RETRATO DA SEMANA


quinta-feira, 13 de novembro de 2025

 


REPONTANDO DATAS

13 DE NOVEMBRO
 
NASCE JOÃO CEZIMBRA JACQUES
O PATRONO DO TRADICIONALISMO 



 

João Cezimbra Jacques nasceu em Santa Maria,RS, no dia 13 de novembro de 1848 e morreu no  Rio de Janeiro, 28 de julho de 1922.

Militar de Cavalaria, foi voluntário na Guerra do Paraguai aos dezoito anos, em 1867, servindo no 2º Regimento de Cavalaria. Lá permaneceu durante três anos e recebeu condecorações do Uruguai, Argentina e Brasil. Seu pai também participou da Guerra do Paraguai onde veio a falecer.

Em 1895 comandava o terceiro Esquadrão do terceiro Regimento de Cavalaria, foi instrutor da Escola Preparatória de Rio Pardo e do Curso D'Armas da Escola Militar do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Em 1901 passou para a reserva no posto de major. Era positivista, discípulo de Augusto Comte.

Pioneiro em várias áreas, foi o primeiro a publicar um livro em Santa Maria, participou da criação da Academia Rio-Grandense de Letras em 1901. Foi um dos fundadores do Partido Republicano Rio-Grandense em 1880. Fundador do Grêmio Gaúcho de Porto Alegre, em 22 de maio de 1898, sendo por isso considerado precursor do Movimento Tradicionalista Gaúcho e seu patrono.



quarta-feira, 12 de novembro de 2025

 

SOBRE O SONETO



Alguns dias atrás, em virtude do concurso de sonetos Nilza Castro promovido pela Estância da Poesia Crioula, registramos um breve comentário sobre a dificuldade de se fazer um bom soneto. 

Pois o Carlos Magno, o gaúcho melhor colocado no citado certame (4º lugar), nos envia um breve histórico sobre esta forma universal de versejar: 

O soneto surgiu na Itália, no século XIII (entre 1200 e 1250), criado por Giacomo da Lentini, poeta siciliano da corte de Frederico II.

A palavra vem do italiano sonetto (“pequeno som” ou “pequena canção”). Posteriormente, foi aperfeiçoado por Francesco Petrarca, que popularizou a forma clássica de 14 versos (dois quartetos e dois tercetos), e depois se espalhou pela Europa com autores como Luís de Camões em Portugal e William Shakespeare na Inglaterra. 

No século XIV Petrarca (1304–1374) refinou o soneto, criando o modelo conhecido como soneto petrarquiano. Já no século XVI Camões (1524–1580) introduziu e consolidou o soneto em língua portuguesa e Shakespeare (1564–1616) adaptou a forma para o inglês, criando o soneto shakespeariano, com três quartetos e um dístico final.

Os grandes sonetistas brasileiros incluem Machado de Assis, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Cruz e Sousa, Alphonsus de Guimaraens, Manuel Bandeira, Jorge de Lima, Vinicius de Moraes e Bruno Tolentino, entre outros. Eles marcaram diferentes fases da literatura nacional, do Parnasianismo ao Modernismo e à poesia contemporânea.

No Rio Grande do Sul os mais conhecidos são:

Alceu Wamosy, Augusto Meyer, Carlos Nejar, Mario Quintana, Aureliano de Figueiredo Pinto, Vaine Darde, José Cear Matesich e Bruno de Menezes, entre outros. 


 

terça-feira, 11 de novembro de 2025

 










segunda-feira, 10 de novembro de 2025

 

ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA



A Estância da Poesia Crioula anuncia o resultado do seu 7° Concurso de Sonetos Nilza Castro.

A Academia Xucra do Rio Grande parabeniza os premiados e agradece a valorosa participação dos sonetistas que coroaram de êxito esse certame.


Passado o concurso de sonetos da Estância da Poesia Crioula aonde fui um dos avaliadores posso dizer: É muita melancolia. 

A gente sabe que o soneto, uma forma universal de poesia, costuma trazer no seu bojo algumas tristezas. Mas não precisa ser tanto. 

Após ler 186 sonetos, a maioria falando de morte, a gente acaba meio deprimido. 

Sonetos com temática regionalista Rio-grandense, uma meia dúzia. O resultado diz tudo.  

Vamos colocar mais otimismo e menos saudosismo nesta forma de versejar, minha gente. 

Léo Ribeiro  





 

HOJE É DIA DA TRADIÇÃO NA ARGENTINA

 

 em homenagem a JOSÉ HERNÁNDEZ


 


Colaboração:  Jaime Ribeiro

domingo, 9 de novembro de 2025

 


ONDE ANDAM OS CONTADORES DE CAUSOS?



Saudoso Paulinho Pires, um grande contador de causos


Sem dúvida alguma uma das artes mais bonitas dentro da nossa tradição é a de contar causos. Contar causos é um dom. Com autenticidade, naturalidade, senso de humor, o vivente tenta fazer o ouvinte acreditar naquilo que está sendo relatado por mais inverdade que seja.

Conheço alguns grandes contadores de causos. Disse "alguns" porque não são muitos que tem esse dom e uma parte destes ficaram eternizados em livros como o Coronel Munico, o Apparício Silva Rillo, o Candinho Bicharedo.

Toco neste tema porque, embora todo o esforço do MTG, esta cultura está desaparecendo de nosso meio.

As pessoas, inclusive avaliadores, não sabem a diferença de um causo, conto ou piada. Há tempos atrás, nas eliminatórias de causos para o ENART, uma piada velha, antiga, de mau gosto, foi muito bem classificada. A pessoa simplesmente trocou os personagens, isto é, colocou um cavalo no lugar do papagaio, agauchou a piada nacionalmente conhecida e... classificou-se com direito a louros (não papagaios, louros mesmo).

Para contar um causo a pessoa tem que ter talento, criatividade, linguajar apropriado, não ser extenso demais para não tornar-se cansativo, feições faciais e gestuais acompanhando a narrativa, enfim, fazer com que o ouvinte visualize a cena contada. 

Vamos repensar os critérios para que não se repasse aos mais novos uma ideia errada desta arte em extinção.


 


PREMIADOS DO 30º MUSICANTO

DE SANTA ROSA


Integrantes da Comissão e da composição vencedora 



Fonte: Blog Ronda dos Festivais / Jairo Reis

O 30º Musicanto Sul-Americano de Nativismo foi realizado de 06 a 08 de novembro, no Centro Cívico e Cultural Antônio Carlos Borges, em Santa Rosa/RS. 

Nas três noites de atividades, foram apresentadas 32 músicas inéditas, sendo 18  da Categoria Livre, 02 da Categoria Instrumental e 06 da Categoria Semeador, voltada a participação de jovens intérpretes de 11 a 17 anos de idade.

Ao final, logo após o espetáculo do cantor Luiz Marenco, houve a divulgação do resultado, cujo teor reproduzimos a seguir:

 

CATEGORIA LIVRE:

 

Primeiro Lugar: TEMPO, VENTO E FIM

Autor: Duca Duarte

Interpretação: Shana Muller

 

Segundo Lugar: VIOLEIRO DO TEMPO ANTIGO

Autores:  Eduardo Santhana/Manoel Gandra

Interpretação: Eduardo Santhana

 

Terceiro Lugar: A HISTÓRIA DE OUTRA HISTÓRIA

Autores: Bianca Bergman/Robledo Martins/Mário Tressoldi

Interpretação: Bianca Bergman, Analise Severo, Arison Martins, Emerson Martins e Jean Kirchoff

 

Melhor Arranjo: VIOLEIRO DO TEMPO ANTIGO

Autores:  Eduardo Santhana/Manoel Gandra

 

Melhor Intérprete:  SHANA MULLER

Música: Tempo, Vento e Fim

 

Melhor Instrumentista:  GUILHERME GOULART

Música: Tempo, Vento e Fim

Instrumento: Acordeon

 

Melhor Letra: MILONGA DE BASTO E PELEGO

Autor: Mauro Moraes

 

Música Mais Popular:  DE PAGO EM PAGO

Autores: Rafael Olvido Cabo Deco/Apparício Silva Rillo Neto/Jackson Guanaco de

Ley/Antônio Carlos Careca

Interpretação: Ruggiero Saciloto e Antônio Carlos Careca

Recitado: Cabo Deco

 

CATEGORIA INSTRUMENTAL:

 

Primeiro Lugar:  UM TEMA PARA IOLANDA

Autor: Desidério Souza

 

Segundo Lugar:  VALSIANA

Autor: Samuca do Acordeon

 

CATEGORIA SEMEADOR:

 

Primeiro Lugar: SERVENTIA

Autores: Gujo Teixeira/Cássio Figueiró

Interpretação: Muriel Gaiteiro

 

Segundo Lugar: A PAIXÃO E O CATAVENTO

Autores: Fernando Graciola/Caio Martinez

Interpretação: Valentina Corrêa

 

Terceiro Lugar: PROA

Autor: Bruno Kohl

Interpretação: Vale Mazui

 

Imagens: Officina da Música



sábado, 8 de novembro de 2025

 

NÃO ENTENDI !


Minha neta Olívia, de dois anos, em São Paulo, 
mateando e bombeando a penúria de nosso time


A ervateira Vier, uma das mais tradicionais do RS, pediu falência. Dentre os motivos apresentados está a diminuição de pessoas tomando chimarrão muito em função da COVID, ou seja, deixaram de dividir o porongo. Confesso que não entendi.

Se os mateadores deixaram realmente de compartilhar o “chimas” não largaram de mão, contudo, o hábito centenário e tradicional do gaúcho de sorve-lo. E, se a moda uruguaia, cada qual tem sua cuia, o consumo de erva deveria ter aumentado. Alguém me explique porque vejo a gurizada cada vez mais com um amargo pelas praças, shoppings, shows...

Posso deixar da cerveja
da cachaça “batizada”
mas não deixo nem por nada
desta bomba que me beija.
Por mais humilde que seja,
no rancho a campo (ou cidade),
a velha hospitalidade
se traduz no chimarrão
espantando a solidão
ou partilhando amizades.



sexta-feira, 7 de novembro de 2025

 

JUSTA HOMENAGEM



A Associação Cultural Reduzino Malaquias compartilhou uma grande notícia com a comunidade missioneira: o avanço no projeto para construção da estátua em homenagem ao saudoso músico Reduzino Malaquias está encaminhada e muito próxima de ser iniciada em São Nicolau. O contrato para a execução da obra foi assinado em setembro, tendo como responsável o escultor Vinícius Ribeiro, que já havia idealizado o projeto original em 2009.

Segundo a associação, essa conquista é resultado de um trabalho coletivo que envolveu familiares, amigos, admiradores e apoiadores da cultura regional. Após o cumprimento dos trâmites burocráticos, o grupo agora comemora o avanço do projeto, que em breve se tornará realidade.

A escolha do local foi definida em diálogo com a administração municipal. Entre as opções sugeridas, foi escolhido o Parque de Eventos de São Nicolau — espaço tradicional que abriga o Café de Cambona — como o local ideal para receber o monumento.

O deputado federal Pompeo de Mattos também foi um importante apoiador da iniciativa. Admirador do legado de Reduzino Malaquias, ele destinou uma emenda parlamentar, confirmada em dezembro de 2023, que garantiu os recursos necessários para viabilizar a obra.

Foto: arquivo

Fonte: Rádio Missioneira


quinta-feira, 6 de novembro de 2025

 


ARIANO SUASSUNA





Se tem momentos em que eu me encanto são os que tiro para ler ou ouvir pessoas inteligentes, com frases bem feitas, criativas, diferenciadas.

Aqui pelo Rio Grande do Sul sempre tivemos grandes pensadores que colocaram no papel verdadeiras relíquias em forma de frases, a começar pelo lendário político Flores da Cunha até o jornalista Luiz Fernando Veríssimo, que nos deixou há pouco, passando pelo poeta Mário Quintana entre alguns outros mais. 

Mas uma pessoa que acompanho sempre é o saudoso dramaturgo, escritor, poeta, filósofo paraibano Ariano Suassuna, autor do livro O Auto da Compadecida. Suas palestras deveriam ser algo imperdível. Seu senso de humor era extraordinário. 

Uma de suas tiradas é essa: 

- Eu divido a humanidade em duas categorias. De um lado estão os que concordam comigo e gostam de mim. Do outro, estão os equivocados.

SENSACIONAL !


quarta-feira, 5 de novembro de 2025

 

DO RS PARA OS E.U.A.

(E VICE VERSA)




Se aqui pela terrinha os festivais de poesias estão minguando a cada ano, a Confederação Norte-americana do Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro, em comemoração aos seus 20 anos de existência, organizou o Primeiro Festival Internacional Virtual de Poesia Gaúcha. 

A transmissão via net acontecerá pela TV do Gaúcho no Youtube neste dia 09 de novembro, domingo, ás 20h, no horário de Brasília.  Os participantes que passaram seus poemas na triagem são os seguintes: 





 

ENTRE UM CAFÉ E OUTRO

UM BELO BATE PAPO


Léo Ribeiro é o entrevistado de Itacir Flores 
no Café com Letras PodCast.

Autor de 9 livros, ex-presidente da Estância da Poesia Crioula, fundador da Loja Maçônica Gaúchos Templários, Coordenador Geral do Festival Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, jurado em praticamente todos os festivais nativistas do Estado, compositor e escritor Léo Ribeiro de Souza é o meu entrevistado desta semana.

Assista no Youtube nesta quarta-feira, 05, às 21 horas, no Canal CiF TV News

https://youtu.be/1pj-6oPO0uE

Itacir Flores



terça-feira, 4 de novembro de 2025

 

REPONTANDO DATAS / 04 DE NOVEMBRO



Num dia 04 de novembro, do ano de 1934, nascia na cidade de Alegrete o folclorista Antônio Augusto Fagundes. Também num dia 04 de novembro, mas no ano de 1959 morria em Porto Alegre o legendário Flores da Cunha. 
 
 
 Antônio Augusto Fagundes - foto: divulgação

Nico Fagundes nasceu em 4 de novembro de 1934, em Inhanduí, interior de Alegrete. Nico iniciou a carreira jornalística aos 16 anos, como cronista e repórter do jornal Gazeta de Alegrete. No mesmo período, começou a atuar na rádio local, apresentando programa humorístico e gauchesco. Foi secretário dos Cadernos do Extremo Sul, editando diversos poetas.

Em 1954, mudou-se para Porto Alegre, onde ingressou no 35 CTG, a convite do poeta Lauro Rodrigues. No mesmo ano, tornou-se redator do Jornal A Hora, no qual atuou durante muitos anos escrevendo a página Regionalismo e Tradição.

Em 1955, passou a fazer parte do Instituto de Tradições e Folclore da Divisão de Cultura do Estado. Durante oito anos, estudou folclorismo, especializando-se em Cultura Afro-gaúcha. Eleito Patrão do 35 CTG, tornou-se professor de danças folclóricas e literatura gauchesca no Instituto de Tradições e Folclore. Viajou para a Europa como sapateador do grupo Os Gaudérios, morando em Paris por quatro meses.

Iniciou pesquisas de indumentária gaúcha, tornando-se uma das maiores autoridades sobre o assunto no Rio Grande do Sul. Contratado como ator pela TV Piratini, foi um dos fundadores do Conjunto de Folclore Internacional, mais tarde batizado de Os Gaúchos, do qual foi diretor durante 15 anos.

Em 1960, fundou, no Instituto de Tradições e Folclore, a Escola Gaúcha de Folclore, de nível superior, que funcionou durante seis anos. Atuou como titular nas cadeiras de danças folclóricas e indumentária gaúcha. Foi diretor da escola durante seis anos.

Formado em Direito, pós-graduado em História do Rio Grande do Sul e Mestre em Antropologia Social, todos os seus cursos foram realizados na Universidade Federal do RGS (UFRGS). Por todas essas suas qualificações, Antonio Augusto Fagundes tornou-se respeitado como autoridade em folclore gaúcho, história do Rio Grande do Sul, antropologia, religiões afro-gaúchas, indumentária gauchesca, cozinha gauchesca e danças folclóricas.

Entretanto, a face menos conhecida deste intelectual é também sua face mais antiga, a de poeta. Ganhou prêmios e distinções importantes, como a Medalha do Pacificador, do Exército Brasileiro, a Comenda Osvaldo Vergara, da Ordem dos Advogados do Brasil, da qual é também advogado jubilado, e a Comenda do Mérito Oswaldo Aranha. Recebeu inúmeros prêmios em poesia, canções gauchescas, declamações, danças folclóricas e teses. É autor de mais de 100 músicas, entre as quais o Canto Alegretense.

Escreveu o roteiro do filme "Para Pedro". Atuou como ator, assistente de direção e consultor de costumes do filme "Ana Terra". Escreveu o roteiro, dirigiu e trabalhou como ator no filme "Negrinho do Pastoreio", com Grande Otelo. Atuou ainda como ator no filme "O Grande Rodeio", o qual também produziu e dirigiu.

Em 1976, ingressou na Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. Em 1990, fundou e assumiu o comando do grupo Cavaleiros da Paz, com o qual empreendeu cavalgadas por diversos países da América do Sul. Quatro anos depois, assumiu a presidência do IGTF.

Na RBS TV, Nico apresentou o Galpão Crioulo por três décadas, de 1982 a 2012. Sua despedida da televisão foi marcada por uma edição comemorativa do programa, gravada com grandes nomes da música regionalista em Venâncio Aires. No ar, Nico foi substituído pelo sobrinho Neto Fagundes e pela cantora Shana Müller.

Em 2000, teve um acidente vascular cerebral (AVC), e chegou a se afastar do Galpão Crioulo, mas se recuperou. Em 2001, juntou-se aos sobrinhos Neto e Ernesto e ao irmão Bagre Fagundes para formar o grupo Os Fagundes.
 
Morreu no dia 24 de junho de 2015.
 
 
 Flores da Cunha
 
José Antônio Flores da Cunha nasceu na estância São Miguel, uma das propriedades rurais de sua família, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul. Era filho de Evarista Flores e Miguel Luís da Cunha (1852 - 1918), e bisneto do Coronel José Antônio Martins. Casou-se em 1905 com Irene Guerra. Estudou em São Paulo; depois, no Rio de Janeiro, onde se bacharelou em Direito em 1902. Após formado, atuou como delegado no Rio de Janeiro e como advogado em Santana do Livramento e Uruguaiana, destacando-se pela eloquência.

Em 1909, filiado ao Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), iniciou carreira política como deputado estadual. Iniciou seu primeiro mandato como deputado federal em 1912, eleito pelo Ceará. Em 1917, foi reeleito, desta vez pelo seu estado natal, renunciando ao mandato em 1920 para concorrer à prefeitura de Uruguaiana, sendo eleito com expressiva votação. Em 1923, destacou-se como chefe militar legalista na luta que conflagrou o Rio Grande do Sul, opondo os partidários do governador Borges de Medeiros aos oposicionistas liderados por Joaquim Francisco de Assis Brasil. Renovou seu mandato de deputado federal em 1924. Em 8 de outubro de 1925 prendeu Honório Lemes e garantiu sua integridade quando populares quiseram linchá-lo. Reeleito deputado federal em 1927, renunciou em 1928 para ser eleito senador.

Atuou ativamente na revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à chefia do país em novembro daquele ano. No dia 28 de novembro de 1930 foi nomeado interventor no Rio Grande do Sul. Ajudou a fundar o Partido Republicano Liberal (PRL), em novembro de 1932. Na Revolução Constitucionalista de 1932 permaneceu leal a Getúlio Vargas. Em abril de 1935 foi eleito governador do Rio Grande do Sul, exercendo o mandato até outubro de 1937. No mesmo ano da eleição, já como governador constitucional, começou a se afastar do presidente Vargas. Buscando ampliar sua influência política nacionalmente, envolveu-se em disputas sucessórias em outros estados, como Santa Catarina e Rio de Janeiro. Defensor do federalismo, atritou-se com os setores militares que, como o general Pedro Aurélio de Góis Monteiro, defendiam a centralização do poder no governo federal. Em 1937, rompido com Getúlio Vargas, foi forçado a deixar o governo gaúcho. Exilou-se, então, no Uruguai e só voltou ao Brasil cinco anos depois, durante a Segunda Guerra Mundial, quando cumpriu pena de nove meses na Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Foi libertado por Vargas em 1943.

Em 1945, participou da fundação da UDN, legenda pela qual se elegeu deputado constituinte. Nas eleições para sucessão de Vargas, faz campanha para o Brigadeiro Eduardo Gomes. Reelegeu-se deputado federal em outubro de 1950 e em outubro de 1954, sempre na legenda udenista. Assumiu a presidência da Câmara dos Deputados no dia 8 de novembro de 1955, substituindo o deputado Carlos Luz, que fora empossado na chefia do Executivo Federal em virtude do afastamento de Café Filho por motivos de saúde. Coordenou as sessões que garantiram a posse de Juscelino Kubitschek. No mesmo ano, rompeu com a UDN e renunciou à presidência da Câmara.

Em 1958, aos 78 anos de idade, foi eleito pelo PTB, mas morreu antes do fim do mandato. Foi sepultado em Santana do Livramento.


segunda-feira, 3 de novembro de 2025

 


AMANHÃ VOCÊ TEM 

O GRANDE ENCONTRO 


Descrição do evento

AUDITÓRIO ARAÚJO VIANNA APRESENTA:
O GRANDE ENCONTRO - 11ª EDIÇÃO 
 

Onde: Auditório Araújo Vianna (Avenida Osvaldo Aranha, 685)

Quando: 04 de novembro, terça-feira, às 20h30

Abertura da casa: 19h

Classificação: Livre.
Crianças até 24 meses não pagam entrada e ficam no colo dos responsáveis durante a apresentação. A partir de 02 anos e 1 dia, a criança paga meia-entrada mediante apresentação da carteira de identidade ou certidão de nascimento.

 

INGRESSOS:
* O Auditório Araújo Vianna não se responsabiliza por ingressos comprados na plataforma Viagogo e em outros canais não oficiais.

Lote 1:

Plateia Alta Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 22,50

Inteira: R$ 45

 

Plateia Alta Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 32,50

Inteira: R$ 65

 

Plateia Baixa Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 27,50

Inteira: R$ 55

 

Plateia Baixa Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 40

Inteira: R$ 80

 

Plateia Gold:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 60

Inteira: R$ 120

 

Lote 2:

Plateia Alta Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 27,50

Inteira: R$ 55

 

Plateia Alta Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 37,50

Inteira: R$ 75

 

Plateia Baixa Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 32,50

Inteira: R$ 65

 

Plateia Baixa Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 45

Inteira: R$ 90

 

Plateia Gold:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 65

Inteira: R$ 130

 

Lote 3:

Plateia Alta Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 32,50

Inteira: R$ 65

 

Plateia Alta Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 42,50

Inteira: R$ 85

 

Plateia Baixa Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 37,50

Inteira: R$ 75

 

Plateia Baixa Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 50

Inteira: R$ 100

 

Plateia Gold:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 70

Inteira: R$ 140

 

**Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto), é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo. Os documentos aceitos como válidos estão determinados na Lei Federal 12.933/13.

 

Demais descontos:

* 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto.
* 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto.
* 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
* 50% para doadores regulares de sangue: Lei Estadual n° 13.891/12 – obrigatória apresentação de documento oficial válido e expedido pelos hemocentros/bancos de sangue.
* 50% para sócio do Clube do Assinante ZH.

 

Desconto Banrisul:
Funcionamento pré-venda:
* 50% para clientes Banrisul (com cartão de crédito Visa ou Mastercard) na compra de até DOIS ingressos (exclusivamente nas bilheterias das casas de shows e na modalidade online).
* 50% para clientes Banrisul, exclusivamente com pagamento no cartão Banricompras, limitado à compra de até DOIS ingressos por cliente (exclusivamente nas bilheterias das casas de shows).

Atenção: a pré-venda não está disponível na loja Planet Surf Bourbon Wallig, que aceita compras somente em dinheiro.

Funcionamento após a pré-venda:
* 50% para clientes Banrisul (com cartão de crédito Visa ou Mastercard) na compra de até QUATRO ingressos (exclusivamente nas bilheterias das casas de shows e na modalidade online).
* 50% para clientes Banrisul, exclusivamente com pagamento no cartão Banricompras, limitado à compra de até QUATRO ingressos por cliente (exclusivamente nas bilheterias das casas de shows).

Atenção: os descontos para clientes Banrisul não está disponível na loja Planet Surf Bourbon Wallig, que aceita compras somente em dinheiro.

 

Pontos de venda:

Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – somente em dinheiro):
Loja Planeta Surf Bourbon Wallig (Av. Assis Brasil, 2611 – Loja 249 – Jardim Lindóia – Porto Alegre)
Horário funcionamento: de segunda a sábado, das 14h às 21h

Bilheteria Araújo Vianna (sem taxa de conveniência – à vista em dinheiro e no cartão):
Aberta somente no dia do evento 2 horas antes do início dos shows.
Av. Osvaldo Aranha, 685 – Bairro Bom Fim

Online: www.sympla.com.br/araujovianna

 

Informações:

www.araujoviannaoficial.com.br

www.facebook.com/araujoviannaoficial

www.instagram.com/araujoviannaoficial

www.twitter.com/araujovianna

(51) 3211-2838

Selecione um setor
ALTA LATERALPreços entre R$ 27,50 e R$ 55,00Pague em até 12x
ALTA CENTRALPreços entre R$ 37,50 e R$ 75,00Pague em até 12x
BAIXA LATERALPreços entre R$ 32,50 e R$ 65,00Pague em até 12x
BAIXA CENTRAL (esgotado)Preços entre R$ 50,00 e R$ 100,00

PLATEIA GOLD (esgotado)Preços entre R$ 65,00 e R$ 130,00

domingo, 2 de novembro de 2025

 


FINADOS  II

UM DIA DE REVERÊNCIAS 


 
 
Hoje é um dia de reverências, de pedir pela alma de nossa gente, de nossos amigos que já partiram para um plano superior. Tenho uma balda comigo. Quando sinto vontade de prosear com meu pai e minha mãe e a parceirada que já se foi, o faço no meu silêncio. Não espero o dia 02 de novembro. Contudo, o Dia dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados, (conhecido ainda como Dia dos Mortos no México), é celebrado pela Igreja Católica sempre no dia 2 de novembro. 

Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para orar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para reverenciar todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava.
 
Também o abade de Cluny, Santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Nos séculos XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigavam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apoia em uma prática de quase dois mil anos.


sábado, 1 de novembro de 2025

 


FINADOS I


VOCÊ GOSTARIA DE SABER O DIA DE SUA MORTE? 

Este gaudério orando diante de um cemitério de campanha
 
Uma pesquisa elaborada nos EUA apontou que 94% dos entrevistados disseram NÃO. Não gostariam de saber o dia de sua morte.
Toco neste assunto meio macabro porque amanhã, dia 02 de novembro é dia de finados e assisti a um filme na Netflix intitulado ANTES DE PARTIR que toca justamente neste tema. 
Dois homens até então desconhecidos, enfermos de um mesmo quarto de hospital, acabam sabendo que ambos não tem mais do que seis meses de vida devido a um câncer terminal.
Um destes homens (ator Jack Nicholson) é rico. Viveu para arrecadar patrimônio. O outro (ator Morgan Freeman) é pobre e trabalhou a vida inteira para dar um pouco de conforto para sua família.
Diante da triste notícia de que não teriam muito a viver, combinaram de fazer tudo que tinham vontade e que não fizeram durante sua existência. Coisas como saltar de paraquedas, dirigir numa pista carros de corrida, safári na África, fazer as pazes com um filho com quem não conversava há anos...
Em cada lugar que chegavam discutiam sobre o dom da vida, sobre Deus, sobre, reencarnação, ser enterrado ou ser cremado... O mecânico (Morgan Freeman) tinha fé, o milionário (Jack Nicholson) era ateu. Diante das Pirâmides leram uma pergunta que os Deuses egípcios fazem aos seus mortos ao entrar num outro plano: - Você encontrou alegria na sua vida? Você proporcionou alegria aos outros?    
Ao cabo de alguns meses e muitas "loucuras" voltaram para o seio de suas famílias que são, de tudo, o mais importante,  para morrer em paz. Como último desejo os dois foram cremados, suas cinzas colocadas numa lata de café e enterradas lado a lado no alto das montanhas do Himalaia.  
Não precisam nem ver o filme pois já contei o final.
Mas porque estou fazendo referência a tudo isto, agora? Simples.
Para alimentar um questionamento: Por que vamos esperar saber o dia da nossa morte para visitar um amigo, tomar um mate ao final da tarde, beijar quem se ama, ajudar um desconhecido sem esperar nada em troca, rir até chorar....
Por que vamos passar nosso tempo tão curto nos estressando por miudezas políticas, futebol, religião, tentando convencer que EU tenho razão? Por que discutir, ofender e se intrigar se o nosso "trem da vida" pode estar chegando na estação final?