Com absoluta certeza ao dizer que a ponderação, o equilíbrio, a maneira sensata de abordar uma situação, são elementos que ajudam a resolver diversos "perrengues" na vida, não estarei sendo original.
Toco no tema em função do Acampamento Farroupilha de Porto Alegre. Na semana passada postamos aqui no blog a manifestação de um tradicionalista (Paulo Cremer) habituado a participar desde os primórdios do acampamento. Em sua saudosista manifestação ele enfatiza as mudanças ocorridas daqueles tempos até os dias de hoje. Tudo era mais simples, mais rústico, mais campeiro, com as pessoas humildes montando seus galpões sem muitos custos. Em sua matéria que ele intitula de "Condomínio Farroupilha" ele discorre das dificuldades enfrentadas no momento, após a terceirização do Parque da Harmonia, aonde só poderá acampar aquele que tiver "bala da agulha", as grandes empresas, as entidades tradicionalistas mais abastadas (que não são muitas).
E aí entre o título de nossa postagem. Penso que deve haver o equilíbrio. Nem oito, nem oitenta; nem a cruz, nem a espada. Devemos reconhecer que, nestes anos, muitas coisas evoluíram para melhor como retirar os animais do meio das pessoas, os banheiros químicos, os projetos culturais... Contudo, a exploração financeira deve ter um limite, caso contrário o acampamento será viável apenas a uma elite.
Estive falando com uma pessoa do Conselho Municipal de Cultura de Porto Alegre, envolvida na organização, que espera em torno de 200 ranchos, ou seja, metade do que acontecia em outros anos. Segundo essa pessoa, temos que respeitar as ponderações das empresas que venceram a licitação do parque. Não li o edital de tal licitação mas deve haver cláusulas que limitem exorbitâncias.
Como falamos, o meio termo seria a solução.