CTG É ARROMBADO OITO VEZES
EM APENAS UM MÊS
O Centro de Tradições Gaúchas
(CTG) Guapos do Itapuí, de Campo Bom, no Vale do Sinos, foi arrombado na
madrugada desta segunda-feira (26). Trata-se do oitavo ataque ao local em um
mês.
Segundo o patrão da entidade,
Vilmar Luiz Mertz, as invasões começaram na última semana de agosto, através
das tábuas de costaneira que revestem janelas e paredes. As madeiras foram
arrancadas ou forçadas para abrir um vão, possibilitando o acesso ao salão.
— Nosso galpão é meio surrado,
com a estrutura frágil. E, principalmente com a pandemia, ficamos sem grana
para consertar — justifica.
Na mais recente ação dos
criminosos, houve vandalismo na cozinha, que acabou com os armários quebrados.
O freezer também foi avariado para o furto de bebidas.
O saldo anterior, contudo, é
muito maior: o CTG perdeu panelas, louças, facas, garfos e demais utensílios
utilizados em festas e jantares. Quatro botijões de gás também foram levados. O
prejuízo estimado é de R$ 8 mil.
— Conseguimos comprar algumas
panelas de um senhor, que tinha no sítio dele. Só aí foi R$ 1 mil. A gente fica
triste, os pais indignados. Mas vamos tocar adiante — afirma Mertz.
Grades estão previstas na reforma
em andamento, e é estudada a instalação de câmeras de segurança. Bailes e
festas para arrecadar valores devem ser organizadas a partir de outubro, com
intuito de pagar os custos das melhorias necessárias.
A sede fica no bairro 25 de
Julho, próximo ao centro do município. Fundado em 1998, o CTG é mantido por
voluntários e sócios, em torno de cem pessoas que contribuem com uma
mensalidade de R$ 25 cada. Grande parte é de jovens que dançam na invernada e
suas famílias.
— Não posso me queixar, nossa
entidade é muita ajudada pela comunidade e pelo poder público. Estão nos dando
muita atenção, mas precisamos de mais segurança —complementa o patrão.
Na tarde desta terça-feira (27), Mertz irá até a prefeitura para uma reunião com a Secretaria Municipal de Segurança. Viaturas da Guarda Municipal já estão fazendo patrulhamento com mais frequência no entorno do CTG, garante o gestor da entidade tradicionalista.
Fonte: Jornal ZH