REPONTANDO DATAS - 16 DE SETEMBRO
No dia 16 de setembro, do ano de 1840, nascia em São Luis de Mostardas, localidade de São Simão, Mostardas, RS, Domênico Menotti Garibaldi, único filho gaúcho do casal Anita e Giuseppe Garibaldi.
REPONTANDO DATAS - 16 DE SETEMBRO
No dia 16 de setembro, do ano de 1840, nascia em São Luis de Mostardas, localidade de São Simão, Mostardas, RS, Domênico Menotti Garibaldi, único filho gaúcho do casal Anita e Giuseppe Garibaldi.
SETEMBRO, O MÊS DA TRADIÇÃO
E DOS FIASCOS
O mês de setembro deveria ser comemorado por nós, gaúchos, apenas como reverência aos feitos históricos de nossos antepassados. Mas não. Nos tempos da internet temos visto vídeos de brigas e bebedeiras por este Rio Grande afora. Tais "documentários" são compartilhados para todo o Brasil.
Aqui no acampamento farroupilha de Porto Alegre gravaram até um gaúcho a cavalo dentro do parque (pensei que era proibido) batendo de relho num vivente (e depois apanhando do próprio), afora brigas homéricas até mesmo de mulheres. Nos poucos dias que lá estive achei muito fraca a segurança.
Mas estas fanfarronadas não são privilégios da capital. Ocorrem por todo o lugar aonde alguém bota uma faca na cintura, uma bombacha, toma uns tragos e se acha mais homem do que os outros.
Claro que isto são exceções mas as coisas boas, que são inúmeras, não tem o alcance midiático de uma estrepolia.
UM MOMENTO LÚDICO
As comemorações farroupilhas deste ano de 2025 tem sido intensas em todos os sentidos por todas as querências. Até mesmo em outros países o culto às nossas tradições estão redivivas. Aonde estiver um gaúcho o Rio Grande estará com ele.
Talvez todo este entusiasmo ainda seja fruto das enchentes, ou seja, saímos de um pago alagado para recuperamos nosso brio e a honra de preservarmos nossos costumes. Bailes, acampamentos, cavalgadas, desfiles, espetáculos musicais, palestras, tudo é motivo para carregarmos com orgulho o pavilhão de nossa terra.
E muitos acontecimentos nos chamam a atenção.
Sábado estive no Acampamento Farroupilha em Porto Alegre e assisti a um momento emocionante. Uma prenda com deficiência visual guardava a Chama Crioula no galpão da Prefeitura Municipal com um garbo, um entono, um orgulho que poucas vezes eu vi igual.
Ela não via o que estava em sua volta mas tenho certeza que sentia aquela Chama lhe aquecer a alma.
Não quis fotografar pois não sei se seria o caso, mas gostaria de saber quem é esta prenda e a entidade que representa.
O TURISMO GAUDÉRIO ACORDOU?
O Rio Grande do Sul tem uma das maiores e mais autênticas culturas nativas do país. Isto é um fato. No entanto, nunca foi explorada corretamente como segmento de atração turística. Sempre fizemos cultura para nós mesmos, ao contrário de Estados como Pernambuco e Bahia, por exemplo. Quando desembarcamos nos aeroportos destas localidades logo percebemos aonde estamos chegando. Por aqui, nada a não ser um antigo senhor que, há muitos anos atrás, ficava oferecendo uma cuia de mate aos viajantes.
Agora, parece que a coisa está mudando. Seria pela troca de Secretário da Cultura aliada a Secretaria de Turismo que enxergam nos costumes regionais a nossa verdadeira identidade? Pode ser.
A verdade é que estamos notando algumas mudanças nesta direção de valorização das tradições gaúchas.
Apenas dois exemplos: A segunda cidade mais visitada pelo turismo nacional, Gramado, somente se preocupava com páscoa, natal luz, festival de cinema... Agora, dedica sua famosa rua coberta para apresentações de danças, músicas, gastronomia, tudo voltado para mostrar aos visitantes um pouco da nossa cultura raiz. Isto repercute positiva e nacionalmente como podemos apreciar no Jornal Nacional da Rede Globo na noite de ontem. Da mesma forma, quem desembarca em nosso lindo e remodelado aeroporto Salgado Filho, pode apreciar, no receptivo, um grupo de prendas e peões dando as boas-vindas através da dança e da música numa atividade do projeto O Sul Tchê Espera, da Setur em parceria com a Fraport.
Sim, eu sei que tudo tem a ver com nosso mês do gaúcho, mas antes nada acontecia mesmo no forte de setembro.
Esperamos que mais atividades do tipo se realizem porque a indústria do turismo (sem fumaça) é uma das que mais cresce no mundo. Falta, ainda, a conservação de nossos monumentos que estão num desleixo total, uma casa do gaúcho que funcione o ano inteiro com oficinas e atividades artísticas, um museu do gaúcho, um grupo folclórico permanente bancado pelo governo... mas, enfim, parece que demos o primeiro bocejo desta longa letargia.
VIKINGS DE BOMBACHA
O
Acampamento Farroupilha Mais ao Norte do Mundo reúne mais de 150 gaúchos em Oslo, na Noruega.
Hoje,
sábado, dia 13 de setembro, a Noruega receberá mais uma grande celebração da
tradição gaúcha. Mais do que uma simples festa, trata-se também de um
reencontro de identidades: um momento em que a saudade da terra natal se
transforma em alegria coletiva, fazendo ecoar, em plena Escandinávia, o orgulho
de ser e pertencer ao estado do Rio Grande do Sul.
O
Acampamento Farroupilha Mais ao Norte do Mundo chegará à sua 6ª edição reunindo
mais de 150 gaúchos e gaúchas de todas as querências, vindos da Noruega e de
diversos países da Europa. O evento será realizado em uma propriedade rural na
região metropolitana de Oslo, com uma programação intensa marcada pelo
tradicional assado de fogo de chão, música gaúcha e muitas atividades campeiras
– recriando o verdadeiro espírito do Acampamento Farroupilha em plena Escandinávia.
Organizado
pelo grupo Vikings de Bombacha – formado por amigos gaúchos que vivem na
Noruega –, o evento tem caráter 100% comunitário e já se consolidou como um dos
mais autênticos encontros tradicionalistas fora do Brasil. Para esta edição, além
da expectativa de mais um baita “ajuntamento”, afinal até familiares que moram
no RS estão atravessando o mundo para se juntarem à festa, os organizadores
sonham em repetir o que ocorreu no ano passado, quando foram surpreendidos com
um verdadeiro “presente de Deus”: a visita da aurora boreal, fenômeno natural
que frequentemente ilumina os céus do norte do mundo.
Sobre
os Vikings de Bombacha
Mantendo
viva a chama da tradição gaúcha mesmo a 11.000km de casa, os Vikings de
Bombacha reúnem-se desde 2020 e não promovem apenas o Acampamento Farroupilha
Mais ao Norte do Mundo, mas realizam diversos outros encontros entre amigos.
Em
2024, os Vikings de Bombacha foram oficialmente nomeados pelo Governo do Rio
Grande do Sul como Embaixadores Honorários do Estado, em reconhecimento aos
destacados serviços prestados na difusão do tradicionalismo e da cultura gaúcha
além fronteiras.
Compartilhando
ativamente o dia a dia e o cotidiano do gaúcho na Noruega, eles mantêm ativo o
perfil @vikingsdebombacha, canal oficial do grupo e que já conta com quase 25
mil seguidores no Instagram.
Fonte:
Vikings de Bombacha.
e-mail: vikingsdebombacha@gmail.com.
EM MEIO A GUERRA DOS FARRAPOS
Por: Jaime Ribeiro
Parabéns
pelo aniversário de fundação de PASO DE LOS LIBRES. 12 de setembro 1843 (182 anos).
Recentemente
foi redescoberto o obelisco que retrata o local exato aonde, no dia 31 de março
de 1843, 108 soldados correntinos comandados pelo general Joaquin Madariaga,
sobreviventes das peleias com o governo de Juan Manuel de Rosas, acamparam ao
cruzarem o Rio Uruguai, vindos de volta de Uruguaiana, dando origem ao nome
"Paso de Los Libres" que, inicialmente chamava-se Paso dos 108. O
obelisco encontra-se nas imediações do aeroporto de Libres.
ATA QUE PROCLAMOU A
REPÚBLICA RIO-GRANDENSE
No dia 12 de setembro de 1836, dois dias após a fulgurante vitória na Batalha do Seival, enquanto ainda enterravam seus mortos e curavam suas feridas, foi redigida a famosa ata que registrou a vontade dos Farrapos em relação a proclamação da República Rio-Grandense.
Eis uma resenha sobre o tema, extraída do livro de Walter Spalding pelo pesquisador Paulo Mena:
"Os soldados deliraram de
entusiasmo e as aclamações pareciam não terminar mais. Momentos depois, ali no Passo das Pedras, comemorava-se no meio da mais franca cordialidade, com um
grande churrasco, a magna data. E não faltaram, também, os improvisos.
Violas e gaitas faziam-se ouvir nas
notas da «Tirana....
Mas os versos eram outros: celebravam a data e celebravam o herói:
Dia 12 de setembro
dia grato e soberano,
em que no Seival soou
o grito republicano!
Na tarde do mesmo dia 12, enquanto
os soldados se distraiam pelo acampamento, reuniram-se os oficiais e
comandantes na barraca do coronel Neto, já promovido a general por aclamação
unânime de seus companheiros e comandados, para se deliberar definitivamente
sobre os sucessos do dia. Dessa reunião e do que nela se tratou foi lavrada a
seguinte Ata:
Bravos companheiros da 1ª Brigada
de Cavalaria!
Ontem obtivestes o mais completo triunfo sobre
os escravos da Corte do Rio de Janeiro, a qual, invejosa das vantagens locais
de nossa província, faz derramar sem piedade o sangue de nossos compatriotas,
para deste modo fazê-la presa de suas vistas ambiciosas. Miseráveis! Todas as
vezes que seus vis satélites se têm apresentado diante das forças livres, têm
sucumbido, sem que este fatal desengano os faça desistir de seus planos
infernais. São sem número as injustiças feitas pelo Governo. Seu despotismo é o
mais atroz. E sofreremos calados tanta infâmia? Não, nossos companheiros, os
rio-grandenses, estão dispostos, como nós, a não sofrer por mais tempo a
prepotência de um governo tirânico, arbitrário e cruel, como o atual. Em todos
os ângulos da província não soa outro eco que o de independência, república,
liberdade ou morte. Este eco, majestoso, que tão constantemente repetis, como
uma parte deste solo de homens livres, me faz declarar que proclamemos a nossa
independência provincial, para o que nos dão bastante direito nossos trabalhos
pela liberdade, e o triunfo que ontem obtivemos, sobre esses miseráveis
escravos do poder absoluto.
Camaradas! Nós que compomos a 1ª
Brigada do Exército Liberal, devemos ser os primeiros a proclamar, como
proclamamos, a independência desta província, a qual fica desligada das demais
do Império, e forma um estado livre e independente, com o título de República
Rio-grandense, e cujo manifesto às nações civilizadas se fará competentemente.
Campo dos Menezes, 11 de setembro
de 1836 – Antônio de Sousa Neto, coronel-comandante da 1ª brigada.”
Então
Neto, agora aclamado General, toma a palavra e proclama a república:
“Camaradas! Gritemos pela primeira vez: viva a República Rio-grandense!
Viva a independência! Viva o exército republicano rio-grandense!”
11 DE SETEMBRO DE 1836
PROCLAMAÇÃO DA
REPÚBLICA RIO-GRANDENSE
REPONTANDO DATAS
No dia 08 de setembro de 1801 o riopardense Borges do Canto e seu imediato Gabriel de Almeida,
comandando 200 militares e mais 300 índios retoma as missões dos castelhanos
para o Brasil.
Também num dia 08 de setembro mas no ano de 1860 ocorreu atentado a punhal (por um escravo liberto) contra o farroupilha
Antônio Vicente da Fontoura, no interior da igreja Nossa Senhora da Conceição,
em Cachoeira do Sul.
Em 08 de setembro de 1907 nasce
Neste dia e mês, no ano de 1915, no Rio de Janeiro, é assassinado pelas costas o gaúcho, então
senador, José Gomes Pinheiro Machado, o Pai da República dos Estados Unidos do
Brasil.
Já em 08 de setembro de 1980 morre em Porto Alegre o Grande Poeta João da Cunha Vargas, um dos vates mais autênticos do Rio Grande do Sul.
Num dia 08 de setembro do ano de 2009 morria José Lewis Bicca, compositor
parceiro de Rillo e fundador dos Angueras, de São Borja.
ESCOLA DE SAMBA PORTELA
ASSISTE A CHEGADA DA CHAMA NO ACAMPAMENTO
A
Chama Crioula chegou no final da manhã de domingo ao Acampamento Farroupilha,
no Parque Harmonia, em Porto Alegre, a partir dos cavalarianos, sob clima
festivo e olhares atentos do público. Ela permanece guarnecida no Acampamento
Farroupilha até o próximo dia 20, quando ocorre a celebração da Revolução
Farroupilha. Chamou a atenção, pela primeira vez na histórias do Acampamento na
Capital, a presença de uma comitiva de 16 integrantes da escola de samba
Portela, do Rio de Janeiro, que, no Carnaval do próximo ano, levará à Marquês
de Sapucaí a cultura afro-gaúcha.
A
Portela é a maior vencedora do Carnaval da cidade, um dos maiores do mundo. São
22 títulos da agremiação. Segundo a secretária Municipal de Cultura, Liliana
Cardoso, este foi um “momento histórico”. “Entregamos a bandeira da Capital de
todos os gaúchos, para que eles adentrem à Sapucaí e levem o nome da nossa
Porto Alegre, dos nossos lares, da nossa história. As culturas populares são
uma cultura só”, destacou ela.
Um
dos diretores de Carnaval da Portela, Júnior Schall, disse que a agremiação
buscará levar à festa carioca as vozes da cultura gaúcha. “Realmente
reafirmamos nossa missão, enquanto escola de samba, de multiplicar a cultura do
país através da força que tem nosso Carnaval. Quando a gente vem aqui, vai no
Mercado Público de Porto Alegre, a gente é acolhido por tantas
representatividades da cultura afro-gaúcha, e realmente entendemos que podemos
captar um pouco de tudo isso”, comentou ele.
Para
o secretário estadual de Turismo, Ronaldo Santini, o governo trabalha para que
a programação do mês Farroupilha seja cada vez mais intensa, atraindo
justamente turistas de fora do Rio Grande do Sul. “A ideia é que as pessoas
tenham a experiência de viver um pouco da nossa cultura e nossa história.
Precisamos fazer com que todos entendam que temos no mundo gaúcho este conceito
de união, e o povo do Rio Grande admira a todos que por aqui passam”, disse.
A diretora da GAM3 Parks, concessionária responsável pelo Parque Harmonia, Carla Deboni, disse que, pela primeira vez, o Acampamento pôde ser organizado pela empresa “sem nenhuma intercorrência”. “Conseguimos organizar esta parte de piquetes para aumentar o número e sempre será o trabalho da concessionária conseguir adequá-los cada vez melhor, eles que são o centro desta festa. Com chuva ou sem chuva, o Acampamento Farroupilha é sempre um sucesso, porque os piquetes têm suas programações, e quem vive este evento não se acanha com as precipitações”, disse ela.
Fonte: Jornal Correio do Povo
HÁ 78 ANOS NASCEU A REAL
CHAMA CRIOULA
No
dia 7 de setembro de 1947, à meia noite e antes de extinguir o “Fogo Simbólico
da Pátria” que queimava na pira, Paixão Côrtes, Fernando Machado Vieira e Cyro
Dutra Ferreira, retiraram a centelha que originou a primeira “Chama Crioula”
que ardeu em um candeeiro crioulo até a meia noite do dia 20 de setembro, no
Colégio Estadual Júlio de Castilhos, quando foi extinta no primeiro baile
gaúcho por eles organizado no Teresópolis Tênis Clube. Unidos pela força de
amor à terra e pelo poder do fogo, os gaúchos decidiram manter acessa essa
chama ano após ano.
Esta é a verdadeira origem da Chama Crioula. Uma pena que ninguém mais repete este gesto preferindo outras pirotecnias que dão mais visibilidade.
POESIAS CLASSIFICADAS
REMEMORANDO A HISTÓRIA
A
Independência do Brasil foi o processo de emancipação política do país de
Portugal, consolidado em 7 de setembro de 1822 com o "Grito do
Ipiranga", proclamado por D. Pedro. Este evento marcou o fim do domínio
português e o início da monarquia brasileira, chefiada por D. Pedro I. No
entanto, a independência foi resultado de um processo complexo que começou com
a Revolução Liberal do Porto em Portugal, a qual forçou D. João VI a voltar
para a Europa e tentou restabelecer o controle sobre a colônia, levando a um
descontentamento crescente no Brasil.
As
Causas da Independência
Revolução
Liberal do Porto (1820):
Esta
revolução em Portugal exigiu reformas políticas e econômicas, mas também visava
reverter a autonomia que o Brasil havia conquistado durante o Período Joanino.
As Cortes portuguesas passaram a exigir que D. João VI retornasse a Portugal e
o restabelecimento do monopólio comercial.
Conflito
de Interesses:
Os
interesses entre a metrópole (Portugal) e a colônia (Brasil) tornaram-se
irreconciliáveis, impulsionando o movimento pela independência.
Resistência
no Brasil:
Havia
grande insatisfação no Brasil com as ordens vindas de Portugal, especialmente a
partir do retorno da Corte para Lisboa em 1821.
O
Processo de Emancipação
Período
Joanino:
A
transferência da Corte para o Brasil, em 1808, trouxe mudanças significativas que
permitiram ao Brasil desenvolver sua própria autonomia e identidade.
Revoltas
Regionais:
Movimentos
como o Movimento Constitucionalista de 1821 em Pernambuco (a Convenção de
Beberibe) foram os primeiros a expulsar os exércitos portugueses, demonstrando
uma crescente resistência à autoridade de Portugal.
O
"Grito do Ipiranga"
A
Proclamação:
Em
7 de setembro de 1822, o Príncipe Regente D. Pedro proclamou a Independência do
Brasil às margens do Rio Ipiranga, um ato que, apesar de ter sido envolto em
certa dramaticidade e até mitos, simbolizou o rompimento final com Portugal.
O
Novo Regime:
A
independência consolidou o Brasil como uma nação soberana, com um regime
monárquico liderado por D. Pedro I.
A
Independência não foi apenas o ato de 7 de setembro, mas sim um longo processo
de luta e negociação que culminou na separação formal entre Brasil e Portugal,
estabelecendo o Brasil como uma nação independente.
UM GESTO DE VALOR IMENSURÁVEL
O
cavalo Crioulo Estupendo Marca dos Santos, conhecido como Loirinho, foi
arrematado por R$ 320 mil durante o Leilão Genética Liberdade, realizado na 48ª
Expointer, em Esteio. O remate foi promovido pelo ex-lutador e embaixador do
UFC, Rodrigo Minotauro Nogueira, e teve todo o valor revertido para a
construção de casas destinadas a famílias atingidas pelas enchentes no Rio
Grande do Sul em 2024.
A
compra foi feita pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em parceria com
a Estância Liberdade, que dobrou o valor final do lance, e o Instituto Sou de
Fazer. O animal se juntará ao Caramelo, símbolo da resiliência gaúcha, na
fazenda-escola da instituição. Durante a entrega, Minotauro também presenteou a
Ulbra com réplicas de dois cinturões de campeão mundial.
Com
10 anos e 513 quilos, Loirinho acumula conquistas expressivas, como o título do
Potro do Futuro da ABCCC em 2018 e participações em competições nos Estados
Unidos. “Não vamos apenas reconstruir casas. Queremos criar oportunidades
através da educação e do esporte”, destacou Minotauro, que lidera o projeto
solidário Fight For Life ao lado do irmão, Rogério Minotouro.
TOBIAS DA SILVA
UM HERÓI ESQUECIDO
A Revolução Farroupilha foi um dos mais significativos movimentos de resistência e afirmação regional da história do Brasil, destacando-se pela luta dos gaúchos por maior autonomia política e justiça fiscal diante do governo imperial. Nesse contexto, surgiram figuras históricas de grande relevância, cujas ações marcaram profundamente a identidade e a memória do povo sul-rio-grandense.
No panteão dos grandes nomes da Revolução Farroupilha, poucos personagens resplandecem com tanta bravura e honradez quanto Tobias Antônio dos Santos Robalo, mais conhecido como Tobias da Silva. Nascido por volta de 1802, em São José do Norte, e de origem jaguarense, Tobias foi pescador de ofício e comandante por vocação. À frente do curter farrapo "Minuano", uma pequena embarcação de um único mastro, ele escreveu com fogo, coragem e sacrifício uma das páginas mais heroicas da luta farroupilha.
No dia 28 de fevereiro de 1836, Tobias zarpou de Jaguarão rumo a Pelotas, encarregado de uma missão vital: transportar soldados, armas e mensagens estratégicas para o comando da causa republicana. Jurou aos seus, diante da esposa e dos filhos pequenos, que sua embarcação jamais cairia em mãos inimigas. E cumpriu esse juramento com a dignidade dos que preferem a morte à rendição.
Quando o Minuano surgiu na boca do Canal São Gonçalo, foi surpreendido por uma armadilha mortal: dez embarcações imperiais, armadas até os dentes, comandadas por Manuel Joaquim de Souza Junqueira, aguardavam em silêncio como predadores à espreita. Tobias, com apenas 18 homens a bordo e uma coragem imensurável no peito, não hesitou. Revidou o ataque com fúria, transformando sua frágil embarcação em símbolo de resistência. A luta desigual durou mais de uma hora sob o rugir dos canhões imperiais.
Mesmo cercado, sem munição e diante do ultimato inimigo, Tobias recusou a rendição. Viu nos olhos de seus companheiros a mesma decisão que ardia no seu coração: a liberdade não se entrega, se defende até o último suspiro. E assim, num gesto final de glória e sacrifício, lançou uma tocha no paiol do barco, fazendo explodir o Minuano em um clarão que ainda hoje ilumina a memória dos que lutaram por um ideal maior.
Tobias da Silva tombou, mas não foi vencido. Sua morte ecoou como exemplo de lealdade, coragem e amor à liberdade. Foi mais que comandante — foi mártir da Revolução Farroupilha, cujo espírito indomável permanece vivo no coração do povo gaúcho.
Resenha de Cássio Figueiró e Maxsoel Bastos
UMA FICÇÃO QUE VIROU "VERDADE"
NÃO! NÃO É SÓ GAITA,
TRAGO E CHURRASQUEADAS.
SOLDADO LÉO RIBEIRO
CORONEL LÉO RIBEIRO
Por vezes eu penso que nasci no tempo errado, de tanto que gosto da história da Revolução Farroupilha. Escrevi um livro sobre o tema.
Proseando com meu amigo e irmão de uma Ordem Maior Everton Branco, ele me disse: - Me manda uma foto tua que vou te transportar para essa época.
Dito e feito. Utilizando os recursos da Inteligência Artificial, brotou o coronel Léo Ribeiro.
Apenas algumas considerações que fogem da IA. Eu deveria estar de chiripá ou com uma calça mais justa. A bombacha chegou por aqui após a Guerra do Paraguai (1864-1870).
Na minha concepção e de acordo com meu caráter, eu seria um soldado comum mas abolicionista ferrenho.
EVOLUÇÃO DA INDUMENTÁRIA
PARTE II
A EVOLUÇÃO DA INDUMENTÁRIA