenados em duas caixas, num chamamento do vizindário.

Os políticos aproveitam a ocasião para despejar suas promessas. Outros atam negócios, carreiras, serenatas. No balcão do galpão de costaneiras, misto de vestiário e bolicho, a canha e o pastel correm soltos.

Depois da contenda, com qualquer resultado, haverá churrasco assado na vala, cantoria e muita rancheira.

Enquanto no resto do mundo os jogadores que ganham milhões perderam a identidade e o amor a camiseta, por aqui os atletas dão a vida pelos seus escretes.

Este é o futebol na costa da restinga do interior do meu Rio Grande. Que assim permaneça por muito tempo.


 


PRATO DO DOMINGO - ROUPA VELHA



Nome do Prato: ROUPA VELHA

• Tempo de preparo: 1 hora

• Ingredientes l/2 kg de charque 2 colheres de sopa de óleo 1 cebola média picada 1/2 xícara de farinha de mandioca tempero verde à vontade manjerona 2 dentes de alho sal e pimenta a gosto.

• Modo de preparar Carne ou charque (se for charque,deve-se tirar bem o sal). Corte em pedaços, coloque óleo em uma panela média e acrescente todos os temperos picados. Refogue-os até que desmanchem. Retire do fogo, coloque a panela em cima de um lugar firme e com o socador de feijão, ou no pilão, acrescente a farinha de mandioca e bata com a mão de pilão até desfiar toda a carne. Depois de fria, conserve em lugar fresco. Dura mais ou menos 10 dias.

Também serve de aperitivo, com café ou chimarrão, ou para a guarnição de pratos variados.


sábado, 4 de outubro de 2025

 

REPONTANDO DATAS 

04 DE OUTUBRO 


Num dia 04 de outubro do ano de 1836 Bento Gonçalves da Silva e sua tropa é derrotado no combate da Ilha do Fanfa, no Rio Jacuí. Neste episódio morre o Cabo-Rocha, o primeiro farrapo a entrar em Porto Alegre na madrugada do dia 20 de setembro de 1835. Bento Gonçalves é preso pelo seu falso amigo Bento Manuel Ribeiro e mandado para a prisão no Rio de Janeiro.

Também num dia 04 de outubro, mas no ano de 1879, morria no Rio de Janeiro Manuel Luiz Osório, gaúcho Patrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro.



 

HOJE TEM PELEIA EM CAZUZA

MOUROS X CRISTÃOS 


Foto: Marilise Pedroso Cesa

Cavalhada é uma celebração portuguesa tradicional que teve origem nos torneios medievais e as batalhas entre cristãos e mouros, algumas vezes com enredo baseado no livro Carlos Magno e Os Doze Pares da França, uma coletânea de histórias fantásticas sobre esse rei. No Brasil, registram-se desde o século XVII nas regiões Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Os personagens principais são os cavaleiros, vestidos de azul (cristãos) ou vermelho (mouros) e armados de lanças e espadas. A corte é representada por personagens como o rei, o general, príncipes, princesas, embaixadores e lacaios, todos vestidos com ricas fantasias. 

No Rio Grande do Sul existiam grupos de Cavalhadas em Vacaria, Mostardas, Caçapava, Santo Antônio da Patrulha e São Francisco de Paula, município na serra gaúcha que ainda mantém esta tradição na localidade de Cazuza Ferreira.

Pois hoje, 04 de outubro, este folguedo acontecerá novamente inclusive com arquibancada coberta para conforto dos assistentes, num apoio fundamental da prefeitura de São Chico.



sexta-feira, 3 de outubro de 2025

 


É TRISTE MAS VERDADEIRO 




Quanto mais eu adentro nos meandros festivaleiros mais eu entristeço com o que fico sabendo.




 


REPONTANDO DATAS 

03 DE OUTUBRO



No dia 03 de outubro de 1930 tem início a Revolução Liberal. Foi a única vez que Chimangos e Maragatos se uniram para pelear juntos. Chegaram ao Rio de Janeiro e amarraram seus cavalos no obelisco da Av. Rio Branco colocando no Palácio do Catete, como Presidente da República, Getúlio Dornelles Vargas, que lá permaneceu até 1945. 

Também num dia 3 de outubro mas no ano de 1989, a atual constituição do Rio Grande do Sul, com seus 268 artigos, era promulgada. Esta foi a quinta constituição de nosso Estado isto sem contar o projeto de constituição da República Rio-grandense de 1843, elaborada pelos farroupilhas na cidade de Alegrete, talvez a mais completa de todas e que, infelizmente, jamais foi promulgada. 


     

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

 

UM HINO QUASE PARANDO


Nestas festividades de setembro em diversas oportunidades nosso hino rio-grandense ecoou aos sete ventos do Estado e fora dele.

Ocorre que em vários lugares colocam para rodar a versão interpretada pelo ótimo cantor Wilson Paim que é bonita, mas seu ritmo melódico é bem mais lento, ou seja, é a sua forma artística e pessoal de interpretar. Já o hino original é vibrante.

O que acontece? Enquanto o hino eletrônico citado está em uma “rotação” mais baixa, o público já anda cantando lá na frente. Fica desparelho, descompassado, feio.

Fica a dica. Nestas solenidades coloquem a versão oficial.  


quarta-feira, 1 de outubro de 2025

 


O EMBAIXADOR ESTEVE AQUI

e me trouxe um pala de regalo



Aquele a quem chamo de Embaixador da Tradição Gaúcha nos pagos de Santa Catarina, especialmente na região de Fraiburgo, Osmar Ransolin, esteve, juntamente com seu filho Marco, visitando nossa Loja Maçônica Gaúchos Templários. Desta feita, me trouxe um pala de presente mandado confeccionar com as cores do grêmio, mesmo sendo um colorado da gema. 

Falta vocabulário para agradecer tanto carinho deste abnegado poeta e amigo. Como ele é um ótimo pajador, e mostrou isto em Loja ontem, fiz uma décima ao seu estilo: 


Um Tropeiro da Cultura

visitou nossa Oficina

lá de Santa Catarina 

trouxe paz e alma pura, 

oratória sem rasura,

trajetória, luta e sonho.

Tua amizade é um patrimônio

que trago dentro de mim

Irmão Osmar Ransolin

e seu filho Marco Antonio. 


     

terça-feira, 30 de setembro de 2025

 


O MELANCIA 


Bento Manuel Ribeiro

A Zero Hora de hoje, na coluna Almanaque Gaúcho do Leandro Staudt, traz uma bela matéria sobre Bento Manuel Ribeiro, o vira-casaca da Revolução Farroupilha, ou Melancia (verde por fora e vermelho por dentro) como o adjetivaram os republicanos, ou mesmo a pecha de traidor como o taxaram os mais exaltados. 

Nasceu em Sorocaba, SP, em 1783 e veio ao Rio Grande ainda criança com seu pai que era tropeiro. 

Aos 18 anos ingressou nos Dragões de Rio Pardo aonde ganhou destaque por seu conhecimento com os animais. Depois de lutar pelo império em guerras de fronteira ele começou a insurreição do lado farroupilha por discordar do então presidente da província Fernandes Braga. 

Depois de poucos meses passou para o lado imperial aonde liderou a defesa da cidade de Porto Alegre após a expulsão dos farroupilhas em 1836. Naquele mesmo ano comandou o cerco que prendeu Bento Gonçalves e outros rebeldes no combate da Ilha do Fanfa. 

De 1837 a 1839 voltou a integrar-se as tropas farrapas aonde obteve largas vitórias sobre o império. Terminou a guerra ao lado dos imperiais, novamente. 

Faleceu em Porto Alegre em 1855 reformado como Marechal do Exército Brasileiro. 

    


segunda-feira, 29 de setembro de 2025

 


HOJE NÃO É DIA DO AMIGO? 

NÃO TEM PROBLEMA !




POEMA A AMIZADE

(Albert Einstein)

 

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...

Mas, enquanto houver amizade,

faremos as pazes de novo.

 

Pode ser que um dia o tempo passe...

Mas, se a amizade permanecer,

um do outro há de se lembrar.

 

Pode ser que um dia nos afastemos...

Mas, se formos amigos de verdade,

a amizade reaproximar-nos-á.

 

Pode ser que um dia não mais existamos...

Mas, se ainda existir amizade,

nasceremos de novo, um para o outro.

 

Pode ser que um dia tudo acabe...

Mas, com a amizade construiremos tudo novamente.

Cada vez de forma diferente.

Sendo único e inesquecível cada momento

que junto viveremos e lembraremos para sempre.

 

Há duas formas para viver a vida:

 

Uma é acreditar que não existe milagre.

A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

 



domingo, 28 de setembro de 2025

 


QUEREM MATAR O "VÉIO"



Ontem a noite, 27, ao final da 10ª Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, passei por um dos momentos mais emocionantes da minha vida.  

O Piquete Fraternidade Gaúcha, entidade que organiza o evento e a qual tenho a honra de fazer parte, de surpresa, prestou-me uma linda homenagem através de um mapa do Rio Grande em granito e uma placa com os seguintes dizeres: 

"Homenagem ao Irmão Léo Ribeiro de Souza idealizador e organizador da Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, que na sua décima edição celebra o talento, a dedicação e o espírito fraterno deste irmão que manteve acesa a chama da tradição, da cultura e da maçonaria. 
Seu legado permanece, inspirando gerações a cultivar a poesia, e os valores eternos de nossa Ordem e de nosso pago.
 
Porto Alegre, 27 de setembro de 2025 

Patronagem 2024/2026"

Adivinhem se não chorei de fazer barro no chão.

 

 


PREMIADOS DA 10ª TERTÚLIA MAÇÔNICA

DA POESIA CRIOULA 


Aconteceu neste sábado, com grande sucesso de público e ótimo nível de poemas apresentados a Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, em sua 10ª edição, um dos poucos festivais neste segmento que ainda persistem no Rio Grande do Sul.

O evento é uma promoção do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, sendo organizado pelo Piquete Fraternidade Gaúcha.

O belo show de intervalo ficou ao encargo do músico Marcello Caminha. 

A Comissão Avaliadora composta por Moisés Silveira de Menezes, Osmar Ransolin e Pedro Darci escolheram os seguintes trabalhos, recitadores e amadrinhadores que fizeram jus aos prêmios. 


LINHA MAÇÔNICA  


1º Lugar: O ÚLTIMO MUURIPÁ

Autor: Cândido Brasil 

Intérprete: Cândido Brasil 

Amadrinhadores: Magno Charrua e Marcello Caminha


2º Lugar: MEU TIRADOR

Autor: José Luiz dos Santos 

Intérprete: Luiz Eduardo Lima 

Amadrinhador: Felipe Leal Rodrigues 


Melhor Poesia: O Último Muuripá

Autor: Cândido Brasil


Melhor Intérprete: Luiz Eduardo Lima 

Poema:  Meu Tirador


Melhor Amadrinhador: Magno Charrua / Marcello Caminha

Poema: O Último Muuripá 


LINHA NÃO MAÇÔNICA


1º Lugar: PASSIONAL 

Autor: José Hilário Ajalla Retamozo (in memorian)

Intérprete: Romeu Weber 

Amadrinhador: Fernando Graciola


2º Lugar: DONA NOCA E SEU RAMÃO

Autor: Matheus Marchezan Bauer

Intérprete: Pedro Junior da Fontoura

Amadrinhador: Kayke Mello


Melhor Poesia: Passional 

Autor: José Hilario Ajalla Retamozo (In Memoriam)


Melhor Intérprete: Silvana Andrade

Poema: Caminhos de Mim

 

Melhor Amadrinhador: Fernando Graciolla 

Poema: Sombra Santa


Melhor Tema Maçônico: OS ARQUITETOS DA LUZ

Autor: Tatiane da Rosa Crestani


Melhor Indumentária: José Estivalet