RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA
Dos tempos em que cruzava estradas firmando o Pavilhão Rio-grandense. Agora resta bombear o álbum de retratos.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

 

 DIA DE SANTO ANTONIO


No ano passado estive na Itália e dentre os passeios que fizemos conhecemos Pádua, cidade aonde Santo Antonio morreu num dia 13 de junho de 1231. No dia em que lá estivemos batia água. Nesta cidade fomos na Basílica de Santo Antonio. Parecia um escape daquela chuva torrencial ou apenas mais uma linda igreja italiana a ser conhecida. Mas não. Senti uma energia diferente, forte, transcendental. Nosso guia nos levou aonde estava uma língua exposta dentro de um tubo de vidro. Ele disse ser a língua de Santo Antonio. Achei aquilo meio absurdo mas era a realidade. Quando o corpo de Santo Antonio foi exumado a sua língua estava intacta. Este fato seria mais um milagre atribuído ao frei franciscano talvez por ele ter sido um grande orador. 

Nesta época da viagem eu estava com diversos problemas que me perturbavam intensamente. Pois no dia que visitamos a basílica eu fiz alguns pedidos diante de sua imagem e os entraves foram se revolvendo satisfatoriamente. 

Hoje sou um devoto de Santo Antonio de Pádua.

Algumas características de sua vida:    

Antonio nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195. Aos 19 anos entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, contra a vontade de seu pai. Morou lá por 2 anos. Com uma grande biblioteca em mãos, Antonio avança na sua história pelo estudo e pela oração. É transferido para Coimbra, que é um importante centro de estudos de Portugal, ficando lá por 10 anos. Em Coimbra ele  foi ordenado sacerdote. Logo se viu o dom da palavra que transbordava do jovem padre agostiniano. Ele tinha conhecimento e grande poder de pregação.

O Padre Agostiniano torna-se frei Franciscano

Em Coimbra o Padre Antonio conhece os freis franciscanos, entusiasma-se pelo fervor e radicalidade com que estes viviam o Evangelho e, pouco depois, torna-se Frei Antonio, mudando-se para o mosteiro de São Francisco de Assis. 

O Encontro de Santo Antonio com São Francisco de Assis

Santo Antonio faz o pedido de ir para o Marrocos pregar o evangelho e os Franciscanos permitem. No meio do caminho, porém, Frei Antonio fica muito doente e é forçado a voltar para Portugal. Na viagem de volta, o barco é desviado e vai para Itália, terminando por parar na Sicília, em um grande encontro de mais de 5 mil frades franciscanos chamado Capítulo das Esteiras. Lá, Antonio conhece pessoalmente São Francisco de Assis. A mão de Deus o tinha guiado por caminhos diferentes. 

A luz deve brilhar para todos

Após conhecer São Francisco, Frei Antonio passa 15 meses como um eremita no monte Paolo. São Francisco enxerga os dons que Deus deu a ele, chama-o de Frei Antônio, meu Bispo e o encarrega da formação teológica dos irmãos do Mosteiro.

No capítulo geral da ordem dos franciscanos ele é enviado a Roma para tratar de assuntos da ordem com o Papa Gregório IX, que fica impressionado com sua inteligência e eloquência e o chama de Arca do Testamento.

Tinha uma força irresistível com as palavras e São Francisco o nomeou como o primeiro leitor de Teologia da Ordem. Juntavam-se as vezes mais de 30 mil pessoas para ouvi-lo pregar. Após a morte de São Francisco, ele foi enviado a Roma para apresentar ao Papa a Regra da Ordem de São Francisco.

Milagres Santo Antonio

Protetor das coisas perdidas. Protetor dos casamentos. Protetor dos pobres. É o Santo dos milagres. Fez muitos ainda em vida. 

Falecimento

Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Por isso ele é conhecido também como Santo Antonio de Pádua.

Devoção a Santo Antonio

Aconteceram tantos milagres após sua morte, que onze meses após ele foi beatificado e canonizado. Quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta. São Boaventura estava presente e disse que esse milagre era a prova de que sua pregação era inspirada por Deus. 

Sua canonização foi realizada pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja. 

Em 1934 foi declarado Padroeiro de Portugal. 

Em 1946 foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.